domingo, 5 de fevereiro de 2012

Des Amis du Mouton Oscilam Entre Dois Mundos.

Mestre Roberto Rodrigues e Márcia Parente: Executando a técnica de aquecer o vinho com as mãos.

Nesta noite de quarta-feira, a Confraria passeou entre o Novo e o Velho Mundos, numa degustação descontraída, bem divertida e, como de costume, repleta de informações sobre o tema do vinho, como ensinamentos técnicos, viagens temáticas, harmonização e muito mais. Seu Bira, como sempre, calado, mas prestando muita atenção... Estaria envolvido com cálculos? ...



João Luiz Caputo e Márcio Monteiro: Zoação Ilimitada! Camisa verde?!

O Grupo compareceu na sua quase totalidade, com exceção da Confreira Cláudia Dacorso, que anda degustando do outro lado do Equador. Sentimos a falta da mesma, que anima a todos com o seu humor oportuno e inteligente. Esperamos que o Deus Éolo sopre os seus ventos para o Hemisfério Sul e a traga de volta, com um saco de couro de um novilho de nove dias repleto de ouro de cor rubi.


V1- Eolo 2007, de Trivento, Argentina, Mendoza.

Vinho com bela cor vermelho-rubi escuro, escorregadio, com reflexos violáceos, opaco e brilhante. Franco, amplo e fragrante, floral e frutado. Aromas de baunilha, coco, violeta, frutas vermalhas, ameixa, café, pimenta, cravo, caramelo, louro... 

Notas; RR = 91,0 e Média do Grupo (MG) = 89,8. É o vinho top da vinícola, com 90% Malbec e o restante com Shiraz (8%) e Petit Verdot (2%). Creio que estava muito novo ou não demos a atenção devida ao mesmo. Para se ter uma idéia, custa US$ 170.00 no Free Shopping e US$ 96.00 nos Estados Unidos. A importadora é de São Paulo e se encontra por aqui a R$ 590,00.


V2- Monopole Fermentado em Barrica 2004, de CVNE, Espanha, Rioja.

De bela cor amarelo-ouro médio, escorregadio, com reflexos dourados, muito transparente e brilhante. Vinho franco, amplo e fragrante, mas caminhando para o etéreo. Aromas mineral (pedra de isqueiro, querosene); floral (lírio); frutado, como damasco ou pêssego, casca de laranja, pera madura, guaraná; avelãs, pimenta branca e discreta baunilha. Notas: RR = 93,0 e MG = 92,8. Uma prova de que os brancos da Rioja envelhecem muito bem. 

V3- Barbaro 1999, 13 % Vol.,  de Bodega Balbi, Argentina, Mendoza.

De bela cor vermelho-granada escuro, escorregadio, com reflexos alaranjados, com leve opacidade e brilhante. Vinho franco, amplo e etéreo, mas ainda com aromas frangrantes. Uma sinfonia aromática de baunilha, licor de café (Tia Maria), cereja, ameixa em calda; agradáveis aromas adocicados de alcatrão, caramelo, uva-passa tinta, cereja em calda; fumo de rolo, chocolate amargo, subois, pimenta, couro... Notas: RR = 90,0 e MG = 92,4. O vinho top da Bodega Balbi, que não está mais sendo vendido no Brasil. Saiu da Adega Particular do RR.


V4- Espumante Bruto Casta Baga N.V., de Luis Pato, Portugal, Bairrada.

 De belíssima cor salmão e com intensos aromas de cerejas. Notas RR = 86,0 Interessante, mas com pouca acidez.


A Belíssima Cor do Espumante do Luis Pato.

Para o final dos Trabalhos, tivemos um vinho extra e os tradicionais fiambres e pães, desta vez  patrocinados pelo Confrade Godofredo Duarte. Um exagero de deliciosos e variados queijos. O Mesa de Baco se encarregou de levar os pães de provolone e as berinjelas genovesas. 

Agradecimentos pela valiosa  Colaboração de Roberto Rodrigues, na elaboração das notas de informações sobre os vinhos degustados desta feita, curiosidades, preços, etc.

Curiosidade sobre o nome do V1 (primeiro vinho degustado):

Éolo, filho de Hipotas, era o senhor da ilha Eólia, e era querido dos deuses imortais.Ele morava em uma ilha flutuante, cercada por muralhas de bronze inquebrável; ele tinha seis filhos e seis filhas, e cada filho era casado com uma filha. Odisseu se encontrou com Éolo em suas viagens. Odisseu chegou à sua ilha, e lá passou um mês, contando as suas aventuras. Éolo entregou a Odisseu um saco de couro de um novilho de nove dias de idade, em que estavam presos todos os ventos, porque Zeus fizera de Éolo o senhor dos ventos. Éolo deixou apenas o vento do Oeste solto, para levar Odisseu de volta para sua casa. No nono dia da viagem, no entanto, seus homens, achando que havia ouro e prata no saco, o abriram, libertando todos os ventos, o que os afastou de Ítaca, retornando para a ilha Eólia.Éolo, irritado, expulsou-os de lá. Nas versões racionalizadas da mitologia grega, Éolo foi um sábio que conhecia sobre os ventos, sendo por isso chamado de senhor dos ventos (Wikipédia, a enciclopédia livre).