domingo, 8 de julho de 2012

Des Amis du Mouton Revisitam a Península Ibérica e Provam um Vinho da Áustria..

Desta vez, os "MM" abriram os trabalhos: Márcio Monteiro e Márcia Parente.

"Como uma ave, que volta ao ninho antigo... Depois de longo e tenebroso inverno...", como diria Luiz Guimarães Júnior, aportei de novo ao "lar materno", a vetusta ABS do Flamengo. Des Amis du Mouton estavam desgarrados, guachos, há mais de trinta dias sem degustar uma gota sequer do néctar de Baco.


Mais tarde, Roberto Rodrigues retoma a Batuta e serve o Champagne.

No final de maio, já havíamos concluído todas as Degustações do Primeiro Semestre de 2012, mas ainda teríamos uma Aula Extra. Mestre Roberto Rodrigues, quiça, voltara ao "jet set, all over the world"...

João Luiz Caputo mostra técnica mais rigorosa e nariz mais acurado.

Certa vez, li que os esquimós, quando vêem um avião passar, bem alto lá no céu, perguntam: "Aonde irá aquele pássaro gigante, repleto de homens solitários, que vão procurar a felicidade em terras tão distantes?"... Pois nós, os Enófilos, também temos o hábito de nos deslocar para as Regiões mais remotas, à procura de novos aromas, novas castas, enfim, novos vinhos e experiências sem fim.


Godofredo Duarte, em atitude lânguida, depois de um dia exaustivo.

Bem, mas vamos aos vinhos degustados nessa Noite de Quarta-feira, em mais um Encontro memorável da Confraria Des Amis du Mouton:

Cava Cristalino Rosé Brut N/V., 11,5 % Vol., de Jaume Serra, Espanha, Catalunya.

De bela cor cereja, elaborado com 60 % de Pinot Noir e 40 % de Trepat, revela-se um bom espumante, que recebeu a Nota 88,7, como Média do Grupo. Não gostei!


Parcela Única 2009, 13,5 % Vol., DOC Vinho Verde, de Anselmo Mendes, Portugal, Monção - Melgaço.

Vinho de muito boa cor amarelopalha claro, escorregadio, com reflexos dourados, muito transparaente e brilhante. Franco, amplo, fragrante, abrindo-se em aromas de flores brancas, laranjeira, mel, melão, cajamanga, maçã verde, limão siciliano, funcho, damasco seco, além de toques amanteigados e de baunilha. Foi fermentado em barrica nova de carvalho. Obteve a Nota 92,9, como Média. O Grupo já havia degustado outro Alvarinho desse produtor, o Contacto 2009, que nos foi trazido de lá e gentilmente ofertado pelo Confrade Sommelier Joaquim Diniz.


Munda Touriga Nacional 2007, 14 % Vol., de Quinta do Mondego, Portugal, Dão.

De muito boa cor vermelhorrubi escuro, escorregadio, com reflexos violáceos. Vinho franco, amplo, predominantemente fragrante, mas já com alguns aromas etéreos. Aromas de baunilha, violeta, frutas vermelhas, caramelo, ameixa em calda e especiarias, como cravo, pimenta, alcaçuz e canela. Algo mentolado... Chocolate e fumo de rolo; goiabada e coco queimado. Ganhou a Nota 93,6, como Md. do Grupo. As uvas foram colhidas de um vinhedo que fica às margens do Rio Mondego, que os romanos chamavam de Munda (rio de águas claras, límpidas e transparentes. Antônimo: Imunda ou suja por demais.


Blaufränkisch Terroir 2006, 14 % Vol., de Leo Hijjinger, Áustria, Burgenland

Vinho de muito boa cor vermelhorrubi escuro, escorregadio, com reflexos alaranjados ; transparência de regular para leve opacidade e brilhante. Aromas de baunilha, violeta, rosa seca e especiarias, como cravo, pimenta e nozmoscada; tabaco, caramelo, tinta nanquim, pastrami... Obteve a Nota 89,5, como Média do Grupo. Foi o Vinho Extra, ofertado por Márcio Monteiro e trazido diretamente da origem pelo mesmo, em viagem recente que fez àquelas distantes plagas, que já pertenceram à Hungria.


Ex Ex 7 Experiências Excepcionales 2005, 14,5 % Vol., DO Emporda, de Castillo Perelada, Espanha, Catalunya, Girona.

Vinho de muito boa cor vermelhorrubi escuro, escorregadio, com reflexos granada, de leve opacidade e brilhante. Franco, amplo, mas já com boa caminhada para o etéreo. Aromas de baunilha, violeta, geléia de cassis, caramelo, ameixa em calda, goiabada, uvapassa, funcho e especiarias (nozmoscada, canela)... Ganhou a Nota 92,1, como Md. do Grupo. Este foi o vinho mais evoluído da noite. Trata-se de um vinho diferente, 100 % Monastrel. Estagia por 13 me. em barrica de carvalho Allier.


Champagne Michel Loriot Brut Rosé N/V., de Michel Loriot, França, Champagne.

Um champagne de bela cor rosassalmão, bom para um aperitivo, porém não me chamou a atenção.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O Esquadrão dos Cinco Ataca no Vieira Souto.

Luiz Mattos, o Maître-Sommelier Cacá e Edgar Kawasaki, degustando o Champagne.

Depois do Alameda, depois do Eça (Centro); da Gruta de Santo Antônio - de Dona Henriqueta Henriques, do outro lado da Baía da Guanabara... Do La Fiducia (do Sommelier Almir Pereira) e do Antiquarius (Leblon), eis que o Esquadrão dos Cinco, em 28/06, volta a  se encontrar, desta vez  no Restaurante Vieira Souto, numa simpática casa em frente à praia de Ipanema, onde outrora abrigou o Restaurante Alberico's.


Edgar Kawasaki e José Flávio Gioia: Alegria efusiva...

O Encontro, como sempre, ocorreu em clima de grande contentamento e animada conversa entre os Confrades. O Restaurante é excelente, de ambiente amplo, confortável e acolhedor. O atendimento é impecável, com a Equipe onipresente, até o final do "repas".


Marcos Arouche e Luiz Mattos: Encantamento com o Chablis Grand Cru.

Ah, e a comida?! Qause me esqueço... Deliciosa comida italiana. Destaque para o cordeiro ao forno, que veio no ponto certo! Bem, eu sou suspeito para falar... Tendo cordeiro, para mim, o restaurante cresce demais. Mas todos os pratos estavam muito saborosos e servidos em tempo hábil, desde o Couvert às Sobremesas e Digestivos de encerramento.


Entrada: Carpaccio di Tonno con salsa di limone e zenzero. 
(Finas fatias de atum com molho de limão e gengibre).


Primeiro Prato: Bevettine alla carbonara di Pesci e zucchini.  
(Spaghetti com carbonara de peixe com abrobrinha e ovas de salmão).


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Prato de Resistência: Spalla D'Agnello Al Forno (Paleta de Cordeiro ao Forno com Legumes Grelhados).

Duas Sobremesas: Cannoli di Gianduia (massa crocante recheada com creme de gianduia) e Zuppa Fredda di Frute (calda de frutas cítricas ao sabor de cardamomo com sorbet de frutas vermelhas). Não as fotografei.

                
N.V. Veuve A. Devaux Champagne Brut, de Veuve A Devaux, France, Champagne, Côte de Bars (Aube).

Bom vinho, que cumpriu bem o seu propósito, de bela cor amarelopalha claro, com reflexos dourados. Numerosas e finas bolinhas, que partem muito rápido do fundo da taça, ascendendo... Aromas de flores brancas e cítricos bem presentes, além de  baunilha, um discreto tostado e agradáveis de fermentos. Na boca, revela viva acidez e bom corpo. Ofertado por Kawasaki. Acompanhou divinamente o Couvert e a Entrada.


Chablis Grand Cru Le Fief de Grenouilles 2004, AOC Chablis Grand Cru, França, Borgonha.

Vinho de bela cor amarelo-ouro claro, escorregadio, límpido e brilhante. Bastante fino e elegante, abrindo-se num grande leque de aromas de flores brancas e frutas maduras; um discreto mentolado doce e um toque de baunilha. Boa evolução na taça. Na boca, é rico, revelando discreta mineralidade e uma sensação de gordurosidade e agradável frescor. Fez bom casamento com o Primeiro Prato. Foi-nos agraciado por Gioia.


Chateau Clerc Milon 2005 (Cinquième Cru), de Chateau Clerc-Milon, França, Bordeaux, Médoc, Pauillac.

Vinho de bela cor vermelhorrubi escuro, com reflexos granada, escorregadio e brilhante. De início, fechado, mas, em pouco tempo, se abre em aromas que denotam  a franca presença da Cabernet-Sauvignos, com frutas vermelhas e negras maduras e notas de violeta e baunilha. Aromas de chocolate e couro. Na boca, boa estrutura e corpo, com taninos bem presentes, porém domados; sápido e equilibrado na alcoolicidade. Final longo... Poderia melhorar muito e ser guardado ainda por muitos anos. Foi ofertado por Luiz Mattos.


Imiglykos Meliritos 11,5 % Vol., de Cambas, Grécia, Grécia Central, Attika.

Vinho medianamente doce (em grego, glykos significa adocicado), das Castas Roditis e Savatiano. Acompanha bem entradas de saladas e sobremesas de frutas. De bela cor amarelopalha, com reflexos verdosos, escorregadio e brilhante. Revela aromas cítricos e de maçã verde. Vinho fresco e vibrante, com boa estrurura. Ofertado por Mesa de Baco, tendo acompanhado bem as sobremesas, principalmente a Zuppa fredda di frute. Este vinho foi trazido como presente, diretamente da origem, por um amigo texano (William), casado com uma grega e residente em Haia, na Holanda.