segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Des Amis du Mouton - na ABS-Rio - Degustam Excelentes Bordeaux

Mestre Roberto Rodrigues, Coordenador do Grupo de Degustação, discorrendo sobre o Vinho servido, diante das taças perfiladas.









Da Esquerda para a Direita, concentrados nos trabalhos, os Confrades Márcio Monteiro, João Luiz Caputo e o Sommelier Joaquim.




O preenchimento da Ficha
Analítica de Giancarlo Bossi.













Agora, Márcio examina os aromas fragrantes e etéreos do Primeiro Vinho,











Primeiro Vinho: Clos Fourtet Première Grand Cru Classé Saint Émilion, 13,5 % Vol., do Produtor Philippe Cuvelier, safra 2003 - 92,2 Pontos pela Média do Grupo.







Segundo Vinho: Château Beychevelle Grand Cru Classé em 1855 - Grand Vin 2004 - Saint Julien - 13 % Vol., Produzido pelo Ch. Beychevelle, cuja nota média do Grupo foi de 89,6. Minha nota foi de 91.









Terceiro Vinho: Château Pichon Longueville Comtesse de Lalande Grand Cru Classé - Pauillac - 2004, do Ch. Pichon Longueville Comtesse de Lalande, 13 % Vol., que obteve a nota 91, na Média do Grupo. Dei-lhe a nota 94.

Nesta memorável noite de 23/09, tivemos mais uma reunião da Confraria Des Amis du Mouton, na ABS. Mestre Roberto Rodrigues surpreendeu o Grupo com uma degustação às cegas, de três portentosos vinhos tintos. Foram dois da margem esquerda do Garrone e um, da margem direita. O de Saint Émilion obteve a média de 92,2 no Grupo.

Vamos aos Descritores do Primeiro Vinho: Aromas fragrantes e etéreos, como violeta, frutos vermelhos do bosque, cassis maduro, baunilha, confiture, geléia, caramelo, ameixa em calda, tabaco, pele de salame, café, trufa, louro seco e coco queimado.
Na Boca, é Seco, Sápido, Equilibrado no álcool, Macio, de Bom Corpo para Muito Encorpado e com taninos Equilibrados, com tendência para tânico.
Trata-se de um vinho bastante equilibrado, bastante fino, intenso, apontando para o muito intenso e de persistência aromática com seta apontando para o muito persistente.
Um vinho para se beber e sonhar, acompanhado de uma paleta de cordeiro uruguaio assada no forno.
Enfim. foi uma excelente degustação, que esperamos que se repita
muitas e muitas vezes, para nos deixar de alma lavada...











































domingo, 6 de setembro de 2009

XXVII Encontro da Confraria do Camarão Magro: Espaço Cozinhando com Gioia

Os Anfitriões, Heloísa e José Flávio Gioia, com Marlise
Brandão e Paulo (da esquerda para a direita), Carlos e o Pres. da Confraria, Daniel Acylino. Serão abertos os trabalhos.
Como sempre, o Casal Gioia acolheu a Confraria com todo o carinho e atenção e todos se sentiram verdadeiramente em casa.













A Fachada do Espaço Cozinhando

com Gioia, com a Flâmula da Con-
fraria pairando ao alto.













Os Chefs Sílvia, Gioia e Otton,
em concentração para o início
da Jornada Enogastronômica.












Detalhe da Mesa Arrumada

com todo o cuidado dos An-
fitriões.













Aqui, mais um detalhe do Interior

do Espaço que nos acolheu, com ca-
pacidade para mais de quarenta
convidados.












O Chef Otton, no lugar

de que mais gosta.





Chef Sílvia, mostrando o
esmero
na finalização da
Entrada.














Uma Montagem das fotos tiradas
na Ocasião, cujos créditos devo à
Confreira Miriam Astuto e a Gioia.













Maria Bacelar e a
Primeira Dama, Anna.




Gioia Diplomando
o Confrade Kadu,
comoMestre em
Sabrage
.
















Gioia, diplomando
o
Confrade Carlos.





O Confrade João Luiz Manso,

em pose única.













Marlene, Marlise Brandão
e Abrahão Fizman.












Abaixo: Maria e Edgar Kawasaki, Patrono da Confraria.





Abaixo: A Famosa Mesa dos Dez,
Com Aguinaldo Aldighieri destacado
como o segundo à direita, ao lado do
neto Pedro.















Começando da esq. para a dir.
João Luiz, Bené, Denise, Maria
e Kawasaki.


















Paulo e Marlise Brandão.

















A também Chef e Confreira
Denise Linhares, por hoje
guardando distância do coman-
do da Pousada Cave do Sol e do
Restaurante Picolino, de Cabo
Frio.







Os Caldos da Entrada,

que nos fez sonhar com
o Vale do Loire.






O Desfile do Portentoso

Tannat, que escoltou o
Cassoulet.












E Vinho de Sobremesa,

que rivaliza com um
Sauternes.











Gioia, iniciando o Serviço
do Portentoso Amat.










A Deliciosa Entrada, com massa bem leve.

O Prato Principal, que segurou bem o apetite.

A Sobremesa e o vinho que a acompanhou.

VINHOS

Boas-vindas e amuse bouche: Espumante Don Giovanni Anquier Brut;

Para a entrada: Domaine Reverdy-Ducroux Beau Roy 2007;

Para o prato principal: Bodegas Carrau Amat 2004;

Sobremesa: Château Grand Marsalet 2005.

“Se você bebe moderadamente em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o mais doce orvalho da manhã... Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim nos convida gentilmente a uma agradável alegria.”
Sócrates [470-399 A.C.] – Filósofo grego.

DOMAINE REVERDY-DUCROUX SANCERRE BEAU ROY 2007
AOC SANCERRE


Produtor: Domaine Reverdy-Ducroux, produtores desde 1550, em Verdigny-en-Sancerre, Cher, Val de Loire, França, em 30 hectares, dos quais 24 dedicados à uva Sauvignon Blanc e onde o solo é argilo-calcário.

Uvas: 100% Sauvignon Blanc.

Teor alcoólico: 12,5%.

Notas de Degustação: Amarelo pálido com reflexos verdeais. Limpo e brilhante. Aromas com notas minerais (sílex e giz), flores brancas (verbena) e frutas brancas (pêssego), evoluindo para o abacaxi fresco. Na boca, é um vinho elegante, seco e frutado (pêssego); final mineral fresco. Excelente equilíbrio. Boa Persistência.

Temperatura de Degustação: 8°C

Harmonização: Crustáceos, peixes grelhados e queijos de cabra, em especial o Crottin Chavignol, típico da região. Beber até 2011.

Bodegas Carrau Amat 2005

Produtor: Bodegas Carrau, Cerro Chapéu, Rivera, Uruguai, produzindo vinhos no país desde 1930, tendo sido fundada na Espanha, na Catalunha, em 1752.

Uvas: 100% Tannat.

Vinificação: Amat é um ícone para a vitivinicultura do Uruguai: um Tannat a 100%, elegante, macio e ricamente aromático. Foi eleito o Melhor Tannat do Mundo pela Wine Spectator (março 2007). Como os outros grandes vinhos da Bodega, é uma homenagem a um antepassado: Don Francisco Carrau Amat, um dos primeiros cultivadores de variedades tintas na Catalunha do século XIX, inspirador da produção deste vinho de alta qualidade. As melhores uvas são colhidas manualmente e fermentadas em tanques abertos. O vinho termina a fermentação em barricas, passando vinte meses de estágio em barricas novas de carvalho francês e americano. Permanece em garrafa, nas adegas da Vinícola, por um ano, antes de chegar ao mercado.

Teor Alcoólico: 13,5%.

Notas de degustação: Cor escura intensa e bom corpo. Aromas concentrados de frutas vermelhas, ameixa, passa e alcaçuz. O carvalho dá complexidade, com notas de coco e tabaco fresco, com grande estrutura, finos taninos, que conferem elegância e longevidade. O tempo em garrafa irá oferecer maior complexidade

Sugestões de harmonização: Todos os tipos de carne, embutidos, queijos fortes, salada verde com queijo parmesão, especiarias e frutas secas.

No caso presente, a meu ver, a harmonização não foi muito feliz, pois o vinho sobrou em relação ao prato, por ser muito estruturado, encorpado e potente. Acho que ficaria melhor com uma carne vermelha, com gordura, possivelmente com uma caça.

Temperatura de Serviço: 17° a 18°C.

CHÂTEAU DU GRAND MARSALET 2005
AOC MONBAZILLAC

Produtor: Domaine du Grand Marsalet, em Saint-Laurent-des-Vignes, com os vinhedos em encostas, solo argiloso e clima oceânico.

Região: Sud-Ouest, Monbazillac, Bergeracois, França.

Uvas: Semillon 70%;
Muscadelle 20%;
Sauvignon Blanc 10%.

Vinificação: Colheita manual, com fermentação em cubas/tonéis a baixa temperatura, interrompida por refrigeração. É feita a malolática. Permanece em tonéis por 15 a 18 meses.

Teor alcoólico: 13%

Notas de degustação: Cor amarelo escuro brilhante. Potente no nariz, com aromas de frutas em compota (pêssego), acácia, mel, com ligeiras notas de tostado, às quais se somam aromas adocicados. Os aromas se reencontram na boca. Vinho rico e redondo, com muito bom equilíbrio, harmônico e de boa qualidade.

Harmonização: Como aperitivo ou para acompanhar foie gras ou sobremesas. Potencial de guarda de 25 anos. Servir bem frio.

CARDÁPIO - Especialmente elaborado pelos Chefs Otton e Gioia para o Encontro “Foire aux Escargots”:

Amouse-bouche: Escargot à la sauce bourguignonne, servido no pão, com os escargots num réchaud;

ou

Patê de foie de canard com torradas, em serviço volante para os que optaram por não comer escargots.

Entrada: Escargot Napolitano com salada verde (massa fina com queijo de cabra e concassé de tomate – sem escargots para os que assim optaram).

Prato principal: Cassoulet com feijão branco, cenoura, paio, confit de pato e escargot (sem escargot para os que assim optaram).

Sobremesa: Crumble de abacaxi, canela, passas brancas com farofa de açúcar mascavo.


NOTA SOBRE O CASSOULET

O cassoulet é uma especialidade gastronômica da região de Languedoc-Roussillon, no sudoeste da França. As cidades de Carcassonne, Castelnaudary e Toulouse protagonizam uma disputada querela ancestral por sua criação.

Tal como a paella e a nossa feijoada, o prato se insere na tradição das comidas nascidas da mistura de sobras. A combinação básica é feita com feijão branco, carne de porco, tomate, alho, cebola e ervas. Outros ingredientes foram acrescentados no decorrer do tempo. A receita de Toulouse leva pato ou confit d'oie (pedaços de ganso preservados na própria gordura) e lingüiça.

A data exata de seu surgimento é desconhecida. Diz a lenda que aconteceu durante a Guerra dos 100 Anos (1337-1453), para aumentar a energia dos regimentos e enfrentar o poderio militar dos ingleses. Naquela época, a iguaria era feita com favas e se chamava ragoût. Só no século 16, passou a ser feita com feijões brancos, trazidos da América por Cristóvão Colombo.

O nome cassoulet deriva da palavra cassole, ou caçarola de barro, em que o feijão branco e as carnes eram e ainda são cozidas - a chamada cassole d'Issel. É comum, na França, encontrar latas de cassoulet já preparado, variando o preço e os ingredientes de acordo com a versão. As mais acessíveis levam feijão, molho de tomate, alguns pedaços de carne de porco e salsichas. Já as mais caras são feitas com gordura de ganso, salsichas de Toulouse, carne de ganso, cordeiro ou confit de pato.

Para finalizar, agradeceremos aos Organizadores do Evento, ao Presidente Daniel Acylino, à Confreira Anna, ao Patrono Edgar Kawasaki e aos Anfitriões, Heloísa e Gioia.