domingo, 14 de junho de 2009

IV Encontro do Grupo Cristal - Le Pré-Catelan, Rio de Janeiro

Para o Couvert - Champagne Cristal Brut Rosé 2000, 12 % Vol. ( Louis Roederer, Reims, Fr.).

Visual - Muito boa cor rosa-salmão clara; muito boa limpidez; persistente perlage. Bolinhas muito pequenas, vivazes e abundantes;

Nariz - Muito boa qualidade e intensidade de aromas de frutas vermelhas maduras (amoras,cerejas), com notas de frutas cristalizadas, como goiaba e damasco,além de um sutil aroma adocicado (caramelo?); persistência aromática de média intensidade;

Na Boca, mostra muito boa qualidade de CO2, com muito bom equilíbrio e maciez, seco e fresco; muito bom corpo; complexo, com agradável cremosidade ao ataque; boa qualidade e de boa para média intensidade e persistência aromática. Agradável final com notas sutis de amêndoas.

Gostei muito mais do esplêndido Cristal Brut 1997, que degustamos no Primeiro Encontro, em
2004, com uma explosão de aromas de amêndoas e de frutas cítricas. E, realmente, foi esse champagne que me ficou na memória, como, de resto, na de muitos confrades do Grupo. Vários deles não expressaram muito entusiamo com esse Rosé, embora se tenha revelado muito bem vinificado, não se podendo diminuir o mérito do seu criador, o Enólogo Jean-Baptiste Lecaillon.

O Chamnpagne harmonizou perfeitamente com o Couvert servido.



O Competente Sommelier,
Concentrado no Serviço do
Rei dos Champagnes.











Para a Entrada - Clos Saint Hune 1997, 13 % Vol, 100 % Riesling (Alsace).

Bela cor amarelo-ouro clara, sem reflexos. Brilhante,límpido e muito transparente.

No nariz, explode em minerais, com aromas muito intensos de querosene, pedra-de-isqueiro (turbina de avião a jato). Depois que a temperatura de serviço se elevou,se foi abrindo em aromas mais frutados, um quê de mel,de compota de pêssego, de geléia, agradáveis, etéreos, sem maior intensidade. Na Boca, vinho se mostrou seco, sápido, macio, equilibrado e de bom corpo para um branco, deixando um final de boca agradável.

Este vinho se casou muito bem com a minha Entrada, que foi Fricassé de Cavaquinha, com
mais untuosidade que a outra - devido ao molho de manteiga e ervas finas bem discretas - de Filé de Linguado.

Acrescentando-se azeite estra-virgem à Entrada, melhorou e combinou de modo mais satisfatório ainda com esse Riesling.




A bela cor amarelo-clara do
Alsaciano Clos Saint Hune
1997.









Para o Principal - Château Haut-Brion 1996 - 13% Vol. - "Premier Cru Classé en 1855" - Pessac-Léonan - Graves.

Visual - Bela cor vermelho-granada profunda, com "unha" alaranjada; brilhante, com transparência de regular para leve opacidade.

No Olfato, é franco, amplo, mais aromas etéreos que flagrantes, mas ainda com algo de fruta vermelha do bosque, cereja. Intensos aromas de madeira, figo e ameixa secos, de torrefação (café),tabaco, chocolate, defumados, trufas, pele de salame, confiture...

Na Boca, a madeira sobressai à fruta, sendo um vinho seco, sápido, equilibrado, macio, bom corpo e com os taninos domados.

É um vinho que ainda pode durar vários anos ( de 6 a 7, observação do Mestre e Confrade Antônio Dantas), devendo melhorar com o passar do tempo.

Deveria ter sido decantado por muito mais tempo...

Na verdade, dos vinhos tintos que degustamos no Grupo Cristal, dentre eles o Petrus 1994, o que não me sai da lembrança foi o Châtesu Cheval Blanc, degustado em 2005. Ainda pretendo relatar para os Confrades.

Quanto à harmonização, devo dizer que escolhi o Fondante de Costela de Boi ao Crocante de Cajú, que vem acompanhado por um purê de batata baroa defumado e molho de jabuticaba. Aqui, o purê defumado (olhem aí o defumado!) brigou um pouco com a madeira do vinho, mas, se degustado em pequenas porções de purê, fica
melhor. Além disso, a acidez do molho de jabuticaba produz uma discreta desarmonia com o vinho.


Apreciem este "Puro Sangue"
de Bordeaux e sua Bela Cor
Vermelho-Granada Profunda!
Aianda me lebro, saudoso e
recompensado, das nuances
palatinas desse potente vinho...






Para a Sobrmesa - Quinta do Noval 1980, Vintage Port Nacional - 20% Vol. ("Produced from pre-phylloxera Vines" e engarrafado em 1992, em Vila Nova de Gaia, Portugal).

Bela cor vermelho-granada, com reflexos puxando ao ocre. Uma certa turbidez. Abundantes lágrimas, que desfilam languidamente pelas paredes da taça.

No Nariz, revela aromas de frutas em compota e de frutas secas. Madeira muito agradável, caramelo, muita especiaria, um discreto amentolado. Bastante complexo, finíssimo, intenso e muito persistente.

Na Boca, é vinho doce, sápido, quente, redondo, muito encorpado, equilibrado, com taninos aveludados e de final muito agradável.

Harmonização com a Sobremesa, uma Sinfonia de Pâtisseries e um Sorvete de Manga:

- Com o sorvete, predomina o vinho;
- Com a variedade que tinha uma crosta crocante, uma espécie de merengue, ficou bom;
- Com a mousse de chocolate sobre tortinha de amêndoa, o casamento foi perfeito!

E dizem que chocolate não se dá bem com vinhos! Mas, aqui, devo ponderar que o chocolate tinha um sabor discreto, delicado... e com esse vinho!!! ...


Entrada número 2:

Fricassé de cavaquinha com

tomate e manjericão em folhas
crocantes ("Fricassée de cigales
de mer à la tomate et basilic en
feuilles croquantes").





Entrada número 1:

Salada de lentilhas verdes
ao óleo de nozes, filé de
linguado com crosta de

limão confit ("Salade de
lentilles vertes à l’huile
de noix, filet de sole gratiné
en croûte de citron confit").




Uma das Opções de Prato Principal:
Filet de vitela grelhada sobre
um purée crocante de inhame
e papillote de osso bucco

("Filet mignon de veau sur un
croquant de purée d’igname,
papillote d’osso-buco").

















Para a Sobremesa -

O Chef Rolland Villard
nos brindou com uma
Sinfonia de pâtisseries,
composta por Quatro
variedades e sorvete.






A Confreira Ligia Peçanha,


uma das organizadoras
do Evento - em belo e
harmônico sorriso - brindando
com o Vinho da Entrada.







Fátima Carvalho,
Num impagável
momento de
descontração.












Nossa Confreira Sílvia Feiner,

com a peculiar simpatia. Fotó-
grafa Oficial do Grupo, captou
até os suspiros dos convivas.









O Competente e gentil Chef

Rolland Villard e Sílvia Feiner.







Da esquerda para a direita, os

casais Paulo Lantelme
( Confrade e Colaborador)
e sua mulher ("Mrs. Coca-Cola")
Paulinha; Marcus Vinícius e
Georgeana Macedo ("Casal FMI").






Panorâmica de uma das Mesas
do Imponente Restaurante Le Pré-Catelan,
Hotel Sofitel de Copacabana. Eram várias
mesas, para acomodar os 18 membros
do Cristal: Sidney e esposa em prim.
plano. Lado E., Benedito Eduardo, Dantas.
Na cabeceira, Paulo Lantelme. À Dir.,
Georgeana Macedo e Marcus Vinícius Rezende.







Confrade Antônio Dantas e

Ligia Peçanha, em momento
de incontida alegria.









Registro do Convívio de outra mesa:

Do lado Esq., o "Promoteur" Mike Taylor,
a Chef Angélica Martins e a Confreira
Emília Leandro. Do Lado Direito, Jayme
Albuquerque, Jaque Barroso e a "restaurateur"
Marlise Brandão, em primeiro plano.






Chef Rolland Villard e

Gilson Araújo Júnior,
nossos imprescindíveis
Colaboradores.








Farei um Resumo da Efémeride, no sentido de pormenorizar aos leitores a sequência dos fatos:

Neste ensolarado sábado de oito de Dezembro, nossoGrupo Cristal se reuniu pela quarta vez, agora no elegante e renomado Restaurante Le Pré-Catelan, que fica na Av. Atlântica, no Posto VI, quase confluência das águas de Copacabana com as do Arpoador, ancorado no Hotel Sofitel, aqui no Rio de Janeiro.

Como não poderia deixar de ser, quase a totalidade do Grupo, composto por dezoito membros, estava presente às 13 h, pois fora anunciado que o Espumante Chandon Brut, de boas-vindas, seria aberto exatamente àquela hora.

Pois, Confrade amigo, esse seleto Grupo de Enófilos, quase todos membros da ABS-Rio, se vem encontrando há quatro anos, crescendo nas experiências enogastronômicas e da vida, abençoado pelas bons augúrios de Baco, de Dionísio e de outros Deuses que protegem a vinha.

Desta vez, não tivemos a euforia quase pueril da nossa reunião de estréia, naqueles idos de doze de Dezembro de 2004, em que a paixão explodia em nossos corações e a alegria se expressava em cada olhar inebriado na imensidão da volúpia.

Mas isso não significa declínio. Pelo contrário, revela o amadurecimento do Grupo, que se vai
refinando a cada Encontro, acostumando-se ao bom, à qualidade, à excelência...

Vamos ao Cardápio ( pelo Renomado Chef Roland Villard):

a)Cocktail e espumante chandon brut;

b)Couvert frio - Purée de tomate com queijo de cabra enozes;

c)Couvert quente - Capuccino de cogumelos;

d)Entrada e prato principal (cada conviva escolhe uma opção);

Café com"Petit Fours".

O "Cocktail" se contituiu numa seqüência de folheados, com cobertura de amêndoas e outro de
gergelin, além de diversos espetinhos de queijos de cabra com figo, mais outros e outros tantos, que me fogem à parca memória, mas todos de qualidade excepcional, casando-se de modo harmônico com o Chandon Brut. Cheguei a pensar: Se existe "Gestion de la Qualité" para restaurantes, este seria um restaurante certificado com Iso 9000.

Vinho para acompanhar:

Espumante Chandon (uvas Chardonnay, Pinot Noir e Riesling Itálico), gentilmente servido na temperatura apropriada:

Visual - Bela cor amarelo-esverdeada, com espuma abundante e persistente; perlage de bolhinhas finas, dinâmicas e de muito bom número;

Nariz - Aroma sutil de flores brancas e frutas, como maçã verde, cítricos e frutas secas;

Boca - Ataque revelando acidez equilibrada, com frescor e redondeza; notas de frutas secas e
cítricas, de média persistência.

No final, o delicioso café expresso com "Petits Fours", sendo o destaque especial para o de pistache com chocolate, que combinou com café e com um restinho de vinho do Porto.

O Chef, com sua simpatia e competência ( que veio ao salão verificar o serviço e conversar, pousar para as fotos com todos os que desejassem) os disciplinados e educadíssimos garçons, o bem aparelhado Sommelier são os baluartes desse delicioso almoço que, desta vez, se deu no Olimpo, lugar imaginário, onde se encontra Baco.

Devo ainda agradecer aos organizadores, a esse abnegado casal Vinícios e Georgeana (mais conhecido como "FMI"), a Gilson Araújo Júnior e ao Paulo Lantelme, sem querer deixar ninguém de fora, os esforços sem medida, sem os quais nossos Encontros Enogastronômicos não seriam viáveis.


























































































































































































































































































































































































































sexta-feira, 5 de junho de 2009

Confraria Des Amis du Mouton Degusta Vinhos de Bordeaux
























































Nesta última noite de quarta-feira, 03 do corrente, nosso Grupo de Degustação, reunido na ABS-Rio, deu prosseguimento às experiências com as regiões produtoras de vinhos da França. Na ocasião, examinamos alguns exemplares de Bordéus, precedidos por um Espumante nacional, como de costume e encerramos os trabalhos com um já prometido e esperado Marc de Champagne.

Mais uma vez, o Professor Roberto Rodrigues nos brindou com os seus ensinamentos e recomendações sobre a escolha desses portentosos vinhos. Na confecção desta postagem contribui com alguma pesquisa.


A Região de Bordeaux é considerada por muitos a região que produz os melhores, mais caros e os mais emblemáticos vinhos do mundo, sendo os seus vinhedos dez vezes mais extensos que os da Nova Zelândia. São perto de cento e vinte mil hectares de vinhedos, com uma produção de seis e meio milhões de hectolitros ao ano.

Acredita-se que os romanos foram os pioneiros no cultivo da vinha em Bordéus. Mas o comércio de vinhos se iniciou somente no Século XII, com a área já sob o domínio inglês.

A história me parece bonita e trata do casamento da Duquesa Eléanor da Aquitânia com Henrique Plantageneta, mais tarde coroado Henrique II da Inglaterra. Tudo isso aconteceu no distante ano de 1152 e esse fato abriu as portas comercias com a Inglaterra. O domínio da Coroa Inglesa durou até 1453, mas o comércio foi mantido.

Pois esta vasta área, onde os belos castelos se espalham ao longo dos caminhos, é banhada por caudalosos rios e inúmeros canais. Daí vem a origem do termo bordeaux (au bord de l'eau), que significa à beira d' água.

Assim, os rios mais importantes que demarcam a região são o Garronne, o Dordogne, que se juntam para formar o vasto Gironde, que desemboca bem à frente, no Atlântico.

Os vinhedos são, portanto, divididos, basicamente, em propriedades ou Châteaux da Margem Esquerda do Gironde e os da Margem Direita.

Na Margem Esquerda, as principais propriedades são Château Mouton Rothschild, Ch. Lafite-Rothschild, Ch.Latour, Ch. Lynch-Bages, Ch. Pichon- Longueville, Ch. Pichon-Longuevelle Comtesse de Lalande, todos em Pauillac; Ch. Haut-Brion, Ch. La Mission Haut-Brion, Ch. Pape Clément, Ch. Smith-Haut-Lafitte e Domaine de Chevalier, em Pessac-Léognan; Ch. Margaux, Ch. Palmer, Ch. Rauzan-Ségla, em Margaux; Ch. Cos d'Estournel e Ch. Montrosse, em St-Estèphe; Ch. Ducru-Beaucaillou, Ch. Léoville-Barton, Ch. Léoville Las Cases, Ch. Léoville; Ch. D'Yquem, Ch. Climens, Ch. Suduiraut, em Sauternes...

Na Margem Direita, em Saint-Émillion e St-Émillion Grand Cru, temos o Ch. Ausone (de onde vem talvez o melhor merlot para harmonizar com um cordeiro assado ao forno), o Ch. Angélus, Ch. Séjour Bécot, Ch. Belair, Ch. Cheval Blanc e tantos outros; no famoso Pomerol, encontramos o lendário Ch. Petrus, o Ch. Lafleur, Ch. Le Pin...

Em Entre-Deux-Mers, temos o Château Ste-Marie.

Em Bordeaux e Bordeaux Supérieur, estão o Ch. Bonnet, Ch. Tour de Mirambeau, Ch. Penin e muitos outros.

Aqui os vinhos, em sua maioria, são tintos. Se aparecer a palavra Bordeaux (AOC Bordeaux) no rótulo, não compre. São vinhos muito simples, os Genéricos de Bordeuax e constituem a metada da produção anual. Trata-se do pior vinho da Região. É preferível beber um Miolo Seleção ou um Miolo Reserva.

As castas tintas autorizadas são Cabernet-Sauvignon, Cabernet Franc, Petit Verdot, Carmenère, Merlot e Malbec.

As castas Brancas são: Sémillon, Sauvignon Blanc e Muscadelle e produzem excelentes brancos secos, muito frescos e aromáticos (que, às vezes, passam por barricas de carvalho) e os fabulosos brancos de sobremesa.

Os vinhos tintos, na sua maioria, são cortes de Cabernet-Sauvignos, Cabernet Franc e Merlot, o chamado Corte Bordalês (corte clássico).

A Difícil e Extensa Classificação dos Vinhos de "Bordeaux"

"PREMIERS CRU" (1855)

Château Lafite-Rothschild, em Pauillac;
Château Margaux, situada em Margaux;
Château Latour, em Pauillac;
Château Haut-Brion (Pessac-Léognan);
Château Mouton-Rothschild, em Pauillac -
(a partir de 1973

"DEUXIÈMES CRUS"

Château Rausan-Ségla, em Margaux;
Château Rauzan-Gassies, em Margaux;
Château Léoville-Las Cases, em St.-Julien;
Château Léoville-Poyferré, em St.-Julien;
Château Léoville-Barton, em St.-Julien;
Château Durfort-Vivens, em Margaux;
Château Gruaud-Larose, em St.-Julien;
Château Lascombes, em Margaux;
Château Brane-Cantenac, em Cantenac;
Château Pichon-Longueville Baron, em Pauillac;
Château Pichon-Longueville- Comtesse-
de-Lalande, em Pauillac;
Château Ducru-Beaucaillou, em St.-Julien;
Château Cos-d'Estournelm en St.-Estèphe;
Château Montrose, em St.-Estèphe.

"TROISIÈMES CRUS"

Château Kirwan, em Cantenac;
Château d'Issan, em Cantenac;
Château Lagrange, em St.-Julien;
Château Langoa Barton, em St.-Julien;
Château Giscours, em Labarde;
Château Malescot-St. -Exupéry, em Margaux;
Château Cantenac-Brown, em Cantenac;
Château Boyd-Cantenac, em Cantenac;
Château Palmer, em Cantenac;
Château La Lagune, em Ludon;
Château Desmirail, em Margaux;
Château Calon-Ségur, em St.-Estèphe;
Château Ferrière, em Margaux;
Château Marquis d'Alesme-Becker, em Margaux.

"QUATRIÈMES CRUS"

Château St.-Pièrre, em St.-Julien;
Château Talbot, em St.-Julien;
Château Branaire-Ducru, em St.-Julien;
Château Duhart-Milon, em Pauillac;
Château Pouget, em Cantenac;
Château La Tour-Carnet, em St.-Laurent;
Château Lafon Rochet, em St.-Estèphe;
Château Beychevelle, em St.-Julien;
Château Prieuré-Lichine, em Cantenac;
Château Marquis-de-Terme, em Margaux.

"CINQUIÈMES CRUS"

Château Pontet-Canet, em Pauillac;
Château Batailley, em Pauillac;
Château Haut-Batailley, em Pauillac;
Château Grand-Puy-Lacoste, em Pauillac;
Château Grand-Puy-Ducasse, em Pauillac;
Château Lynch-Bages, em Pauillac;
Château Lynch-Moussas, em Pauillac;
Château Dauzac - Labarde;
Château d'Armailhacq, emPauillac
(antigo Château Mouton-Baron-
Philippe, de 1956 a 1988);
Château du Tertre - Arsac;
Château Haut-Bages-Libéral, em Pauillac;
Château Pédesclaux, em Pauillac;
Château Belgrave, em St.-Laurent;
Château de Camensac, em St.-Laurent;
Château Cos-Labory, em St.-Estèphe;
Château Clerc-Milon, em Pauillac;
Château Croizet-Bages, em Pauillac;
Château Cantemerle, em Macau.

"PREMIERS GRANDS CRUS CLASSÉS"

Em Saint Émilion as regras são diferentes do Médoc,
apesar de todos serem Bordeaux. Em Saint Émilion,
há duas denominações de origem, a AOC Saint Émilion
e a AOC Saint Émilion Grand Cru. No interior desta última,
há uma classificação estabelecida por decreto de 1954: Os
Grands Crus Classés e os Premiers Grands Crus Classés.
Como o decreto prevê que essa classificação seja revista a
cada 10 anos, ela foi revista em 2006, acarretando promoções
de alguns Châteaux e rebaixamento de outros.

Assim, a classificação em vigor atualmente é a seguinte:

Premiers Grands Crus Classés "A":

Château Ausone
Château Cheval Blanc;

Premiers Grands Crus Classés "B":

Château Angélus;
Château Beauséjour;
Château Beau-Séjour-Bécot;
Château Belair;
Château Canon;
Château Figeac;
Château La Gaffelière;
Château Magdelaine;
Château Pavie;
Château Trottevieille;
Château Clos Fourtet;
Château Pavie Macquin (promovido);
Château Troplong-Mondot (promovido).

Grands Crus Classés:

Châteaux Balestard la Tonnelle, Bergat, Berliquet, Cadet-Piola,
Canon la Gaffelière, Cap de Mourlin, Chauvin, Clos des Jacobins,
Corbin, Corbin-Michotte, Curé Bon, Dassault, Fonplégade,
Fonroque, Franc Mayne, Grand Mayne, Grand Pontet, Haut Corbin,
Haut Sarpe, L'Arrosée, La Clotte, La Clusière, La Couspade,
La Dominique, La Serre, La Tour Figeac, Laniote, Larcis Ducasse,
Larmande, Laroque, Laroze, Le Prieuré, Les Grandes Murailles,
Matras, Moulin du Cadet, Pavie Decesse, Ripeau, St-Georges Côte Pavie,
Soutard; Clos de l'Oratoire, Clos Saint-Martin, e Couvent des Jacobins.

Além dos acima, foram promovidos em 2006 de Grand Cru para
Grand Cru Classé os seguintes Châteaux: Bellefont Belcier, Destieux,
Fleur Cardinale, Grand Corbin, Grand Corbin Despagne, Monbousquet.

E foram rebaixados de Grand Cru Classé para Grand Cru os
seguintes Châteaux: Bellevue, Cadet Bon, Faurie de Souchard,
Guadet Saint-Julien, La Tour du Pin Figeac (Giraud-Bélivier) ,
La Tour du Pin Figeac (J.M.Moueix) , Lamarzelle,
Petit Faurie de Soutard, Tertre Daugay, Villemaurine e Yon Figeac,
conforme mensagem do Confrade Aguinaldo Aldighieri.

"PREMIER CRU SUPERIÉUR"

Château d'Yquem, em Sauternes.

"PREMIER CRUS"

Château la Tour-Blanche - Bommes;
Château Lafaurie-Peyraguey - Bommes;
Château Clos Haut-Peyraguey - Bommes;
Château Rayne-Vigneau - Bommes;
Château Suduiraut - Preignac;
Château Coutet - Barsac;
Château Climens - Barsac;
Château Guiraud - Sauternes;
Château Rieussec - Fargues;
Château Rabaud-Promis - Bommes;
Château Sigalas-Rabaud - Bommes.

"DEUXIÈME CRUS"

Château de Myrat - Barsac;
Château Doisy-Daëne, em Barsac;
Château Doisy-Dubroca, em Barsac;
Château Doisy-Vedrines, em Barsac;
Château d'Arche - Sauternes;
Château Filhot - Sauternes;
Château Broustet, em Barsac;
Château Nairac, em Barsac;
Château Caillou, em Barsac;
Château Suau, em Barsac;
Château de Malle - Preignac;
Château Romer-du-Hayot, em Fargues;
Château Lamothe-Despujols, em Sauternes;
Château Lamothe-Guignard, em Sauternes.

GRAVES: 1953
CLASSIFIC. OFICIAL DE VINHOS TINTOS

Château Bouscaut, Cadaujac;
Château Haut-Bailly, Léognan;
Château Carbonnieux, Léognan;
Château de Chevalier, Léognan;
Domaine de Chevalier, Léognan;
Château de Fieuzal, Léognan;
Château d'Olivier, Léognan;
Château Malartic-Lagravière, Léognan;
Château la Tour-Martillac, Martillac;
Château Smith-Haut-Lafitte, Martillac;
Château Haut-Brion, Pessac;
Château la Mission-Haut- Brion, Talence;
Château Pape-Clément, Pessac;
Château Latour-Haut- Brion, Talence.

CLASSIFIC. OFICIAL DE VINHOS BRANCOS

Château Bouscaut - Cadaujac;
Château Carbonnieux, Léognan;
Château Domaine de Chevalier, Léognan;
Château d'Olivier, Léognan;
Château Malartic-Lagravière, Léognan;
Château la Tour-Martillac, Martillac;
Château Laville-Haut- Brown, Talence;
Château Couhins-Lurton, Villenave d'Ornon;
Château Couhins, Villenave d'Ornon;
Château Haut-Brion, Pessac.

Mas vamos aos Vinhos Degustados às cegas:

Fizemos a Boca com um ótimo - de bom corpo e frescor - Espumante Pizzato Rosé, cujas agulhinhas nos preparou as papilas gustativas para as surpresas que nos esperavam.

Desta feita, Roberto Rodrigues fez algo inusitado: Preparou-nos um "drink" - Rio Negro -
elaborado com 40 ml de Brasilberg, mais 300 ml de água tônica e gelo. Foi servido em um copo especial para esse tipo de bebida.

O Original Brasilberg, da Casa Underberg do Brasil, é uma bebida feita com umas quarenta das melhores plantas aromáticas do mundo.

A bebida original alemã, comercializada em garrafinhas-dose é composta por mais de 80 ervas e vende cerca de seis milhões de garrafinhas por dia "all over the world".

Trata-se de um aperitivo refrescante e digestivo, de paladar intenso, muito agradável.

Vinho 1: Château Bahans Haut-Brion - AOC Pessac-Léognan - 2004, 12,5 % Vol.,
Produzido pelo Château Haut-Brion -

Vinho de bela cor vermelho-rubi escuro, com reflexos granada e leve opacidade.

Agradável aroma animal de carne fresca, caça; chocolate, tabaco, baunilha, violeta, cassis, amora, hortelã, pele de salame, pimenta-do-reino, coco queimado e caramelo (calda de pudim)...

No Equilíbrio, ele estava bastante equilibrado, com seta para harmônico. Estava Pronto para beber, podendo ser guardado por longo tempo ainda.

Os segundos vinhos, aqui, ficam prontos antes dos primeiros, porque são de vinhedos mais novos.

Ganhou a Nota Média do Grupo de 90,80.

Vinho 2: Les Pagodes de Cos - AOC ST-Stèphe - 2004, 13,5 % Vol.,
do Produtor Château Cos d'Estournel.

De bela cor semelhante à do vinho 1.

Aromas de baunilha, caça, especiarias, geléia de cereja, frutas vermelhas do bosque, ameixa em calda, discreto defumado, caramelo, pimenta, funcho ou aniz estrelado...

Melhor na boca do que no nariz, em relação ao primeiro degustado.

Excelente vinho, que recebeu a Nota Média do Grupo de 91,80 pontos.

Vinho 3: Reserve Des Caves AOC Marc de Champagne (Não Safrado) 40 % Vol.,
do Produtor Billecart-Salmon.

Belíssima cor Amarelo-Ouro Escuro.

Franco, amplo e etéreo, com aromas de damasco seco, leveduras, lácteos, nozes, mel, baunilha, erva-mate (aroma terroso), trufa branca, queijo de cabra, amêndoas e subois...

Vinho que atendeu às espectativas dos Confrades, que o aclamaram, uníssonos. Dei-lhe a nota 98,00.

No final da degustação, os Confrades permaneceram ainda um bom tempo, comentando a respeito dos vinhos. Recebemos a visita dos ex-Presidentes da ABS, Professores Ricardo Farias e Fernando Miranda, bem como do atual Presidente, Euclides Penedo Borges. Mestre Fernando, que chegou no final, degustou o Marc de Champagne, conforme vemos nas fotos (em pé).