quarta-feira, 30 de julho de 2014

Des Amis du Mouton Degustam Portentosos Shiraz e o Grange 1991.

Iniciados os trabalhos desta noite dos Grandes Shiraz.

Conseguido o tão almejado Grange, depois das peripécias de um Próprio, encarregado de o garimpar pelas terras do Capitão James Cook, em Port Jackson, que teve que se deslocar de trem em uma viagem de 45 minutos até a grande Dan Murphy's, uma loja de vinhos que faz a Total Wine & More de North Miami parecer uma quitanda, eis que todos os Membros da Confraria "Des Amis du Mouton" estavam ansiosos para degustar esse ícone da Casta Shiraz. Dizem que é o melhor Shiraz do Mundo! Será que procede?


Hoje tivemos a grata visita do Sommelier Efraim Moraes.

Uma das perguntar que eu me fazia era como o Professor Roberto Rodrigues, que sugeriu esse vinho, iria conduzir a Degustação. Mais uma vez, Mestre RR teria que usar a sua incomparável criatividade, para apresentar ao Grupo uma Degustação de tão alto nível. E onde encontrar vinhos que fizessem paralelo ao Grange?


Caputo, Efraim, Leonardo e Márcio: Brinde aos Generosos.

Não se poderia falar no Grange sem mencionar o Dr. Chistopher Rawson Penfold, que aportou na região próxima a Adelaide, em Magill, nos idos de 1844 e plantou vinhedos de Grenache (em sua maioria, mas também cultivou Shiraz, Palomino, Muscat e Frontignac) nas terras de sua propriedade, chamada "The Grange". Como ficara consagrado entre os médicos, desde os tempos de Luiz XIV, esse engenhoso clínico prescrevia vinho, como um imprescindível tônico, aos seus pacientes.


O sommelier Efraim Moraes e o Confrade Leonardo Carvalho.

Após a sua morte, os herdeiros continuaram a tocar o negócio do vinho e fundaram, construindo a tradição da Pendolds, em 1911, no Vale do Barossa, uma Vinícola para ser a base das operações da Empresa, em sociedade com a Vinícola Magill. Hoje, a Penfolds faz parte da Southcorp, a maior empresa australiana.


Uma visão Panorâmica da Mesa de Degustação do Grupo.

As melhores uvas da Penfolds são provenientes do Vale do Barossa e conferem um estilo marcante aos seus vinhos, maduros, robustos, ricos em complexidade, com fruta madura, influência das barricas de carvalho e taninos domados, aveludados... Por vezes revelam-se em vinhos que envolvem de tal forma o véu do paladar, que temos a agradável sensação de verdadeiros vinhos que crescem na boca! Assim, o Grange é um "vinho de potência monumental".


A Confreira Cláudia Dacorso: Impressionada com os vinhos.

Essas características e a perenicidade de estilo dos vinhos da Penfolds se atribuem a que, desde os anos 50, em que Max Schubert (que concebeu a Seleção Grange) passou a comandar a Empresa, por lá passarm apenas quatro Enólogos.


Já mais para o final, Roberto Rodrigues serve o Espumante.

E os outros Shiraz des Degustação? Bem, os outros chegaram perto do Grange, como se pode deduzir da Pontuação dada por Roberto Rodrigues e obtida pela Média dos Membros do Grupo. Foi uma Degustação excepcional, servindo ditaticamente e aos fins hedonistas motivados pela generosidade do poderoso Baco.


Nesta tomada, os Quatro Portentosos Vinhos da Casta Shiraz.

Para o encantamento de todos, tivemos as contribuições da Márcia Parente, com os Fiambres e dois bons vinhos para o Final e do Sommelier visitante, também consagrado Chef, Efraim Moraes.

Patê da Campanha, "By"Efraim Moraes (Bistrô Ouvidor).


A seguir, um " desfile"  de fiambres, agraciado pela Marcia.







Delicioso Sal Trufado Maison Péreyre (Itália): Bom gosto 
da Márcia e deleite geral.


Azelia Barolo DOCG 2009, Luigi Scavino, Itália,
 Piemonte. Azeite trufado: Faz o sabor crescer!


Old Adam Shiraz 2010 Langhorne Creek, Bremerton, Austrália. 
Notas: RR = 92,0 e Média do Grupo = 92,1.


Syrah 2005 Vinho Regional Terras do Sado, Casa Ermelinda Freitas, Portugal, Lisboa.  Notas: RR = 93,0 e média = 92,8.


Cadus Syrah 2003, Bodegas Nieto Senetiner, Argentina, 
Mendoza.  Notas: RR = 91,0 e média = 91,2.


Grange Bin 95 1991, Penfolds, Austrália, Barossa Valley.
Notas: RR = 96,0 e Média = 94,1 com WS=95.

No Nariz, revela um rico "bouquet", com a  explosão de uma sinfonia de notas de frutas negras bem maduras, especiarias, tabaco, café, chocolate, pele de salame e chá verde, tudo muito bem balanceado com os aromas da passagem pela barrica de carvalho. Na Boca, temos um vinho de grande personalidade e elegância, complexo, estruturado, confirmando-se o que foi percebido pelo exame olfativo, com taninos domados e final longo. Ainda pode serguardado por muitos e muitos anos.


Azelia Barolo DOCG 2009, Luigi Scavino, Itália, Piemonte. 
 Nota: RR = 88,0. Agraciado pela Márcia.


Mas Rabel 2012, de Familia Torres, Espanha, Catalunya.
Agraciado pela Márcia.


Cave Geisse Blanc de Noirs Brut 2009, Familia Geisse, 
Brasil, Vinhos de Montanha. Nota: RR = 93,0.

O Mesa de Baco agradece a colaboração inestimável de Roberto Rodrigues no envio das Notas e de Comenentários sobre os vinhos degustados. A Márcia Parente e ao Efraim Moraes.