segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Des Amis du Mouton em Seu Primeiro Encontro de 2012: Vinhos de Três Países e um Cordeiro.



Alexandre Follador abre os trabalhos desse Encontro a convite de Roberto Rodrigues.

Nesta quarta-feira de 18 de janeiro, tivemos o Primeiro Encontro Des Amis du Mouton de 2012.. A proposta de Roberto Rodrigues foi a de se degustarem três vinhos de três países:



Professor Roberto Rodrigues e Márcia Parente: Indefectível abertura do Mesa de Baco.

Vínhamos degustando os inesquecíveis vinhos de Portugal e da Espanha. Assim, nesta noite,  seriam colocados, às cegas, como de costume, dois vinhos daqueles países e um "estrangeiro", isto é, de fora desse bloco.


Godofredo Duarte: Aromas indecifráveis no vinho.

Esse primeiro Encontro foi profícuo, em que degustamos excelentes vinhos, dentre eles um Alvarinho, talvez o melhor de todos, que tive a oportunidade de provar pela segunda vez:



Leonardo Carvalho: Consagrado por Godô (enfim, o prato devolvido!).

 Conforme os leitores podem visualizar em matéria mais antiga, marcando um dos Encontros do "Esquadrão dos Cinco", no Restaurante da Dona Henriqueta Henriques, em Portugal Pequeno ( do outro lado da Ponte Presidente Costa e Silva, logo ali em Niterói).


Muros de Melgaço 2008, 13 % Vol., Alvarinho DOC Vinho Verde, de Anselmo Mendes, Portugal, Vinho  Verde.

Vinho franco, amplo, fragrante, já com um deslize para o etéreo. Aromas de flor de laranjeira (mel de), lírio, cítricos (lima), algo mineral. Lichia, marmelo fresco maduro. Um abaunilhado discreto... Excelente exemplar da Casta, que obteve a Nota 90,4, na Média do Grupo. Nota MB = 93.



A Icônica garrafa desse Alvarinho.



Lily's Garden Shiraz 2005, 14,8 % Vol., McLaren Vale, de Two Hands Wines PPY, Austrália, South Australia.

De cor vermelho-rubi muito escura, profunda, lembrando um Tannat do Uruguay. Um vinhaço, franco, amplo, fragrante, porém já a caminho do etéreo. Ricos aromas de violeta, coco queimado, café, ameixa em calda, um certo frescor de menta; aromas adocicados, como baunilha, caramelo, uva-passa, água de azeitonas em conserva, tabaco, alcaçuz... Ganhou Nota de 94,2, como Média do Grupo. Nota MB = 96; WS = 94, RR = 94 e RP = 94. Será que estavam combinados?! O nome desse vinho foi dado em homenagem a uma das filhas de um dos sócios da vinícola (Michel Twelftree), nascida em 13/08/2001. Realmente, o Enólogo se esmerou na elaboração desse vinho!  Foi o melhor vinho da noite.



Pesquera Janus Gran Reserva 2003, 14 % Vol., DO Ribera Del Duero, de Bodegas Alejandro Hernándes, Espanha, Ribera Del Duero.

Outro portento desta noite, franco, amplo e etéreo, mas ainda com resquícios fragrantes. Aromas de ferrugem, violeta, baunilha, caramelo, alcaçuz, tabaco, café, um frescor de aniz e louro, pimenta, subois, couro, geléia de groselha... Recebeu as Notas 91, como Média do Grupo. MB = 92.



Rosso Di Montalcino DOC 2005, 13 % Vol., de Casanova di Neri, Itália, Toscana.

Vinho franco, amplo e etéreo, com armas de baunilha, água ferruginosa, geléia, suor de cavalo cansado (xergão), musgo, funcho, terra molhada, chocolate amargo, caramelo, pimenta...

Esse foi o zurrapinha levado por Mesa de Baco, como vinho extra. Recebeu a Nota de 87,2, na Md. do Grupo; MB = 89 e RR = 85."Já passou do auge: Rosso não  é para durar mais que três anos" (nas palavras de RR).



Pedro Ximenez Viejisimo 10 % Vol., de Bodegas El Maestro Sierra, Espanha, Andaluzia (Jerez).

Trata de um Pedro Xinenez de alta qualidade, franco, amplo e etéreo, que se abre em aromas de figo, figada, caramelo, chocolate, alcaçuz, licor de jenipapo, geléia de damasco, casca de camarão, alcatrão (asfalto fresco)... Vinho de agradável doçura, fresco, quase vivo, equilibrado, redondo, muito encorpado e carente de taninos (apontando para pouco tânico). Notas: MB = 97, MD = 95,4 e RR = 96. Roberto trouxe sorvete de chocolate para harmonizar. Melhor seria com mousse de chocolate amargo. O vinho sobrou sobre o sorvete: Sorvete tem açúcar e o vinho doce brigou (doçura com doçura), conforme sinalizou RR.



Reserva Chardonnay 2009, 13,5 % Vol.,  de Veramonte, Chile, Casablanca Valley.

Vinho extra, para acompanhar a Entrada, no repasto do final dos trabalhos. De bela cor amarelo palha com reflexos dourados, fresco e floral; abundantes frutas tropicais e cítricas. Algo mineral. Aromas de abacaxi maduro, nectarina, melão e banana bem madura. Vinho de bom custo x prazer, que acompanhou bem a caponata de Berinjela em leito de alface americana.


Vinho Tinto Espanhol Artero Tempranillo - La Mancha 750ml
Artero Tempranillo 2010, 14 % Vol. DO La Mancha, de Viñedos y Bodegas Muñoz, Espanha, La Mancha.

Foi o terceiro (excepcionalmente) vinho desse Encontro, para acompanhar a paleta de cordeiro assada e acompanhada por molho de hortelã e guarnecida por batata doce cozida e vagens cortadas e levemente refogadas com azeite. Vinho simples, frutado, com taninos macios, mas agradável, que combinou bem com o prato. 



The Dalmore 12 Years, 43 % Vol., de Dalmore Distillery, Escócia, Highland.

Aromas de baunilha, casca de laranja, chá preto... Servido no final da Degustação, com os aplausos da Confreira Cláudia Dacorso."Como curiosidade: A Dalmore produz o mais caro whisky do mundo, o Dalmore 62 Years, que custa 125 mil Libras a garrafa. Uma garrafa no Brasil, de 56 anos, está a R$ 72.000,00 no Mercado Livre" (segundo informou Roberto Rodrigues).



Prato de Entrada: Caponata de Berinjela, em leito de alface americana e azeite (Vinho Chardonnay).

Berinjelas cortadas em cubos pequenos, com cebola, pimentão amarelo, uva-passa tinta, azeitonas pretas, orégano, alho (em pequena quantidade), uma pitada de sal e azeite de oliva extravirgem Borges. Levada ao forno baixo, com assadeira coberta por lâmina de alumínio, durante 30 min. Finaliza-se remexendo a berinjela e dando-se mais uma regada com azeite. Aí, se retira o alumínio e se aumenta a chama, deixando por mais uns 10 min. Serve-se fria. Muito bom prato para uma Entrada no jantar, para dar uma quebrada no apetite e se evitar de comer em demasia.



Paleta de Cordeiro assada no forno, com aromas discretamente defumados (Vinho Artero Tempranillo).

domingo, 8 de janeiro de 2012

IV Viagem Internacional da Confraria do Camarão Magro: A Alemanha e Seus Brancos.

Nas suas incursões internacionais, a Confraria do Camarão Magro realizou a sua quarta viagem, sempre organizadas e capitaneadas por Aguinaldo Aldighieri e Colaboradores. Depois de passar pela Itália, incluindo a Costa Amalfitana (patrimônio da Humanidade), pela Espanha, por Marrocos e Sul da França, desta vez foi a ocasião do Grupo retornar à Terra de Alighieri e prosseguir rumo à Alemanha, para, in locu, provar os seus incomparáveis brancos.


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Costa de Amalfi em Maiori, vista desde Ravello em foto da Wikipedia.


"Em setembro último, um grupo da nossa Confraria cumpriu um roteiro enoturístico na Alemanha. Encontramo-nos em Veneza, no dia 10, de onde partimos, em ônibus exclusivo, para Innsbruck (Tirol austríaco). Num belo dia ensolarado – como em toda a viagem – atravessamos os magníficos Alpes Dolomitas, com parada para almoço na charmosa Cortina D’Ampezzo, a 1210 m de altitude. Mas não se via qualquer sinal de gelo nos picos de toda a região.


O painel mostra um mapa com o relevo da Região do Veneto no qual aparecem: Veneza, a planície veneta, os Alpes Dolomitas, e as estradas até Innsbruck no Tirol austríaco.

Ao chegar a Innsbruck no final da tarde tivemos a grata surpresa de nos deparar com uma feira de vinhos e comidas típicas nas ruelas de pedestres do Centro Histórico. Havia muitas dezenas de quiosques vendendo taças de vinhos de múltiplas origens e preços (taças com pés, tipo bordeaux !). Não vi quiosque de cerveja, confirmando que na Áustria se bebe mais vinhos (principalmente brancos).



O belo prédio da HofBräuhaus - HB - München, em foto de Daniel Meyer.


A cidade seguinte foi Munique. No caminho fizemos uma adorável escala em Garmish-Partenkirchen, a pequena capital dos Alpes bávaros. Em Munique, capital da Baviera/Bayern (que os americanos chamam de Bavaria), o domínio é das cervejas. Há um grande número de cervejarias/brauerai espalhadas pela cidade, cada uma oferecendo as “louras” e “morenas” produzidas por uma das seis grandes produtoras locais: Augustinerbräu, Hofbräuhaus, Paulaner, Spatenbräu, Hacker-Psachorr, e Lowenbräu. Dois pontos turísticos são imperdíveis: o enorme mercado Viktualienmarkt, onde também se come e se bebe com prazer, e o fantástico Deutsches Museum – www.deutsches-museum.de – o maior museu de ciência e tecnologia do mundo.



Oktoberfest em Munique, em foto de Michael Dalder, Ag. Reuters.


Quanto aos pães, a imensa variedade exposta nas bäckerei/konditorei deixa os franceses e italianos com inveja. Em vários hotéis eu contei mais de doze diferentes e saborosos pães nos cafés-da-manhã. Com base em Munique dispendemos um dia para visitar os suntuosos castelos do Rei Ludwig II da Baviera: Neuschwanstein e Linderhof. 



File:Hohenschwangau - Schloss Neuschwanstein1.jpg
Neuschwanstein: Foto Wikipedia.

No caminho aproveitamos para contemplar a lindíssima Igreja de Wies (Wieskirche), obra-prima do estilo rococó.Tivemos alguma dificuldade em bons restaurantes devido a cardápios escritos apenas em alemão, como nos ótimos Vinorant Alter Hof e Weinhaus Neuner.



Bayern/Baviera -- Wieskirche/Igreja de Wies; obra-prima do estilo rococó.

Rumando para o norte desfrutamos meio dia na imperdível e medieval Rothenburg-ob-der-Tauber, à margem da Rodovia Romântica (Romantischestrasse). Vários de nós se deliciaram com os Schneeballenträume (sonhos de bola de neve), típicos da cidade.


Fomos nos hospedar em Würzburg, ainda no Estado Federal da Baviera mas uma das principais cidades da região da Francônia/Franken. Esta é uma região vinícola importante; uma das características dos seus vinhos é a garrafa achatada Bocksbeutel, semelhante à do vinho português Mateus Rosé. Seus vinhos brancos são principalmente das cepas Muller-Thurgau, Silvaner, Bacchus, e também Riesling. Há tintos das cepas Portugieser (nada a ver com Portugal) e Domina. Os vinhos que provei não me impressionaram, preferi os Rieslings do Pfalz, do Mosel, e do Rheingau.



Bayern/Baviera -- Gruta de Vênus, parte do Castelo Linderhof (do Rei Ludwig II).


Vista do interior de um dos pavilhões da Wurstmarkt/Feira do Vinho em Bad Dürkheim.

No dia seguinte ao da nossa chegada, um sábado, tivemos outra grata surpresa: o centro histórico, área de pedestres, estava ocupado por uma festa/feira popular, com shows de grupos musicais em vários palcos armados nas praças, e um grande número de quiosques de comidas típicas (salsichas de vários tamanhos e cores), vinhos brancos locais, espumantes (sekt) e poucos de cervejas. Em uma das noites jantamos muitíssimo bem no restaurante Backöfele; apesar de o cardápio estar apenas em alemão, tivemos a ajuda de uma garçonete traduzindo-o para o inglês.


Enorme e antiga prensa de vinhos (inscrições em latim) no outrora refeitório dos monges cistercienses do Mosteiro (Kloster) Eberbach no Rheingau.

Palatinado ou Pfalz

Da Francônia rumamos para o Palatinado/Pfalz, para os arredores da Estrada do Vinho/Weinstrasse. Chegamos a Bad Dürkheim, ao meio-dia de um domingo, último dia da Wurstmarkt, a maior feira de vinhos da Alemanha, apesar da palavra wurst significar salsichas e linguiças – www.duerkheimer-wurstmarkt.de . Diferentemente do que havíamos imaginado essa feira é um grande parque de diversões para o povão, mas, leia-se “povão alemão” ! Além da roda-gigante, trem-fantasma, etc.,etc., há muitas dezenas de pequenos pavilhões dos produtores de vinhos (brancos) da região, cada um vendendo seus vinhos a granel, em canecas de 0,5 litro ! e muitos quiosques com salsichas, linguiças, frangos, porquetas, carrés e joelhos de porco, etc, etc. No Pfalz está a mais extensa região vitícola do país. Seus mais renomados rótulos provêm das vinícolas/weingut situadas ao longo da Weinstrasse, especialmente dos vilarejos de Bad Dürkheim, Forst, Deidesheim, e Wachenheim.

Weingut Dr. Bürklin-Wolf

Fomos muito bem recebidos em uma manhã na Weingut Dr. Bürklin-Wolf – www.buerklin-wolf.de , em Wachenheim. Visita completa, com degustação, conduzida em inglês. Tanto nesta como nas demais vinícolas que visitamos a vindima estava se iniciando naquela segunda quinzena de setembro. Fugindo da complicada classificação dos vinhos alemães, este produtor usa na sua lista de preços e em alguns rótulos as letras G.C. (Grand Cru) e P.C. (Premier Cru) para diferenciar seus vinhos top; bem como apenas a palavra Qualitätswein nos contra-rótulos ao invés de Q.M.P. Na degustação (gratuita) foram-nos servidos Rieslings de 2009 e 2010: 2 bons genéricos (10 euros), 2 P.C. muito bons c/ indicação do vilarejo e dos vinhedos e 6 meses de barricas (17 eu), 2 ótimos G.C. c/ indicação dos vinhedos (em Forst – o melhor terroir) e 9 meses de barricas (37 eu), e um ótimo Auslese (40 eu). Eu aproveitei para comprar um top de linha: Forster (melhor vilarejo) Jesuitengarten (melhor vinhedo) Fass 63 (melhor tonel) Riesling 2003, 13 % , Qualitätswein (61 eu). Esse mesmo vinho consta no catálogo da Mistral por US$149.50.

Reichsrat Von Bühl

À tarde visitamos a vinícola Reichsrat Von Bühl em Deidesheim – www.reichsrat-von-buhl.de . Visita completa, com degustação (21 euros p/p), conduzida em alemão com tradução simultânea em português (por um funcionário lusitano). Na cave foram-nos servidos: um Sekt brut de Riesling 2007 (15,50 eu), um Sekt Rosé brut de Spätburgunder (pinot noir) 2009 (14 eu), e um Spätburgunder 2008 Qualitätswein (24 eu), todos muito bons. No salão degustamos: um Grauburgunder (pinot gris) QbA 2010 (8,50 eu), um Riesling QbA 2010 (8,50 eu), um Pechstein (vinhedo) Forst (vilarejo) Riesling Grosses Gewächs 2009 (29 eu), e um Ungeheuer (vinhedo) Forst Riesling Grosses Gewächs 2009 (29 eu) do qual eu gostei muito. Havia na lista também – mas não nos serviram – um Ungeheuer Forst Riesling Beerenauslese 2010 (240 eu). Disseram-nos que a vinícola passará a ser representada no Brasil pela Importadora Decanter.



Degustação à luz de velas na cave do Mosteiro (Kloster) Eberbach, cercado de vinhedos do Rheingau.

No Vale do Mosela

Rodamos a seguir para Bernkastel-Kues no Vale do Mosela/Mosel. São duas cidadezinhas unidas por uma ponte sobre o Mosela. Kues é maior, e nela está o Weinmuseum e a Vinothek; Bernkastel é mais turística e muito encantadora. Este é o centro do maior vinhedo contínuo da Alemanha – 90 % Riesling. A região é linda, pois o Mosela é muito sinuoso, percorrido por barcos de turismo, e as encostas muito inclinadas que o margeiam são cobertas por vinhedos. Estes situam-se sempre nas encostas voltadas para o quadrante sul, e, devido à sinuosidade do rio, estão ora na margem esquerda ora na direita. O solo da região é xistoso/ardósia, com as raízes das vinhas penetrando a até 12 m; e a colheita é tardia, desde o final de setembro a até 6 de dezembro – festa de São Nicolau.


Foto do famoso Riesling Berncasteler Doctor da vinícola Witwe Dr. H. Thanisch em Bernkastel-Kues (Vale do Mosela/Mosel. Apenas no rótulo desse vinho a letra C do alemão antigo substitui o K dos demais vinhos e da lingua atual).

Pela manhã fomos recebidos em frente ao histórico portão da Doctorkellers (cave) pelo marido da proprietária/herdeira da Weingut Witwe Dr. H. Thanish. Como a sede da empresa fica em Kues a degustação (gratuita) ocorreu na própria cave, conduzida em francês. Essa cave fica no interior de uma encosta com grande aclive dominando o vilarejo de Bernkastel, e sua história de mais de 350 anos confunde-se com a da região e mesmo da Alemanha. A vinícola tem 12 ha de vinhedo de Riesling nessa encosta com uma pequena porção de Pinot Noir.



Vinhos degustados por nós na vinícola Selbach-Oster em Bernkastel-Kues.

Uma característica dos vinhos do Mosela é o seu baixo teor alcoólico. Degustamos: um Thanisch Riesling Classic 2009 (12 %) (7,80 eu), um Bernkasteler Badstube (nome da parcela) Riesling Kabinett 2010 (9%) (9,50 eu), um Berncasteler Doctor (parcela de maior prestígio) Riesling Kabinett 2009 (9,50 %) (20 eu), um Brauneberger Juffer-Sonnenuhr (parcela) Riesling Spätlese 2009 (8,5 %) (14 eu), um Bernkasteler Lay (parcela) Riesling Auslese 2007 (10 %) (25 eu), e um Wehlener Sonnenuhr (parcela) Riesling Beerenauslese 2006 (8 %) (55 eu). A marca Berncasteler Doctor mantém a letra “c” original do alemão antigo em vez do “k”. A vinícola não tem representante no Brasil  mas procura importador.



Outros Vinhos da vinícola Selbach-Oster em Bernkastel-Kues: degustados pelo Grupo.

Rheingau

Em seguida dirigimo-nos à região do Rheingau, no Estado Federal de Hessen. 
Visitamos o antigo mosteiro cisterciense Kloster Eberbach, de 1345, que tem uma coleção de grandes e primitivas prensas de vinhos onde era o imenso refeitório dos monges. O mosteiro é cercado por vinhedos, tudo pertencente a uma fundação que é também produtora de vinhos. A visita, conduzida em inglês, terminou com uma degustação de 9 vinhos do Rheingau, em sua cave iluminada por velas e ainda repleta de grandes tonéis vazios; vinhos médios, finalizados com um ótimo Beerenauslese.



Um excelente Riesling Beerenauslese da Dr. Thanisch degustado por nós.

Fomos nos hospedar poucos quilômetros adiante, na encantadora Rüdesheim-am-Rhein. A cidade, situada no meio dos vinhedos, é o mais popular centro turístico da região. Há várias ruas pontilhadas por bares de vinhos que oferecem provas dos seus diversos Riesling. Há ainda um teleférico que se desloca sobre os vinhedos até o Memorial de 1871, no alto da encosta, com esplêndida vista de toda a região.


 Pfalz/Palatinado -- Cave da Vinícola (Weingut) Reichsrat-von-Bühl.



Realejo numa pracinha da graciosa Rüdesheim-am-Rhein, cidadezinha envolvida pelos vinhedos do Rheingau.


No aeroporto de Frankfurt-am-Mein iniciamos o retorno ao Rio, com as malas repletas de excelentes brancos, até mesmo com alguns Eiswein".  
Para finalizar, devo dizer que o texto, menos a introdução, é de autoria de Aguinaldo Aldighieri, como também as fotos, que me foram enviadas por ele, com exceção de algumas, copiadas de alguns sítios, aos quais agradeço.