segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Des Amis du Mouton Degustam um Vinho de Pompéia em seu Primeiro Encontro deste Ano.

O Professor Roberto Rodrigues, com Márcia Parente, abre a promissora Degustação

Para evocar bons angúrios ao ano que se inicia, tivemos o nosso primeiro Encontro "Des Amis du Mouton", nesta quarta-feira, 16 de janeiro, que Deméter haverá de abençoar, do alto da sua vasta generosidade. Que vinhos iríamos degustar? Depois de visitar e revisitar o Velho e o Novo Mundos; depois das incursões pelos principais países produtores, como França (Bordeaux, Loire, Alsácia, Rhône, Borgonha, Champagne, Jurá...), Itália, Espanha, Portugal e Alemanha... Depois de ir e vir ao Chile, Estados Unidos da América e Argentina; África do Sul, Austrália e Nova Zelândia... Depois de provar vinhos do Líbano e das quase descohecidas e distantes Colinas de Golan... De degustar as castas mais conhecidas e, até  


Leonardo Carvalho em profunda concentração e Seu Bira Sant'anna.

mesmo, algumas exóticas, que novidades poderíamos esperar desse primeiro Encontro do Ano? Será que esses sedentos Confrades esperam um vinho de vinhedos cultivados por Ceres, de lagares pisoteados por Dionísio e vinficados por Baco?! Pois foi com esses pensamentos, que me dirigi, em passos lentos, placidamente, à ABS do Flamendo...


Em primeiro plano, Godofredo Duarte e seu rosto satisfeito.

naquela tardezinha de janeiro... Mas o que mais encanta e nos seduz no Mundo do Vinho é que, quando você imagina que já  descobriu tudo, uma grata surpresa lhe mostra que não...


O Desfile bem comportado das garrafas dos vinhos da Noite.

É realmente surpreendente o fato de que Pompéia, soterrada pelas lavas e cinzas do Vesúvio, possa nos brindar com um vinho obtido de uvas geradas eu seu seio aparentemente inerte. Mas a vida é assim: Onde há calor, água e semente, ela brota das entranhas e cresce...


Janzen Cloudy's Vineyard Napa Valley 2006, de Bacio Divino, USA, Califórnia.

RR = 92,0 e média = 89,9 RP=92. Bacio Divino é uma vinícola boutique criada por Claus Jansen que esteve à frente da Caymus por muito tempo. Este vinho é um Cabernet de vinhedo, com produção limitadissima.


Villa dei Misteri 2004 IGT Pompeiano, de Mastroberardino, Itália, Pompéia. 

Curioso vinho, de bela cor vermelhogranada escura, escorregadio, opaco e brilhante. Nariz franco, amplo, fragrante, mas com uma grande caminhada para o etéreo. Aromas de baunilha, frutas negras maduras, violeta, couro, caça, pele de salame, pelica, ameixa em calda, alcaçuz, pimenta branca, "sous bois",  caramelo, almíscar... 

Notas: RR = 94,0 e Média do Grupo = 93,0. "Apenas pelo fato de ser o vinho de Pompéia já seria interessante, mas é um grande vinho. Mastroberardino é o mais premiado nome da Campanha, no sul da Itália. Um vinho, único e fascinante, o raríssimo Villa dei Misteri é elaborado com cinco minúsculos vinhedos plantados dentro do sítio arqueológico de Pompéia, com as mesmas castas e utilizando os mesmos métodos usados pelos antigos romanos! Elegante e complexo, é provavelmente o vinho com maior carga histórica já produzido em tempos modernos. Produzido a partir da casta Piederosso" (comentários de Roberto Rodrigues). Da safra degustada, só foram produzidas 2.974 garrafas!


Nvmanthia 2007 DO Toro, de Bodega Nvmanthia, Espanha, Toro.

(Vinho extra comprado no exterior, levado por Cláudia Dacorso), RR = 89,0 e Média do Grupo = 89,8.

Chateau La Terrasse 2000 AOC Bordeaux Superieur, de Michel Gonet, França, Bordeaux.

     (Vinho extra comprado na Vitis Vinifera, levado por Claudia Dacorso), Defeituso.


Porto LBV Quinta da Gaivosa 2004, de Alves de Sousa, Portugal, Porto.

  Vermelhogranada escuro e denso. Notas: RR = 94,0 e Média do Grupo = 92,7. Um belo          LBV.


Jerez Viña 25 Pedro Ximenez 17 % Vol., de Bodegas Lustau, Espanha, Jerez. 

De bela cor vermelho-alaranjado, xaroposo, com reflexos âmbar, opaco e brilhante. Nariz franco, amplo e etéreo. Aromas de melado de cana, uvapassa, gelélia de figo, caramelo, rapadura... Na boca, é licoroso, redondo, quase pastoso. Trata-se de um dos vinhos mais doces que existem, sendo que o na categoria de mais seco é o Fino, comenta RR. Foi muito apreciado e ganhou a Nota: RR = 92,0 pontos.

Cláudia Dacorso nos regalou com quijos finos, frios diversos, pastas, pães e dois vinhos extras: 


Queijo Montanhês Santa Clara, com sabor agradável e pronunciado.


Delicioso Queijo de Cabra.


Queijo branco.


Queijo Provolone fresco.


Berinjela tipo caponata.


Pasta de queijo.

Vinagrete de Polvo bem temperado.

Copa fatiada.

Pastrami.


Roast beef de lagarto redondo.


Presunto tipo Parma. 


Presunto Cru Serrano Fatiado bem fino.

O Grupo agradece a Cláudia Dacorso pelo esmero na escolha dos fiambres, complementado pelo regalo dos vinhos, bem como a Roberto Rodrigues pela excelente Degustação e pelos comentários.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Encontro Extra Des Amis du Mouton do Segundo Semestre de 2012: Um Novo Passeio Pelo Jura.

A clássica abertura da Degustação, com Roberto Rodrigues e Márcia Parente.

Em 05/12/12, tivemos um Encontro Extra da "Confraria Des Amis du Mouton", que se desenvolveu em tom de comemoração pelo convívio dos seus membros durante o Segundo Semestre do ano que terminava. Eivado de novidades, tivemos a oportunidade de degustar vinhos diferentes e deveras surpreendentes. A noite foi aberta com um excelente Jerez Fino.


Uma panorâmica da dadivosa Mesa de Degustação da ABS-Flamengo.

Figurou até mesmo um "vinho que não é vinho", uma espécie de Roque Santeiro do Mundo do vinho, parafraseando o saudoso escritor e novelista Dias Gomes, que criou esse heroi mítico...


Ubiraci Sant'anna, Márcio Stern (Convidado) e Márcio Monteiro.


João Luiz Caputo, Godofredo Duarte e Leonardo Carvalho.


La Ina Jerez Fino, de Emilio Lustau, Espanha, Jerez,

Nariz franco, amplo, etéreo, porém ainda com aromas fragrantes. Aromas de frutas cítricas, maçã verde, melão, limão, iodo (oxidação), amêndoa, pera em álcool (Poire), levedos... RR = 92,0 e média = 90,1. "Um dos melhores Finos!,.. O Jerez se divide em três Regiões: El Puerto de Santa María, Sanlucar de Barremeda e Jerez de la Frontera. Os Tipos de Jerez podem constituir um capítulo à parte: Manzanilla, Fino, Oloroso (que pode atingir 18 % Vol.), Amontillado, Palo Cortado e Pedro Ximenes (uvas colhidas maduras; sem vinificação, acrescentadas com aguardente vínica). Jerez não é safrado, pois é obtidoo de uvas de safras diversas", conforme a oportuna explanação do Professor Roberto Rodrigues.


mAi 2007 Malbec, de Bodega Kaiken / Montes, Argentina, Mendoza,

O topo de linha da Montes em Mendoza, equivalente ao Montes Alpha M, só que com a casta Malbec. Um excelente vinho. RR = 92,0 e média = 92,2.


Gattinara DOCG 2003, de Dessilani, Itália, Piemonte.

RR = 85,0 e média = 87,2. Gattinara decepcionante. Já dobrou o Cabo da Boa Esprança.


Macvin du Jura nv, de Domaine Rolet Père & Fils, França, Jura.

De bela cor amarelo-ouro claro, denso, com reflexos dourados, muito transparente e brilhante. Franco, amplo e etéreo, mais ainda com aromas fragrantes. Frutas maduras e flores brancas (lírio), damasco (fresco), casca de tangerina, pêssego e maçã cozidos, mel, acaçuz (melado de cana), nozes... Na boca, é doce... Termina bem, deixando a boca fresca e está pronto. É muito difícil de se encontrar por aqui.

Não se trata propriamente de um vinho, mas sim de mosto de uva vinífera (não fermentado) acrescido de aguardente víníca. Um produto tradicional da região, muito interessante.  RR = 92,0 e média = 93,6.


Vin de Paille 2004 AOC Arbois, de Domaine Rolet Père & Fils, França, Jura.

Bela cor amarelo-âmbar médio, com reflexos dourados, denso, muito transparente e brilhante. Aromas de flores (rosa), maçã assada, damasco seco, abacaxi em lata, Amaretto (amêndoa), cravo, canela, mel, uva-passa branca, leveduras... RR = 95,0 e média = 93,0. Excelente exemplar de Vin de Paille, ainda novo após 8 anos!, conclui Roberto Rodrigues em seus comentários.


O formato da garrafa do Vin de Paille.


A bela cor amarelo-âmbar médio do Vin de Paille.


Champagne Irroy Brut, de Maison Ernest Irroy, França, Reims,

Não me agradou...Prefiro um Cave Geise ou outro bom espumante da Serra Gaúcha...

Agradecimentos a Roberto Rodrigues pelos comentários relativos a cada um dos vinhos.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Des Amis du Mouton Voltam aos Surpreendentes Espanhóis, na Degustação de 21/11/12.

O Professr Roberto Rodrigues abre a Degustacao da Noite...

O Mesa de Baco havia feito uma pausa, mergulhado nas borbulhas e nas promessa do novo ano que amanheceria... Pensei que ele haveria de ser esquecido pela falta de atualização... Qual não foi o meu espanto ao perceber que os acessos continuavam em números razoáveis no período!...


... e faz o Servico do Vinho, ao lado de Marcia Parente.

Pela troca de mensagens eletrônicas entre os membros da Confraria "Des Amis du Mouton", percebia-se que havia bastante expectativa para este Encontro. Os Confrades se revelavam ansiosos e sedentos pela primeira gota bendita que caísse em sua taça. Para os que não acreditam em anjos no céu, busco inspiração nas  estrelas, que, no início daquela dadivosa noite, pareciam se mostram mais brilhantes  e pulsáteis a anunciar o que viria depois...


Ubiraci Sant'anna e Godofredo Duarte: Dupla muito dinâmica.

A ansiedade é o prenúncio do deleite, assim como a tensão, até certo ponto desagradável,  antecede o prazeroso e perseguido orgasmo. Com tais sentimentos dentro de si, penso eu, foi que cada um do Grupo se reuniu em torno da grande mesa de degustação, sempre generosa.


João Luiz Caputo e o Chef Leonardo Carvalho conferindo o rótulo.

Na cabeceira, impávido, Mestre Roberto Rodrigues anuncia o início dos trabalhos, depois do tradicional Espumante de Boca, desta vez uma agradável surpresa dos Pampas Gaúchos.


Uma visão panorâmica da Mesa de Degustação da ABS-Flamengo.


Um brinde para coroar os trabalhos dessa noite memorável.

Mas vamos aos surpreendentes vinhos degustados na sequência, antes que vocês desanimem...


Espumante Estância do Vinho Extra Brut, de Guatambu, RS, Dom Pedrito.

Este espumante, dos Pampas Gaúchos, nos surpreendeu deveras! Cremoso, com bolinhas bem pequenas e numerosas, que sobem rápido ao topo, revelando aromas cítricos e de fermentos,.. 


Alfaspica 2004 14,5 % Vol., D.O. Ribera Del Duero, de O. Furnier, Espanha, Ribera Del Duero.

 Notas: RR = 90,0 e Média do Grupo = 90,2.


Mauro Vino de la Tierra de Castilla y León 2007, 14, % Vol., 
de Bodegas Mauro, Espanha,, Castilla y Léon.

Notas; RR = 87,0 e Média do Grupo = 87,3.


O. Fournier Tinta del Pais 2004, 14,5 % Vol., D.O. Ribera del Duero, 
de O. Furnier, Espanha, Ribera del Duero.

Vinho elaborado com uvas provenientes de inúmeros vinhedos. Foram produzidas 4.700 garrafas. Revela uma profusão de aromas fragrantes, com boa evolução para o etéreo. Frutas vermelhas maduras, geléia de framboesa, ameixa em calda, um frescor de funcho e especiarias, predominantemente de pimenta;  baunilha, caramelo (bem doce), café, tabaco, subois... Notas: RR = 94,0 e Média = 92,5.


Terreus Paraje de Cuevas Baja Vino de la Tierra de Castilla y Léon 2005, 14,5 % Vol., 
de Biodegas Mauro, Espanha,  Castilla y Léon.

Notas: RR = 93,0 e Média do Grupo = 93,4.
Poire Williams Vieille Réserve Personnelle Sélectionnée, 40 % Vol., 
do Produtor G. E. Massenez (Eau-De-Vie). Alsace (Estrasburgo) - 
França.Aromas de pera, aniz, limão...

No embate entre O. Fournier e Bodegas Mauro o primeiro vence sem 
problemas e, se levarmos em conta o custo X benefício, vence muito 

mais, segundo os  comentários de Roberto Rodrigues.