A imponente Mesquita Ayasofya ("Santa Sabedoria"), em Sultanahmet, Istambul.
A idéia de dar uns bordejos por Istambul me bateu insossa... Preconceito, ignorância? Homens ajoelhados, rezando, mulheres de negros mantos... Nem pensar! Outras prioridades e lugares para conhecer. Quisera retornar a Bordeaux, com mais serenidade, Champagne, Borgonha, Piemonte... Peguei-me pensando na Guerra dos Sete Dias, no dia em Israel tomou as Colinas de Golan. Um Jornalista que cobria o conflito para a Rádio Farroupilha de Porto Alegre, assim narrou os horrores dessa batalha sangrenta, com a voz dramática: - "... eu vi, eu vi... Um beduíno chorando perto de uma vaca... Eu vi, eu vi... Um terneiro tentando sugar o leite materno... Eu vi, eu vi..."
Vista da Mesquita Azul, em foto tirada na tentativa de "captar a nostalgia de Istambul".
Aí, ponderei: Mas a Turquia não está em guerra! Certamente é um lugar mais seguro do que o Rio de Janeiro. Não temos beduínos que choram perto de vacas, mas crianças e mães, que morrem todo dia por bala perdida e como vítimas da Guerra interminável do tráfico. A vetusta Constantinopla das aulas de História, que a Professora Íris Figueiredo tanto decantava nas matérias do Ginásio, entretanto, ainda aguçava a minha curiosidade. Fale sobre o Império de Bizâncio. Quem foi o fundador do Império Romano do Oriente? Os motivos pelos quais foi fundado esse novo Império ... Como se chamava a cidade de Constantinopla, quando da sua fundação? Discorra sobre o Império Otomano e sua duração. Quem foi Alexandre, "O Grande"?
Vista da Ayasofya, com os seus minaretes, durante passeio noturno por Sultanahmet.
Quem foi Maomé II? Como foi a Queda de Constantinopla e sua Tomada pelos Turcos? Quem foi Mustafa Kemal Atatürk? Quahndo se deu a "Istiklâl" e começou a República da Turquia? Dona Íris, o olhar instigante, vibrava com a História, caminhando de um lado para outro da sala de aula.
O imponente interior da Ayasofya, com as luminárias que pendem da cúpula.
O conflito interno foi, pouco a pouco, se elaborando, cedendo o lugar para o planejamento da viagem. Mas e a Língua? Como será a comunicação com os turcos? Será que dá para um turista se defender com alguns vocábulos da "Língua Universal"? Ou precisamos contratar um cicerone?
Detalhes do gigantesco Domo da Ayasofya e seus arcos arquitetônicos.
Não tinha a intenção de escrever uma matéria sobre turismo, nem me acho capacitado para a tarefa. Isso foge à linha editorial do Mesa de Baco, que é voltada para os vinhos, a harmonização e as Confrarias. Entretanto, fiquei muito tentado a compartilhar com os leitores uma expêriência mais ampla, ilustrando o tema do vinho, que foi surgindo no decorrer dessa viagem inesquecível.
Mais um detalhe do interior da vetusta Ayasofya, com suas colunas e arcos.
Desde a chegada ao agradável e acolhedor Aeroporto Internacional Atatürk e ao percorrer a Kennedy Caddesi (Avenida Kennedy), em direção a Sultanahmet, a Cidade Antiga, na Península de Constantinopla, com o Mar de Mármara à direita da pista, um impressionante impacto!...
A Basílica Cisterna em Sultanahmet, que armazenava água para Constantinopla.
Cosntruída pelo Imperador Bizantino Justiniano, no Séc. VI, ficou desaparecida até o Séc. XIX. Relatos históricos davam conta de que, na região, existiam cisternas enterradas. Até que os pesquisadores observaram que os habitantes do local tinham o insólito costume de pescar em pertuitos abertos na própria sala de estar de suas casas. Daí, começaram a escavar sob as casas e encontraram a Cisterna, um palácio subterrâneo, onde, hoje, totalmente restaurada, a iluminação e a música, dão lugar a um clima místico e de muita calma, apesar do grande número de visitantes.
A Cisterna fornecia água potável à cidade de Constantinopla, em sua quase totalidade, bem como ao Palácio dos Sultões, o PalácioTopkapi, residência dos Sultões turcos e todo o Harém dos mesmos. Há passarelas de madeira sobre lâmina d'água, sob as quais serpenteiam carpas...
Um belo exemplar da Arquitetura que reina pela vetusta Istambul, cheia de mistérios,
onde o antigo e o moderno convivem lado a lado, na cadência do tempo.
Na primeira noite, um jantar no Restaurante do Hotel Panorama, onde a Carta de Vinhos descreve cada rótulo em Inglês, com detalhes de aromas, corpo, etc. Para completar a minha satisfação, havia cordeiro no Cardápio. Escolhi um vinho da Doluca, o KAV, elaborado com as, para mim, estranhas Castas Öküzgözü e Bogazkere. Para a minha surpresa, um grande vinho, frutado - cereja, mirtillo, amora bem madura, caramelo, baunilha -, com bom corpo e taninos sedosos. Harmonizou bem com o cordeiro (costeletas grelhadas na chapa, ao ponto!).
O Banho Turco - Hamam (Ayasofya) - mais antigo da Turquia também em Sultanahmet.
Entrada do Mercado das Especiarias, com os seus aromas intensos e característicos.
Então, a coisa mudou... Vou encontrar bons vinhos por aqui, conhecendo as uvas autóctones e a Gastronomia do País, aproveitando a diversidade de aromas e sabores. Aliás, a Turquia é autosufiente em agricultura e por toda parte se encontram frutas (frescas e secas) em abundância, especiarias, cereais, leite e seus derivados, como coalhada, queijos, etc., tudo de muita qualidade.
Uma das tantas barraquinhas que se encontram por Istambul, esta em Sultanahmet.
Mas, e os vinhos? Não era esse o tema desta matéria? Os vinhedos são vastos, sendo que o País ocupa hoje o quinto lugar em área de cultivo da vinha em todo o Mundo, mais de 600.000 ha plantados! Apesar da enorme extensão de vinhedos, somente uma pequenina percentagem das uvas são vinificadas, menos de 3 % do total. O restante da produção vira passas, sucos, etc.
"Skyline" de Istambul, cidade única, onde o antigo e o moderno convivem em paz.
País muçulmano, a Turquia não apoia o consumo de bebidas alcoólicas. O Governo do Partido AK, de tendência islâmica, adotou várias medidas restritivas ao consumo de álcool, ultimamente proibindo a venda online e a propaganda em locais públicos. Com a queda do Império Bizantino e o domínio do Império Otomano, o Império dos Sultões, a Turquia, que era um dos maiores exportadores de vinhos de qualidade do mundo, viu sua vitivinicultura definhar... Até que, a partir
O moderno e silencioso Tramway de Istambul, com as Linhas 1 e 2
(que vai ao Aeroporto Internacional Atatürk).
dos anos 20 do Século Passado, com o advento da República, o cenário começou a mudar, para melhor. O seu Líder e Primeiro Presidente, Mustafa Kemal Atatürk, um cidadão do Mundo, que gostava de passar tempos em Paris, transmitiu a idéia, ao povo da Turquia Moderna que sonhava construir, de que beber vinho era bom e prazeroso. Era o impulso que faltava para desenvolver a vitivinicultura local, privilegiando, entretanto, a tradição e o cultivo das castas autóctones.
Jovem turista mostra o tram que circula na Linha de Sultanahmet para Eminonü.
Em consequência de tal evolução, içada pelos ventos da modernidade pretendida, hoje o País conta com poucos vinhos simples e rústicos e muitos vinhos bons e, em pouco tempo, seus enólogos farão vinhos excepcionais, apostam muitos analistas especializados no assunto do vinho. Muitas das profusas variedades de uvas turcas parecem se ter originado na Anatólia, na Armênia e na Geórgia, regiões que continuam a ser identificadas como o Berço da Viticultura (conforme concluíram estudos de DNA de 2005). A maioria dos vinhos são elaborado para agradar ao paladar dos habitantes locais, mas já começam a despontar vinhos voltados para os resto do Velho Mundo, para onde são exportados. Na maioria das mesas dos restaurantes os comensais estão, cada vem mais, acompanhando os seus pratos com vinhos, quer em garrafas, quer em taças...
Bonde (Túnel ou Funicular - Taksim) pela İstiklâl Caddesi, que corta o charmoso Beyoglu,
distrito separado de Sultanahmet (Península de Constantinopla) pelo Corno de Ouro
As Castas Tintas Autóctones da Turquia, mais vinificadas e melhores, são: Kalecik Karasi, Öküzgözü, Bogazkere e Karalahna. As Brancas são: Narince, Kabercic, Emir e a Sultana Branca (ou Thompson Seedless, na Califórnia); assim como as Francesas Chardonnay e Sauvignon-Blanc e Sémillon. Das diversas Regiões, destaco Trácia e Mármara, na fronteira com a Grécia, de onde se originam 40 % da produção de vinhos turcos; na Costa do Mar Negro, uma vasta Região que
A "Gare" do Oriente Express, na Estação de Sirkeci, embocadura do Corno de Ouro. Lembram-se do Detetive Hercule Poirot? A velha Estação de trens continua ativa e guarda o charme e a aura das tramas de Agatha Christie.
se extende por 1.700 Km, desenvolvem-se, predominantemente, as Castas Bogazkere e Öküzgözü; na Anatólia Central, de clima com temperaturas extremas, desenvolvem-se melhor os vinhedos das Castas Nativas; no Leste da Anatólia, em Elazig, predomina a Öküzgözü; no planalto árido de 600 m de altitude, no Sudoeste da Anatólia, com temperaturas que oscilam entre 46 e -11 graus Celsius, no verão e no inverno, respectivamente, se adapta melhor a Casta tinta Bogazkere, que produz vinhos escuros, profundos, tânicos, muito encorpados, de grande estrutura.
O Kanyon Mall é um luxuoso Shopping, situado no Distrito Financeiro de Levent, numa Torre com
30 andares de Escritórios e 22 andres de Apartamentos Residencias e Garagem para 2.300 carros!
Produtores: Os dois maiores Produtores são Doluca e Kavaklidere. Seguem-se produtores menores, porém competentes, como Turasan, na Cappadocia e as atuais vinícolas que elaboram os chamados Vinhos de Boutique. Como exemplo desses últimos, citarei a Corvus, do Arquiteto de Istambul Resit Soley, estabelecido na Ilha de Bozcaarda, no Mar Egeu, que compra uvas de proprietários de Vinhedos Antigos, embora tenha vinhedos próprios, das Castas Vasilaki, Kundra e Karalahna (na Grécia, Xynomavro. Ele também faz um vinho branco da uva de mesa Cavus, que é bem razoável. Ele é uma espécie de Arquiteto do Vinho, muito criativo e criador de tendências.
Vitrine de Lançamento de Coleção Masculina, numa loja do kanyon Mall.
O Produtor Doluca, cujas caminhonetes de distribuição são onipresentes nas ruas de toda a vasta Istambul, cuja população da Área Metropolitana está estimada em cerca de treze milhões de almas, com a sua novel Linha Sarafin de Vinhos Brancos vinifica também as Castas Francesas Chardonnay e Sauvignon-Blanc, com vinhos bastante aromáticos, frescos e de ótima acidez.
Vitrine de Lançamento de Coleção Feminina, em uma loja do kanyon Mall.
O Produtor Kavaklidere privilegia as Castas Autóctones Bogazkere e Kalecik Karasi, nos tintos. Os melhores vinhos dessa última Casta São os do Norte de Ankara, a Capital da Turquia. Kavaklidere, em sua nova propriedade, de 175 ha de vinhedos, na Ilha de Izmir, nas costas do Mar Egeu, elabora elegantes vinhos da Casta Öküzgözü, vinhos esses que mais agradaram numa Mostra em Bordeauz, em abril de 2009, quando arrancou muitos elogios dos degustadores.
Bela vitrine da Loja de Sapatos Femininos Christian Louboutin no luxuoso Bairro de Nişantaşı.
Esse importante bairro faz parte do distrito de Şişli. É o bairro onde vivem proeminentes empresários, artistas e o Nobel de Literatura Orhan Pamuk. O lugar é bastante decantado em seus romances e abriga muitas casas noturnas e restaurantes de culinária internacional.
Caixas Automáticas do HSBC e outros Bancos, instaladas nas calçadas: Podem ser utilizadas com Segurança a qualquer hora do dia e da noite. Algumas ficam em paredes de prédios e de Bancos. Elas dispensam Dólares, Euros e LitrasTurcas, evidência de uma Nação Capitalista Global, que cresceu 7% em 2011. Tão estável é a ecomomia da Turquia, que permite que os usuários saquem em dólar, Euro e Lira Turca. Ou seja, transmite segurança na moeda local.
E, para não decepcionar os aficionados, devo assinalar, outrossim, que encontrei ótimos vinhos de Syrah, principalmente os do Norte de Ankara e os da Cappadocia, quase sempre em corte com a Cabernet-Sauvignon e a Merlot. Há um, da Turasan, o Seneler, que me impressionou deveras!
O delicioso e farto "Café Istambul", uma das escolhas para o Café da Manhã do Hypnos Hotel,
em Sultanahmet ("Design Hotel"). É acompanhado por Café com Leite, Chá Turco, etc.
Um passeio de barco pelo Estreito de Bósforo (que aqui separa a Europa da Ásia). Do outro lado,
vislumbra-se a Cidade Antiga (Sultanahmet), com as silhuetas das Mesquitas Azul e Aya Sofya.
O Estreito de Bósforo: Na margem, parte das Muralhas de Constantinopla, que os Turcos
tiveram que ultrapassar, na Histórica Queda da Capital Bizantina, nos idos de 29/05/1453,
sob o Comando do Sultão Maomé II (Fim do Império Romano do Oriente).
Vista do Estreito de Bósforo, do alto da Colina do Majestoso Palácio Topkapi.
O Estreito de Bósforo, que liga o Mar Negro ao Mar de Mármara: Os Turcos dizem
que "não há amor que resista a um passeio de barco pelas águas do Bósforo!"...
O imponente e luxouso Palácio Dolmabahçe (Dolmabahçe Sarayi), no Lado Europeu do Bósforo,
O Palácio foi o Centro Adminstrativo do Império Otomano, de 1853 a 1922. Foi nele que Mustafa Kemal Atatürk, fundador e Primeiro Presidente da República da Turquia passou os seus últimos dias de vida e onde faleceu, em seus aposentos (que podem ser visitados). Do teto do seu Salão Central, pende o maior Lustre de Cristal da Boêmia, que foi um presente da Rainha Vitória. Pesa 4.5 toneladas e o Candeeiro tem 750 lâmpadas!
O Estreito de Bósforo, com a Ponte de Gálata e a Torre de mesmo nome, ao fundo.
Parte dos Jardins e o emblemático Pórtico do Palácio Dolmabahçe, um dos mais luxuosos.
O Imponente Palácio Topkapi. Residência dos Sultões, no alto de uma Colina da Península.
Interior do suntuoso Palácio Topkapi: Arcos, colunas e mosaicos vitrificados.
Uma das portas internas do Topkapi: Arquitetura do Período Bizantino (mosaico vitrificado).
Parte externa do Harém do Palácio Topkapi. No andar sup., frustrantes janelas com grades.
Entrada do Harém, que chegava a abrigar mil mulheres: Esse turista hesitava em entrar...
Teto em céu estrelado do Rest. Panorama, em Sultanahmet (Cozinha e Serviço impecáveis!).
A beleza da Ponte Pencil do Bósforo iluminada, vista do Hotel Ciragan Palace.
O Sommelier do Hypnos Hotel, em Sultanahmet, faz o Serviço do Vinho (para João Frederico).
French Rack de Cordeiro do Restaurante Panorama, servido no Jantar do dia da chegada.
Vinho KAV 2009 (Kirmizi Sek Sarap, ou Vinho Tinto Seco),14,5 % Vol., de Doluca, Turquia, Ankara.
Elaborado com as Castas autócnes Bogazkere e Öküzgözü (uma uva grande, que nem parece ser vinífera e cujo nome significa "olho de boi"), revela-se frutado, com aromas de mirtillo, cereja e amora bem madura, além de caramelo e baunilha... Na Boca, mostra-se elegante de bom corpo, voluptuoso, com os taninos encantadores e sedosos. Acompanhou bem o Cordeirinho, lembrando um Bordeaux da "Margem Direita". Gostei muito desse vinho, que me surpreendeu bastante!
Resolvi mostrar o contrarrótulo, de fácil leitura, para dirimir as dúvidas dos Confrades.
Um dos muitos e saborosos doces turcos da tradicional Confeitaria Mustafa.
Para acompanhar o doce, o tradicional chá turco, uma "Instituição Nacional".
A Entrada do Mercado das Especiarias. um verdadeiro Monumento do Comércio da Cidade.
Jovem turista encantado com as cores e a enorme variedade de doces coloridos do Mercado.
Loja de Especiarisas Saffron, com todo tipo de especiarias de todo o Oriente: Açafrão Iraniano.
Entrada frontal do Gran Baazar, com os arcos característicos e a Bandeira Turca.
Porfusão de doces, como as Turkish Delights e tantos outros, que inundam as gôndolas.
Os turistas do mundo inteiro invadem as lojas do Gran Baazar e compram de tudo.
Trecho de uma das 60 ruas do Gran Baazar: Os marrecos e os gatos são onipresentes.
As frutas também são abundantes em toda a Cidade, predominando a Romã.
Almoço no "Restaurante da Velha", um Creperia em que as Crepes são feitas na vitrine.
Além do tradicional Hummus Tahine, o pão árabe quente sai do forno para as mesas estufado.
O Filé do Restaurante do Istambum Modern, Museu de Arte Moderna, do lado Europeu.
Outra verdadeira "Instituição Nacional é o Chicken Kebab, que pode ser saboreado como sanduíche.
Doces e mais doces, espalhados pelas inúmeras confeitarias em toda parte da Cidade.
Vinho Tinto Seco Kalecik Karasi (Casta), de Kocabag, Turquia, Kapadokya.
Passageiro do tram observa a imponente Mesquita Azul, que tem seis minaretes.
A travessia do Bósforo em balsas e Deniz otobüsü ("ônibus marítimo"), do tipo catamarãs.
Estreito de Bósforo e Ponte: Vista do alto da Torre de Gálata. Lembrei-me de Veneza...
O Estreito de Bósforo e a entrada do Corno de Ouro: Vista da Torre de Gálata.
Outro Meseu, situado próximo ao Museu de Arte Moderna, no Lado Europeu.
As onipresentes Mesquitas: Existem cerca de 2.700 delas em Istambul
Partida do Aeroporto de Atatürk rumo à Capadócia, ao amanhecer.
Vista aérea do Estreito de Dardanelos, que liga o Mar de Mármara ao Mar Egeu.
Cankaya 2011 Branco , do produtor Kavaklidere, Turquia, Anatólia. Servido pela
Turkish Airlines. Elaborado com as Castas brancas Narince, Emir e Sultana.
Exemplo das formações geológicas conhecidas como as Chaminés de Fadas, em Göreme.
A caminho pela estrada que leva ao Museu a céu aberto da Cappadocia.
Fachada da "Suíte do Sultão" do Hotel Sultan Cave Suites, Göreme, Cappadocia.
Os aposentos do Hotel são escavados na rocha e são muito confortáveis.
Sala com lareira e vastos sofás. A porta do fundo dá para a outra suíte.
Um dos quartos da "Suíte do Sultão", com janela para a fachada.
Outra sala, bem atapetada, com tapetes da Cappadocia.
No banheiro, uma banheira para Hidromassagem e parede de pedra.
Estante de vinhos do Restaurante do Confrortável e elegante Hotel Sultan Cave Suites.
Vista de Göreme, de uma das varandas do Sultan Cave Suites, ao amanhecer.
Esquentando a boca do balão, literalmente, na madrugada da Cappadocia.
O Balão começa a ser içado, com o Piloto Mr. John comandando os queimadores.
A insólita visão do céu da Cappadocia, coalhada de dezenas de balões.
As formações rochosas características, conhecidas como "Fadas": Lembram formas humanas.
Nosso balão também percorreu esse vale, nas Montanhas da Cappadocia.
Uma Cidadela ou Fortaleza, em pleno "solo lunar"da Cappadocia!
Foto aérea (do balão) da cabeceira de um dos inúmeros vinhedos da Cappadocia.
Pousado o balão, o Grupo se dirige para a Land Rover que traz o nosso farnel.
O Piloto inglês, Mr. John, com o Copiloto, preparam a mesa para o convescote.
Mr. Jonh, bem humorado e solícito, prepara as garrafas para a foto. E nada de miséria!
Damlasi Inci (Suni Köpüren Beyaz Sarap), de Kavaklidere, Turquia, Cappadocia. Espumante
branco Brut. Elaborado com as Castas Brancas Narince, Emir, Sultaniye, Bornova e Misketi
Um belo vinhedo da Província de Denizli ( Distrito de Güney), nas Costa o Mar Egeu.
Vista dos arredores da Vinícola Turasan, em Göreme, próximo ao Museu a Céu Aberto.
Entrada para uma área subterrânea, em habitação nas cercanias da Viníicola Turasan.
Fachada da Vinícola Turasan, com os arcos característicos e uma fileira de parreiras.
O Enólogo da Turasan, fundada em 1943 e sua simpática Proprietária, Sra. Selma.
Seneler Öküzgözü 2010, Seneler Cabernet-Sauvignon, com Merlot e Syrah 2010, de
Turasan Wine of Cappadocian, Turquia, Cappadocia.
Degustei, dentre outros, esses três preciosos vinhos, gentilmente servidos pelos Anfitriões. Gostei mais do corte de Cabernet-Sauvignon, com Merlot e Syrah, vinho que fez longo estágio em barrica de carvalho francês. De bela cor vermelhopúrpura profundo. No ataque, predominam os aromas de baunilha e cassis, com um certo adocicado a caramelo e um frescor de menta. Ainda muito jovem, evidenciando um certo desiquilíbrio na alcoolicidade; estruturado, encorpado e com taninos muito presentes. Melhorará muito com a guarda, que pode ser por vários anos. Lembra os vinhos do Novo Mundo, como um chileno. Eu o adegaria, sem medo algum, até depois das Olimpíadas de 2016... Essa Vinícola costuma apregoar: "Na Cappadocia, peça Turasan!" Eles estão presentes...
Seneler Narince Wine of Cappadocian 2008, 13 % Vol., Turasan, Turquia,Capadócia
Da Casta autoctone Narince (Anatólia Central). Vinho de bela cor amarelo-palha clara, com reflexos dourados, muito transparente e brilhante. Revela aromas de flor branca doce (jasmim?), de frutas maduras, damasco, casca de tangerina, iogurte (malolática), caroço de amêndoa, mel... Na boca, é seco, fresco, equilibrado, macio, de bom corpo e ausente de taninos. Foi uma bela e grata surpresa ofertada por Cláudia Dacorso (que tenha sempre a proteção de Baco, que a inspira!) e obteve a nota 91. como Nota Média do Grupo. Dei-lhe 93! In locu degustei mais desse.
Casal de simpáticos moradores dos arredores e clientes da Vinícola Turasan:
Reclamaram porque não o havia fotografado. Adoram os Turasan...
Prédio do outro lado da rua da Turasan, repleto de caixas de garrafas e veículos.
Modernas cubas de aço inox, com controle de temperatura, para fermentação (Turasan).
Outro tipo de cubas inox da bem equipada Vinícola Turasan, em Göreme, Cappadocia.
Equipamento de bombeamento de vinho da Vinícola Turasan, em Göreme, Cappadocia.
Barricas de carvalho amadurecendo o vinho da Vinícola Turasan, Göreme, Cappadocia.
Você já deu uma volta num camelo? A sensação é de estar em uma Toyota Hilux.
Mapa da Turquia, com as suas Regiões, Fronteiras e Relevo.
Vinho Tinto Seco Kalecik Karasi (Casta), de Kocabag, Turquia, Kapadokya.
Estante de vinhos de outra ala do amplo Restaurante do Hotel Sultan Cave Suites.
Öküzgözü Prestige 2008, de Kavaklidere, Turquia, Elazig.
Esemplar de um ótimo vinho da Kavaklidere, que também tive a oportunidade de degustar em Istambul, acompanhando um cordeirinho, "só para variar o prato, Rs., Rs., Rs."...
DLC Öküzgözü 2010, de Doluca (Kirmizi Sek Sarap - Vinho Tinto Seco), Turquia, Anatólia.
Vinho frutado e floral, de caráter varietal, para se degustar de pronto, simplesmente ou acompanhado de uma massa leve, com molho de tomate ou de carnes vermelhas (magras) grelhadas. Vai bem com queijo de massa firme, fresco. Estagia por 4 me. em barrica de carvalho, com o propósito de leveza, frescor e fruta. As uvas provêm do Sudeste da Turquia, quase na divisa com a Síria e são transportadas para a Vinícola Doluca, que fica quase na divisa com a Grécia.
Rezerv Buzbag Öküzgözü-Bogazkere 2008, de Kayra,Turquia, Anatólia (Elazig).
Temos aqui o exemplar de vinho de corte turco, cujas castas se complementam de modo muito adequado: A Bogazkere lhe confere potência, estrutura, corpo e cor densa, com firmeza tânica, aromas de frutas negras e aniz. A Öküzgözü lhe agrega maciez e elegância, com seus intensos aromas de frutas vermelhas, dando taninos macios, aveludados. Foi o corte que mais encontrei e do qual mais gostei. Faz parte da maioria das Cartas de Vinho e Adegas do País em foco.
Kayra Imperial Shiraz 2005, 13 % Vol., de Kayra, Turquia, Ege Bölgesi (Subregião de Denizli).
Vinho de bela cor Vermelhorrubi profundo, com refexos alaranjados. Complexo no nariz, com elegantes aromas de frutas vermelhas e negras; figo seco e trufas, além de baunilha, caramelo e algo terroso. Bem equilibrado, com taninos domados... Termina bem, deixando a boca enxuta e está pronto. Pode ser guardado ainda por vários anos, o que, acredito, vai melhorar ainda mais esse grande vinho. Ganhou vários prêmios internacionais, em todos os anos sucessivos, a partir de 2009, até 2011, inclusive. Acompanha bem carnes vermelhas com molho e queijos de massa firme.
Angora 2011, da Kavaklidere. Não recomendo! "Zurrapa de Primeira!"...
Surpreendi-me, negativamente, com este vinho, que pedi para acompanhar um jantarzinho num bistrô das proximidades do Hotel, em Sultanahmet. Como é de um bom produtor, resvalei... Foi a grande decepção da noite. No entanto, o zurrapinha melhorou, depois de mais de uma hora... Aff!
Bem, ainda resta muito mais, que não contarei, para que vocês descubram, quando forem visitar a Turquia e seus Derviches, especialmente Istambul, hoje uma das cidades mais cosmopolitas do Velho Mundo. Se gostaram desse relato, façam-me saber, por favor, deixando o seu Comentário...