sexta-feira, 30 de julho de 2010

Des Amis du Mouton Degustam Vinhos do Novo Mundo na ABS-Rio - Parte II.


Mestre Roberto Rodrigues, fazendo uma pausa na sua antológica didática, para um momento de grande descontração com o Grupo.

Confrade ignaro, se achas que degustamos somente "zurrapas", estás enganado (nossa, como estou machadiano!). Pois nesta quarta-feira de 28 de julho, a Confraria Des Amis du Mouton se encontrou novamente, desta vez para degustar, às cegas, como de praxe, raridades vínicas do Novo Mundo.


Da Esquerda para a Direita, João Luiz Caputo, Godofredo Duarte e Joaquim Diniz.


Leonardo Carvalho e Márcio Monteiro (de camisa listrada).



E Q Syrah D. O. San Antonio 2007, 14 % Vol., da Matetic Vineyards. Vinho com bela cor vermelhorrubi escura, escorregadio, com reflexos violáceos, opaco e brilhante. No Nariz, é franco e amplo, com uma profusão de aromas, como baunilha, frutas vermelhas maduras, ameixa, especiarias (louro, noz-moscada, pimenta do reino), algo mentolado, chocolate... Foi deveras apreciado pelos Confrades, recebendo a Nota 91,90, com Média do Grupo. O mais pontuado deste Encontro.


Casa Magrez de Uruguay 2006 13,5 % Vol., da Domaine Magrez. Também foi aclamado por todos, revelando aromas de baunilha, coco queimado, especiarias, confiture (geléia de frutas vermelhas), rosa esmagada e aniz estrelado. Ganhou a Nota 91,40, na Média. Belo exemplo de um "Tannat de Uruguay".


Tannat Grande Vindima 2005, 16, 26 % Vol., de Lídio Carraro, Região de Encruzilhada do Sul, Serra do Sudeste, Rio Grande do Sul. Bela cor vermelhogranada escura, escorregadio, opaco e brilhante. No Nariz, é franco e amplo, com aromas de frutas vermelhas, menta, especiaria (pimenta, louro), cereja, cassis... Vinho encorpado, melhor na boca do que no nariz. Recebeu a nota 84,00, como Nota Média do Grupo. Um bom exemplo do vinho fino brasileiro procedente de fora da Serra Gaúcha.


Cabernet-Sauvignon Napa Valley 2006, 14,2 % Vol., de Cakebread Cellars, Califórnia. Elaborado com 16 % de Merlot, 4 % de Cabernet Franc, 2 % de Malbec e 78 % de C. S. Passa longos 20 me. em carvalho francês (vinho polido, arredondado). Foi encomendado especialmente para a Confraria, por sugestão de Márcio Monteiro, que já havia degustado o Merlot (melhor) desse Produtor. É de um belo vermelhorrubi escuro, escorregadio, com discretos reflexos alaranjados. No Nariz, revela aromas de baunilha, frutas vermelhas, chocolate, goiabada cascão, cassis, especiarias, como cravo e canela, carne fresca (caça), pastrami, trufa, tabaco, funcho... Muito boa escolha, recebendo a nota 91,40, como Média do Grupo.


Private Selection Pinot Noir 2008, 13,5 % Vol., do Produtor Robert Mondavi, Califórnia. Vinho franco, amplo, com aromas de amoras, cerejas, morangos, tomate maduro e caça. Foi o vinho extra da noite, ofertado ao Grupo pelo "Seu Bira". Ele também trouxe os fiambres e pães para acompanhar o final dos trabalhos. Dei-lhe a Nota 89,00.



sexta-feira, 16 de julho de 2010

Apresentação de Vinhos da Casta Ribolla Gialla na ABS-Rio por Ada Regna Freire

A Sommelière Ada Regina Freire voltou ao Rio e trouxe, na bagagem, além de
conhecimentos, oito vinhos friulanos para nos apresentar, da Casta Ribolla Gialla.

Ada Regina Freire, iniciando a sua Apresentação, no dia 12 de julho último. A data da foto está errada. A Apresentação foi feita para um pequeno grupo, composto pelo Presidente da ABS-Rio, Diretores e Convidados, dentre eles o Jornalista Marcello Copello.


Ada é brasileira, mas reside há mais de 20 anos no Friuli, tendo obtido o Diploma de Sommelier
da AIS (Associação Italiana de Sommeliers) em 2002. Fez Especialização em Dagustação Técnica, em 2003 pela AIS, e obteve sua Habilitação de Sommelier Profissional em 2008 pela AIS. Foi diretora da Associação Italiana de Sommeliers e desde 2009 faz parte da Comissão de
Degustação dos Vinhos DOC.
Ada trouxe os vinhos em sua bagagem pessoal para nos apresentar esta degustação.
Friuli-Venezia Giulia:


A Ribolla Gialla é uma uva versátil, que suporta vários tipos de vinificação, conferme ficou claro na sequência dos vinhos degustados.

Cefalônia, Grécia, de onde provém esta Casta, que se adapta melhor nas colinas. No período de domínio da República de Veneza era tão valiosa, que servia como escambo.


A Região do Friuli tem nove DOC., com cepas semelhantes. Os vinhos mais finos são produzidos nas 3 DOC do Leste. O Sul e o Oeste produzem vinhos mais comerciais. Os vinhos nobres vêm das colinas do Collio Coriziano ou simplesmente Collio, Colli Orientali del Friuli e do Norte da Friuli Osonzo.


Uvas: Malvásia, Muller-Thurgau, Ribolla Gialla, Traminer Aromático, Tocai Friuliano, Sauvignon blanc, Pinot Grigio, Picolit, etc. Esssa é uma região de divisa com a Eslovênia (antiga Iugoslávia), aqui se produzem alguns dos melhores vinhos brancos italianos. A Ribolla Gialla, tipo mosto de uva, muito fraquinho e doce, era servida com castanhas, nas Frascas (local onde se degustava).



Fonte: Made in Italy, Mapa encontrado no Nosso Vinho, do Confrade Paulo Queiroz.

http://www.italianmade.com/wines/DOC-maps/10107.jpg



"Slide" de Abertura da Apresentação (do Acervo particular de Ada Regina Freire)

Características Organolépticas desta Casta:

- Cor Amarelopalha, com reflexos esverdeados; - Aromas de acácia,  flores de castanheiro; - Aromas cítricos e acidez muito elevada; - Pouco teor alcoólico, não superando 13 % . Amadurecimento total no final de setembro.



Ilustrando as Ânforas (Do Acervo particular de Ada Regina Freire).



Ada Regina teve o cuidado de trazer uma pequena amostra do solo da Região, composto por
pedras - Ponka - uma pedra muito friável.

Visão Panorâmica da Platéia. Em primeiro plano, partindo-se da esquerda, Nosso Presidente, Euclides Penedo Borges, Ana Maria Gazzola e Patrícia Moreira.



Os três primeiros vinhos degustados.


Os três últimos vinhos da noite.

O "desfile" das garrafas e dos vinhos degustados, artisticamente arranjados por Roberto Rodrigues.


Ribolla Gialla 2009, 12,5 % Vol., do Produtor Rocca Bernarda (da Colli Orientali del Friuli).
O vinho desse produtor é o mais representativo da Casta Ribolla Gialla. De muito boa cor amarelopalha clara, escorregadio, com tênues reflexos esverdeados. Muito transparente e brilhante. Revela aromas cítricos, com notas florais (acácia). Sutis aromas de pinhão e castanhas portuguesas. Na boca, é seco e de viva acidez, equilibrado na alcoolicidade e macio.

Ribolla Gialla 2009, 13 % Vol., do Produtor La Tunella.



Espumante Ribolla Gialla 2006, do Produtor Eugenio Collavini. Elaborado
pelo método Charmat com tanques horizontais, chamado "Método Collavini".

Ele é uma expressão da Nova Linha de Espumantes Charmat, que podem fazer um contraponto ao modismo do Prosseco. Boa cor amarelopalha claro, com discretos reflexos esverdeados. As Bolhinhas são pequenas, de boa quantidade e persistência. Bom perlage. Nariz sutil e delicado, ao mesmo tempo revelando aromas frutados de certa complexidade. Na Boca, revela boa estrutura e fruta com um final longo e agradável. Gostei mais deste vinho do que do elaborado pelo método clássico. Boa acidez.


Ribolla Gialla Extra Brut Puiatti
12,5 % Vol., elaborado pelo Método
Champenoise. 
Vindima antecipada, vinificação em inox e depois engarrafado com leveduras selecionadas, para a tomada de espuma. Revela nítidos aromas de figo.


Ada Regina vai degustando um a um os vinhos e fazendo os pertinentes comentários. A Sommelière degusta devagar, desvelando o seu amor a Baco, sem paixão ou volúpia.


Lígia Peçanha, em estado de êxtase com os Ribolla Gialla.

Goriska Brda Michael Rebula Letnik (safra, em Sloveno)
2009, 12 % Vol, do Produtor Tomaz Princic. 

De vindima manual, passa 6 me. por barrica de carvalho. Estava fechado, muito novo. Revelou, de início um aroma algo químico (marítmo?). Parece ser de outra casta que não a Ribolla Gialla.
São produzidas apenas 20 mil garrafas/ano. Goriska Brda, do lado da Slovenia; Collio, do lado do Friuli.




Vinnae Servus Cella Ribolla Gialla 2009, 13 % Vol., do Produtor Jermann.
Elaborado em corte com uma percentagem de Chardonnay, revelando mais corpo. Foi fermentado em inox e teve amadurecimento parcial em tonéis de carvalho da Eslavônia por 6 me. Eslavônia, hoje território da Croácia, já tendo feito parte da Áustria em tempos longevos.

Ribolla Gialla 2005, 13 % Vol., do Produtor Franco Terpin.
De bela cor amarelo-ouro (ouro velho) escuro, brilhante. Sofre a primeira fermentação em cubas de inox, depois mais 20 dias em tonéis de carvalho da Eslavônia. 12 me. em tonéis de carvalho e 12 me. em inox. Nenhuma filtração. No nariz, é profundo, complexo, rico, com aromas de frutas amarelas maduras secas (pêssego, damasco), baunilha, mel e vibrante acidez. Região: Collio (San Floriando del Collio - Monte Calvário).


A bela cor do vinho, brilhante.


Ribolla (IGT) safra 2000, 12 % Vol., do Produtor Gravner,
ofertado por Roger Khouri.

Gravner Anfora. Agradáveis aromas de frutas secas, mel, figo da Pérsia. O Vitivinicultor Josko Gravner, da Vila de Oslavia, em Collio, tem grande reputação pelos seus vinhos e por empregar métodos de vinificação alternativos. No afã de elaborar vinhos mais naturais, recorre a práticas de cerca de cinco mil anos atrás, com recipientes redondos de cerâmica de mais ou menos 2 m de altura, chamados Kvevri. As uvas são prensadas e colocadas, com pele e tudo, nessas ânforas e as enterra por vários meses, para a fermentação. Depois, o vinho levado para descansar em grandes barris de carvalho.


Os últimos 3 vinhos revelaram aromas resinosos.


O Presidente da ABS-Rio, Euclide Penedo Borges, agradece a Ada Regina pela oportunidade de nos visitar e nos dar o ensejo de degustar esses vinhos diferentes.

Da Esquerda para a Direita, nosso ex-Presidente Ricardo de Farias, Maria Lucília de Farias e Ada Regina.


Partindo-se da Esquerda, o Jornalista Marcelo Copello ( Site Mar de Vinho, Escola Mar de Vinho),
Estefano, convidado italiano do Friuli, Ada Regina e Roger Khouri (do Restaurante Esplanada Grill).




Da Esq. para a Direita, Humberto Carcamo (importadora Reloco) e o Confrade Paulo Augusto Lantelme.


Da esquerda para a direita, Lígia Peçanha, Ada Regina e Ana Maria Gazzola.


O Professor Roberto Rodrigues e Ada Regina Freire.

Patrícia de Siqueira Moreira


Depois da Apresentação, um pequeno Grupo convidou Ada Regina para um jantar no consagrado Restaurante New Garden, onde prosseguiram na degustação de bons tintos. A foto de Ada, sentada do lado oposto da mesa, assim como Humberto, ficou muito escura.

Enfim, foi uma excelente degustação que Ada nos proporcionou e lhe ficamos gratos por nos conduzir a esse enorme prazer, tanto pelos vinhos, como pelo agradável convívio. A experiência vivida naquela noite me impregnou de tal forma, que, na madrugada, me acordei sonhando (falando em voz alta): - "Ribolla, Ribolla, Ribolla" !!! ...



























quinta-feira, 15 de julho de 2010

Des Amis du Mouton Degustam Excelentes Vinhos do Novo Mundo, Escoltados por uma Bagaceira, um Conhaque e um Champagne.

Na última reunião da Confraria, na ABS-Rio, foram degustados excelentes vinhos do Novo Mundo e, mais para o final, tivemos deliciosas surpresas. Os Confrades estavam deveras animados, como se pode deduzir das fotos que se seguem.


Em Pé, da Esquerda para a Direita, o Professor Roberto Rodrigues, Márcia Parente, Godofredo Duarte, o Sommelier Joaquim Diniz e João Luiz Caputo. Sentados: Márcio Monteiro, Leonardo Carvalho e Ubiraci Santana.

João Luiz, Joaquim e Márcia Parente, no Serviço da Bagacera e do Conhaque.


Márcia exagerou e, com esmero, trouxe Pães Variados, Pastas de Haddock e de Caviar, Foie Gras, um delicioso Creme Azedo (feito pelo namorado João), Salmão levemente defumado e Bursins. Foi uma oportuna experiência de Harmonização, em que o Salmão se casou melhor com a Bagaceira e o Haddock, com o Conhaque.

Quorum I, Elaborado com vinhos de três safras distintas, 2002 (Malbec), 2005 (Merlot) e 2006 (Petit Verdot), 14 % Vol., do Produtor argentino Norton. Agradou muito e obteve 90,70 como Nota Média do Grupo.


Petite Sirah Home Ranch 2005, 14,9 % Vol., de Seghesio Family Vineyards, de Alexander Valley, Norte de Sonoma, Califórnia, U.S.A. Um portentoso vinho, quente e muito encorpado, que agradou em cheio e foi agraciado com a nota de 91,00.


Don Maximiano 2006, 14,5 % Vol., do Produtor Errazuriz, Valle de Aconcagua (Norte, acima de Santiago), Chile. Ficou com 91,4o Pontos.


Champagne Veuve Clicquot Ponsardin Brut, também ofertada pela Márcia. Estava adequadamente guardada há tempos e evoluiu bem, melhorando. Agradáveis aromas de leveduras e amêndoas torradas. Obteve as notas de 90, por Roberto Rodrigues e de 92, por Godofredo Duarte.


Aguardente Bagaceira Velha, 45 %Vol., do Produtor Neto Costa, Anadia (DOC Bairrada), Portugal. Embora não seja apreciador de destilados, devo confessar que foi uma surpresa interessante, que o Mestre Roberto fez à Confraria.

Há muito, Portugal se destaca pela excelente qualidade de suas aguardentes e bagaceiras, elaboradas em quase todas as regiões vinícolas. Na primeira categoria, os críticos especializados dizem que os melhores exemplares podem ser comparados com o Cognac e o Armagnac. Entre as diversas procedências, considera-se a Região Demarcada dos Vinhos Verdes, no Minho, como a ideal para a elaboração de aguardentes finas e das chamadas aguardentes velhas. O vinhobase, ligeiramente ácido, à base das castas Loureiro, Trajadura, Pedernã, Azal e da renomada Alvarinho, responde pelo excelente resultado final.



Cognac Hennessy 40 % Vol., The Original X.O, Product of France., outra surpresa ovacionada pelo Grupo, principalmente para os apreciadores.

Cognac francês criado em 1870 para uso particular da família Hennessy, foi o primeiro X.O a ser elaborado, originando a categoria eXtra Old. É composto de uma centena de "eaux-de-vie" (destilados de vinho), das quais as mais antigas têm trinta anos, o que lhe proporciona excepcional qualidade e complexidade. Ele é um conhaque estruturado e generoso por seus ricos aromas de especiarias, com uma predominância de carvalho e pimenta do reino.

No ano passado, um Edição Limitada do famoso Conhaque (Hennessy VS) foi lançada em homenagem à posse de Barack Obama como o 44o Presidente dos Estados Unidos da América. A garrafa veio com um rótulo preto e com letras douradas. O selo oval na base do gargalo exibe o número 44, em tamanho grande, com a frase: "Em honra ao 44o Presidente" e a data da posse de Obama. Uma parte dos recursos arrecadados com a comercialização dessa Edição Limitada foi doada à Fundação Thurgoo Marshall College.

Nos últimos anos, a popularidade do Conhaque Hennessy entre os jovens aumentou muito, sendo uma referência frequente em diversas músicas de rappers. Artistas como
Snoop Dogg, Afroman, Digital Underground, Wiz Khalifa ,Kanye West, Jay-Z, Notorious B.I.G, Lloyd Banks, Twista, Ludacris, 8Ball & MJG, Sean Combs, Mobb Deep, Dr Dre, Xzibit, 50 Cent, Ja Rule, Coolio, Busta Rhymes, Three 6 Mafia, Tupac Shakur, Mac Dre, B.U.G. Mafia, Nas, Kid Cudi, Eminem, Tech N9ne, Lady Gaga, Bob Ferrari, Wu-Tang Clan e vários outros fazem referência a esse fabuloso conhaque em suas canções.