domingo, 30 de maio de 2010

Um Bar de Vinhos Agradável e Democrático em Tampa, Flória, Terra do Busch Gardens.



A Travessia do Everglades National Park, pela rodovia que liga Miami a Tampa,
a Tamiami Trail. A rodovia é fechado por uma cerca de tela, para evitar que os
jacarés a ultrapassem.

A saga de visitar bares de vinho virou uma cachaça (olhem aí uma heresia a Baco!) e, do Winter Park, encetei viagem para Tampa, cidade mais conhecida por abrigar o Busch Gardens e produzir boa cerveja. Pois aí, na Snow Ave., no número 1609, encontramos um ótimo bar de vinhos, muito simpático e democrático, o Wine Exchange Bistro e Wine Bar. Permaneci bom tempo, ali, examinando tudo e pesquisando a adega.


À margem da Tamiami Trail, observa-se o manancial d'água, verdadeira reserva
ecológica, onde reinam os maiores jacarés da região, sob o intenso azul do céu da Flórida.


No Busch Gardens, a recepção do belo Hipopótamo ao se refrescar no lago.
De corpo inteiro!

Crown Colony House, Café, Restaurante e Pub, um verdadeiro Templo da Cerveja, que
nos espera à Entrada do Busch Gardens, em Tampa, Flórida.


Balcão do Wine Exchange, onde se pode degustar em taças, acompanhado ou não
de "petiscos".

Uma das fornidas adegas do Bar de Vinhos de Tampa, que tem boa variedade e qualidade.


A Carta de Vinhos do "Wine Bar", onde servem, também deliciosos pratos para
a harmonização.


Grand Vin de Léoville du Marquis de Las Cases 1907, Saint-Julien, Médoc.


Haut-Brion Larrivet 1909 Grand Premier Cru de Graves, Léognan, H. & B. Conseil.


Grand Vin de Château Latour 1933.

Essas são relíquas do Exchange, garrafas cuidadosamente guardadas de uma
degustação memorável levada a cabo pelos proprietários.


Não, Confrades, não foram esses os vinhos que degustei.
Mas eles também foram bons.


Degustei este bom Foris 2007, 13,6 % Vol. Pinot Noir, do Rogue Valley, Oregon.
E mais visitara, se não fora, para tantos bares tão curta a viagem.


Una Tarde num Bar de Vinhos do Winter Park, Orange County,na Flórida.



Passeando pelas "terras de Tio Sam", lembrei de uma recomendação do Mestre Roberto Rodrigues, que me alertava, que, estando eu nos arredores de Orlando, não deixasse de dar uma passada pelo Winter Park, onde nos surpreendemos com um Bar de Vinhos muito particular, o Wine Room, na Park Avenue.
Winter Park é uma cidade pequena, comcerca de trinta mil habitantes, mas muito acolhedora, localizada em Orange County, Flórida, a uns trinta quilômetros de Orlando, que oferece aos seus visitantes lindos parques, lojas e restaurantes muito elegantes, assim como inúmeros museus e galerias de arte.


Uma pequena mostra da variedade e qualidade dos vinhos que nos aguardam.

Nesse Charmoso "Wine Bar" o enófilo chega e recebe um cartão de consumo, com um chip, semelhante a um cartão de crédito(EnoMatic), o qual deve ser carregado com os créditos correspondentes aos desejos do cliente.


Prateleiras que margeiam a escada que leva ao porão do "Wine Bar",
um mundo à parte para quem gosta de "garimpar" vinhos.

A gente pode degustar em pé, passeando pelo Bar, experimentando
os variados
tipos de vinho ou se assentar ao balcão e escolher
uma garrafa para que seja aberta.



Prateleira de Vinhos Brancos com a máquina instalada no centro.


Máquina de Serviço em formato circular, com as garrafas instaladas. Cada vinho traz a identificação e as especificações pertinentes.


Máquina de Serviço do tipo linear, com rótulos que nos são familiares.

Até mesmo os moços da chamada geração Coca-Cola, como o Economista João Frederico Abo-gaux, podem se amimar a degustar um vinho desse Bar diferente.


Uma das dezenas de prateleiras, com os vinhos identificados e detalhados.


Outro exemplo de ilha com máquina circular, menor, com vinhos e
preços diferentes das outras.

Embora já não seja mais uma novidade para os cariocas, o que mais me impressionou
nesse bar de vinhos foi o seu tamanho e a variedade de rótulos disponíveis.





sábado, 22 de maio de 2010

Grupo dos Top se Reúne para Degustar uma Generosa "Perna" de Cordeiro Mamão..


Osmar de Salles esplanando sobre os vinhos do Sul da França e Região do Languedoc-Roussillon, da qual é profundo conhecedor.

Conforme antigas expectativas, nosso Grupo se reuniu, tendo como anfitriões o casal Osmar e Maria de Lourdes Monteiro de Salles. O Cordeiro, que já poderia receber a alcunha de Cordeiro Matusalém, nos foi agraciado pela Confreira Eliane Caldas.

Maria de Lourdes, numa pausa para confraternizar, logo após o delicioso "repas".


Sílvio e Eliane Caldas, depois da temporada na Grécia, com nova viagem já organizada.


Marco Antônio Alves Brasil, analisando profundamente a cor e a evolução do Gala 2.


O Delicioso e raro Foie Gras, servido com um pãozinho e geléia de damasco. que precedeu uma salada de folhas verdes, com cubinhos de queijo e saboroso molho.


O esmerado Carneiro à Moda da Lou, marinado num bom tinto, assado no forno e guarnecido com cebolinhas carameladas, batatinhas coradas, cenouras "baby", alho poró e "haricots verts"
.


A Saborosa Sobremesa: Mousse de Chocolate, também preparada pela Lou.


Gala 2 Cabernet-Sauvignon(80%), Cabernet Franc (15%) e Merlot(5%), 14,3 % Vol., 2007, do Produtor Luigi Bosca, Luján de Cuyo, Mendoza, Argentina. Ofertado por Marco Antônio Brasil.

Mais adequado para harmonizar com Pato, caça, carnes assadas, queijos duros, sobressaiu ao cordeiro.

Estagiou por 14 meses em carvalho francês novo e 12 meses em garrafa.

Notas de degustação: Coloração rubi escuro. Aromas de baunilha, pinho, cedro e frutas vermelhas maduras (amora, framboesa)... Vinho encorpado, estruturado, equilibrado entre álcool, acidez e taninos.

Região de Luján de Cuyo, Mendoza, Argentina.


Osmar examinando, nos mínimos detalhes, o rótulo do vinho.

O Château Bicoly 2001 - 13 % Vol. - Appelation Monbazillac Controllée - que fez um bom casamento com o Foie Gras. Da Adega particular dos Anfitriões, trazido diretamente da origem. Vinhedos de solo argiloso e clima oceânico. Os Monbazillac são bem parecidos com os Sauternes. A principal diferença é que os Monbazillac têm, quase sempre, maior proporção da Casta Muscadelle, o que se reflete em diferenças aromáticas.

Pareceu-me haver degustado esse vinho antes, porém, depois, verifiquei que se tratava de um Monbazillac de outro produtor, o Château Grand Marsalet.

Região: Sudoeste da França, Bergeracois. Monbazillac é uma Comuna, no Departamento de Dordogne, na Aquitânia.

Uvas: Semillon; Muscadelle; Sauvignon Blanc.


Vinificação: Colheita manual, com fermentação em cubas/tonéis a baixa temperatura, interrompida por refrigeração. É feita a malolática. Permanece em tonéis por 15 a 18 meses.

Notas de degustação: Cor amarela brilhante. Potente no nariz, com aromas de frutas em compota (pêssego), acácia, mel, com ligeiras notas de tostado, às quais se somam aromas adocicados. Os aromas se reencontram na boca. Vinho rico e redondo, com muito bom equilíbrio, harmônico e de boa qualidade.

Harmonização: Como aperitivo ou para acompanhar foie gras ou sobremesas. Potencial de guarda de 25 anos. Servir bem frio.


Monbaz2.jpg
Château de Monbazillac. Fonte: Wikimedia Commons.

Laderas de El Sequé 2006, D. O. Alicante, Espanha. Da casta Monastrell, harmonizou muito bem com o Cordeiro. É o segundo vinho do Produtor El Sequé, Enólogo Juan Carlos de Lacalle, elaborado principalmente com Monastrell, com pequenas porcentagens de Cabernet-Sauvignon, Tempranillo e Syrah. É um vinho muito bem estruturado, de bom corpo, com aromas de fruatas vermelhas maduras e com taninos adocicados.


Por fim, um Licor Amarula, para encerrar o jantar.

Agradecemos aos nossos amáveis confrades Anfitriões, que nos receberam com todo o carinho e aguardamos o próximo Encontro do Grupo.










sexta-feira, 21 de maio de 2010

Des Amis du Mouton Degustam Vinhos da Casta Cabernet-Sauvignon - II Parte


No início dos trabalhos, o Professor Roberto Rodrigues prepara o Serviço dos Vinhos.

Continuando na degustação de vinhos da Casta Cabernet-Sauvignon, nossa Confraria se encontrou para a segunda aula do tema. Foram escolhidos vinhos de três países, Chile, Brasil e Estados Unidos da América. Para o final, tivemos um vinho extra português, acompanhado de pães, queijos e fiambres das marcas Berna, Ceratti, Hans e Sadia.


João Luiz Caputo, muito concentrado na análise do vinho, como sempre.


Da Esquerda para a Direita, os Confrades Márcio Monteiro e Leonardo Carvalho.

A Confreira Cláudia Dacorso também tentando descobrir os segredos do vinho.

Ubirajara Santana e Godofredo Duarte, em especial momento de descontração.

O Espumante Miolo Cuvée Tradition, que nos deu as Boas-Vindas.

Entusiasmada com a qualidade dos vinhos, a Confreira Márcia Parente faz um brinde em pé.


O Sommelier Joaquim Diniz, que se revela dono de um nariz muito especial.

O Primeiro Vinho degustado, Cabernet-Sauvignon Reserva 2007, 13,5 % Vol., do Produtor Leyda, D.O. Maipo, Chile, recebeu 85, 30 Pontos como Nota Média do Grupo.
Lote 43 2005, 14 % Vol., da Miolo Wine Group, que surpreendeu o Grupo e recebeu deste a Nota Média de 90,50 Pontos. É elaborado com 50 % de Cabernet-Sauvignon e 50 % de Merlot.

O Generoso Californiano Fay Estate 2004, 13,9 % Vol., da Stag's Leap Wine Cellars (Warren Winiarski), que angariou 92,50 Pontos como Nota Média do Grupo. Um vinho belo e voluptuoso. Foi nesse vinho que o Sommelier Joaquim cunhou um novo aroma: "Aroma de rosa muchibada".


Lembram-se do "The 1976 Paris Tasting" ou "Julgamento de Paris ", ocorrido em 24 de maio de 1976? Pois um dos vencedores foi um vinho da Stag's Leap, "The 1973 Stag's Leap Wine Cellars S. L. V. Cabernet-Sauvignon", fato que mudou a visão do mundo sobre os vinhos do Novo Mundo. O outro ganhador foi o Château Montelena Chardonnay 1973. A foto foi gentilmente abduzida da H.P. da Stag's Leap.

O Caymus Cabernet-Sauvignon Napa Valley 2005, 14,5 % Vol., do Produtor Caymus Vineyards, que recebeu a maior nota com Média do Grupo, ou seja, 93,00 Pontos. Vinho com bela cor vermelhorrubi escura, escorregadio, com reflexos alaranjados, opaco e brilhante. Vinho franco, amplo, fragrante, já com discreta tendência para o etéreo, frutado e floral. Aromas de baunilha, frutas vermelhas, rosa seca, tabaco, chocolate, especiarias, marmelo (etéreo), caramelo, coco, pimenta-do-reino, aniz estrelado, ameixa, cassis... Bastante fino, muito intenso e de persistente para muito persistente. Na boca, revela-se seco, sápido, de equilibrado para quente, macio, de bom corpo para encorpado e com taninos equilibrados tendendo para o tânico. Na avaliação dos aromas de Boca, está entre o equilibrado e o harmônico, de bastante fino para finíssimo, de intenso para muito intenso e de persistente para o muito persistente.

O Cartuxa Colheira 1998, 13,5 % Vol., da Fundação Eugênio de Almeida, Évora, Alentejo, Portugal, obteve 89,80 Pontos como Nota Média do Grupo. Foi o vinho extra. O mesmo me foi presenteado pelo amigo Roberto Caggiano Granado, a quem agradeço. Estava com uma bela cor vermelhogranada bem escura, com reflexos alaranjados. De aromas etéreos, mas ainda com discretos aromas fragrantes. Aromas de baunilha, frutos vermelhos, couro, pelica, pele de salame, figo, um toque iodado, pimenta, café... Levando-se em consideração que os vinhos do Alentejo amadurecem de modo rápido, esse Cartuxa aguentou garbosamente os seus doze anos e ainda se revelou um vinho muito agradável de se beber.