domingo, 30 de outubro de 2011

Des Amis du Mouton Viajam pela Argentina, Fazem uma Estada na Espanha e Finalizam em Bordéus, em Noite Memorável.


Roberto Rodrigues e Márcia Parente, na Comemoração do Final dos Trabalhos.
Para não ficar muito tempo sem degustar, marquei ponto no já consagrado Encontro Anual dos Grupos RR da ABS do Flamengo e participei de mais um encantador Encontro da Confraria do Camarão Magro, também uma Confraria que faz escola entre os enófilos. Depois, contarei aos leitores todos os detalhes...

Depois do Histórico Duelo de Blusas, Cládia Dacorso Enfrenta o de Anéis!
Não chega a ser muita atividade, em comparação com os Confrades, mas dá para manter as papilas e os traços mnemônico dentro de um razoável plano de vôo.

Ôpa!, Cortei o Anel da Moça, Em Discreta Forma de Coração.

Márcia concorda em dar mais uma oportunidade à Câmera.

Riglos Gran Corte 2007, 14,9 % Vol., de Riglos, Argentina, Mendoza.
Nota RR (Roberto Rodrigues) = 86,0 e Média do Grupo = 89,1. Bodega nova, que busca a qualidade, localizada em Tupungato, no Valle de Uco. É seu melhor vinho com corte de: 70% Malbec, 25% Cabernet Sauvignon, 5% Cabernet Franc. Passa 22 me. em barricas de carvalho francês de primeiro uso.

Garnacha del Fuego 2008 DO Calatayud, de Bodegas Ateca, Espanha, Calatayud.
Nota RR = 80,0 e média = 84,0. Nova vinícola, com vinhedos antigo de Garnacha de até 80 anos de idade. O Robert Parker indicou esse vinho como uma verdadeira pechincha. A garrafa que degustamos estava com muitos aromas químicos e se tornou no pior vinho da noite.

Milcampos 2009 Viña Viejas Tempranillo, de Bodega La Milagrosa, Espanha, Ribera del Duero. 92 Pontos por Robert Parker, segundo Leonardo.
Vinho extra, ofertado por Leonardo Carvalho. Nota RR = 86,0 e Média do Grupo = 88,8. Um vinho simples, porém agradável. Ajudou a acompanhar a Comemoração .

Atteca Armas 2006 Old Vines DO Calatayud (Garnacha), de Bodegas Ateca, Espanha, Calatayud.
Aromas de baunilha, violeta, frutas vermelhas, como cassis e framboesa, ameixa preta, uva-passa, alcaçuz (melado de cana), iodo, alcatrão, café torrado, caramelo, noz-moscada, tabaco... Nota RR = 91,0; Média do Grupo = 92,3 e MB = 93,0. O melhor vinho da bodega. Tem outro patamar de qualidade.

Cisma 2006 DOC La Rioja, de Pujanza, Espanha, Rioja.
Aromas de baunilha, violeta, um discreto frescor (de hortelã, de feno cortado), especiarias, como pimenta e noz-moscada, pele de salame, fundo de cinzeiro, café, caramelo, chocolate... Nota RR = 92,0; Média = 93,5; RP=95 e MB 96,0. Bodega fundada em 2002, na Rioja Alavesa em Laguardia. É o vinho top da bodega, um grande Rioja de novo estilo, peca pelo preço muito elevado.

Cava Cuvée Raventós Brut, de Codorniu, Espanha, Penedés.
Nota RR 87,0 e Média = 89,0. Um Cava Reserva que já foi melhor em outras épocas, porém muito correto.

Esse foi o Segundo Vinho Extra, trazido por Leonardo Carvalho, para acompanhar as despedidas dessa noite generosa. Não fez feio!

Leonardo procurou uma casa especialisada, para adquirir as Esfihas.

O endereço eu guardo em segredo...
Obs.: Mestre Roberto colaborou na descrição e comentários sobre os vinhos e as vinícolas. Agradeço-lhe.

sábado, 22 de outubro de 2011

XXXVI Encontro da Confraria do Camarão Magro - Almoço Harmonizado no Restaurante Alameda.

Aguinaldo Aldighieri, Grace Caxiano (Presidente) e Miriam Astuto.
Já andávamos meio guachos dos nossos Encontros... Afinal, o último deles ocorrera no Duo, nos idos de julho, bem no seu início. Grace está com uma lista de bons restaurantes em espera...

Nosso Convidado Fernando Ferreira dos Santos e Antônio Carlos Simioni.
Mas, desta vez, o escalado foi o simpático, acolhedor e agradável Alameda, que fica no Pólo Gastronômico de Botafogo, que já me recebeu tantas vezes, sempre em pequenas Confrarias e Grupos de Enófilos.

Nossa Convidada Vera e Grace.
O Alameda tem um cardápio variado, de qualidade e comida saborosa, além de excelente atendimento. O carro chefe do cardápio é o escargot, apresentado em diversas receitas.

Chef Otton Junqueira, na Recepção aos Confrades.
Mais uma vez a Presidente nos brindou com uma alegre tarde, que congregou o Grupo e nos proporcionou muita satisfação.

Otton apresenta a Competente Equipe do Alameda.

A Equipe, no aquecimento para o início do "repas".

Grace faz uma Corrente de Animação: Corroamento do Encontro.

Simioni e os nossos Convidados Edméa e Edson.

Ligia Peçanha, Edgar Kawasaki, Eclésia e Sandra.

Marcos Coelho, José Paulo Gils e Marcos Arouche.

Emília, Ligia, Mercedes, Ângela, Eclésia, Miriam e Sandra.

Eclésia, Mercedes, Ângela e Jacira.

"As Senhoras Sem Copo": Mercedes, Jacira e Sandra.

Jacira, Zilda e Michel.

Heloísa Gioia e o nosso Ex-Presidente Aguinaldo Aldighieri.

Kawasaki, Michel, Fátima, Ligia e Emília.

Uma Panorâmica, com José Flávio Gioia em Primeiro Plano.

Mercedes, Ângela, o Sommelier Élvis Baltar e Otton.

Élvis Baltar apresenta o Vinho a Fátima Carvalho e Convivas da Mesa.

Uma Simpática Homenagem do Alameda à Aniversariante Heloísa Gioia.

Os Vinhos que nos esperavam, plácidos.

Espumante Cave Geisse Brut, 12,5 % Vol. Brasil, Pinto Bandeira, RS.
CARDÁPIO: Elaborado pelo Chef Patrick Bolle, especialmente para a Confraria.

AMUSE BOUCHE - ANTEPASTOS COM PÃO FRANCÊS (volante).

ESCARGOT À BOURGUIGNONNE COM PÃO.

Felino Chardonnay 2009, 14,8 % Vol., de Viña Cobos, Argentina, Mendoza.
De Cor amarelo-palha, revela aromas de frutas tropicais maduras, amanteigado e mel. Na boca, é um vinho consistente, equilibrado e persistente.

MEDALHÃO DE RABADA DESFIADA COM MOLHO DE JABUTICABA E RISOTO DE AGRIÃO.

RABANADA RECHEADA COM CREAM CHEESE E MORANGO, COULIS DE MANGA E MARACUJÁ E SORBET DE CACHAÇA .

Wallace Shiraz e Grenache 2009, de Glaetzer Austrália, Barrossa.
Elaborado com 75 % de Shiraz e 25 % de Grenache. Passa 14 meses em barrica de carvalho de segundo e terceiro usos. Uma sinfonia de aromas de amora, cereja, pimenta, cravo, um frescor de menta, alcaçuz... Boca: Vinho encorpado, picante, tem bom equilíbrio e taninos firmes. De final longo, levemente adocicado e com notas de chocolate. A Shiraz dá a textura, o corpo e as especiarias a esse elegante corte, enquanto que a Grenache aporta acidez e taninos firmes.

Tabali Reserva Late Harvest, Muscat, 12,5 % Vol., 2010, Chile, Valle de Limari.
De cor amarelo ouro, com aromas que de damasco seco e um toque de mel. Vinho adocicado, mas não é enjoativo. Revela ótima acidez e boa persistência.
Mestre Kawasaki nos falou um pouco sobre a Harmonização do Vinho com a Comida: A lógica da harmonização, no caso dessa Entrada, é do sabor da manteiga com o amanteigado da malolática do vinho. O alho da manteiga sobra um pouco sobre o vinho... Até agora, dá para sentir o sabor do alho. Mas deu certo: Prato à base de manteiga, um bom chardonnay barricado!
O Confrade Gioia também ilustra os comentários, aportando informações curiosas sobre o Vento Zonda, que perpassa a Viña Cobos, e a região de Mendoza (agosto e setembro). Origina-se no Pacífico Sul e, ao cruzar a Cordilheira, perde a umidade e se torna seco e quente, por vezes formando verdadeiras ventanias, típicas tempestades do deserto. Esse fenômeno tem importante papel na Viticultura da região, influenciando nas diferenças entre as temperaturas do dia e da noite, o que contribui para o amadurecimento das uvas, como também na defesa dos vinhedos contra diversas pragas. Esse fenômeno do Vento Zonda pode ser imitado e reproduzido por modernas máquinas, já em uso por algumas Empresas.
Quanto ao Prato Principal. a estrutura do mesmo estava na rabada! O que predominou, foi da rabada! O que fica no final de você mastigar é o aroma da rabada... A Shiraz nos trouxe o aroma de especiarias e casou com os aromas da comida. Os dois vetores: Rabada e vetores de especiarias - Shiraz - Harmonizaram. A sensação de boca funcionou!
Segundo a Confreira Lígia, no casa da harmonização com a Sobremesa, o casamento foi melhor com o Sorbet de Cachaça do que com o Vinho Tabali: A rabanada tem muito "cream cheese"e ficou com predomínio de sabor salgado.
Para o Final, tivemos café expresso com financier e Otton ofereceu a todos uma magnífica cachacinha baiana, que poderia pegar muita gente desavisada.
Nossos agradecimentos à Grace e a todos os que colaboraram para o êxito de mais este Encontro da Confraria. A maioria das fotos (as melhores) são de autoria de Miriam Astuto, nossa Fotógrafa Oficial. O Mesa de Baco agradece!

sábado, 8 de outubro de 2011

Encontro Anual dos Grupos de Degustação do Professor Roberto Roberto Rodrigues, da ABS: Decanter Versus Aeradores...

Roberto Rodrigues abre os "Trabalhos" de Confraternização.
Quem se embrenha no Mundo do Vinho logo percebe o grau de dedicação e de criatividade, presente desde antes do vinhedo, até sua chegada à taça do sedento enófilo.

E faz menção de encarar a pesada Matusalém, sem o auxílio do Sommelier.
Com efeito, o que mais ensina é a prática, que vai deixar, de modo indelével, nos recônditos da memória, o registro das experiências sensorias. Mas afirmo isso sem nenhum desdém à boa leitura sobre esse fascinante tema.

Roberto e o Experiente Sommelier Jorge Sérgio Sobreira Corrêa.

Daí, a importância dos Grupos de Degustação, onde se aprende a técnica e o reconhecimento de castas, seus descritores, detalhes de produção e vinificação, as diversas regiões produtoras... Enfim, é nos Grupos que aprendemos e nos encontramos com os nossos pares, onde nos socializamos e fazemos sólidas amizades com as Confreiras e os Confrades.


A Confreira Carla Costa e o Sommelier Sobreia: Parte da missão cumprida.

Como não seria de se estranhar, surgem inúmeras dúvidas durante as degustações, como aquela antológica de uma confreira (loura), que interrompeu o Monitor para perguntar em que fase da vinificação se acrescentavam as flores, as frutas cítricas, a maçã cozida, a amêdoa tostada, o mel... Rs., Rs., Rs....

Sobreira serve a taça do Confrade Paulo Augusto Lantelme.
Dúvidas muito frequentes são: A tampa de rosca serve para vinhos de guarda? A rolha sintética é melhor ou pior que a de cortiça? Qual é a finalidade daquele buraco enorme no fundo de certas garrafas? Decantar ou não um determinado vinho? Quando? Abrir a garrafa de espumante com ou sem a emissão de um som estrondoso? Como ler um rótulo? O nome do vinho... A complicada classificação dos vinhos de determinada região, como os da França, por exemplo. Como conservar um vinho, quando beber? Como adquir um vinho de bom custo x prazer, como escapar de um zurrapa?

Leonardo Carvalho (imagem devidamente reparada) e Márcia Parente.
Vinho faz bem? Em que quantidade? Hipertensos e quem sofre de Diabetes podem beber vinho? Vinho melhora o perfil das gorduras circulantes no sangue, melhora a arteriosclerose; melhora a Esclerose Calcificante da Média de Monckeberg ... Pode evitar a arteriosclerose coronariana? Combate os radicais livres que contribuem para os tumores cancerosos... Pode evitar a Doença de Burneville? Pode melhorar o desempenho e o desejo sexuais em homens e mulheres? Os italianos afirmam que sim!

Uma Panorâmica do Grande Grupo que se formou.
Isso deixando de lado as dúvidas que assombram os enófilos, em se tratando do vasto capítulo da harmonização do vinho com a comida.
Pois, confrade amigo, para complicar ainda mais esta vasta planilha, surgiram os Aeradores de Vinho, vindos, não direi para desbancar, mas ao menos para competir com o elegante e vetusto Decânter. Assim, surgiu uma plêiade desses maravilhos "gadgets", que parecem ter vindo para ficar.


Susan, Carlos Prado, Natanael e Iracema.
São eles o Wine Finer, o Vinturi e um aparelho, conhecido como "chaveirinho", que envelhece o vinho de modo extremamente rápido, pela polimerização dos compostos químcos do mesmo, por meio da Nanotecnologia (nanocristais de prata).

Outro ângulo do Encontro, com Carla Costa em primeiro plano.
O processo é semelhante ao que ocorre, quando deixamos a garrafa do vinho aberta, só que de modo espantoso: 1 minuto de contato do mágico aparlhinho com o líquido equivale a um ano inteiro de envelhecimento.

Marcos (ABS Barra), Godofredo Duarte e "Seu Bira" (Ubiraci Sant'anna).
Dessa forma, Mestre Roberto Rodrigues pensou o Encontro dos Grupos RR (ABS) desse ano. Como de hábito, reuniu todos ele em um Encontro Magnum, incluindo convidados e Confrades que já tinham participado de Grupos, para, como São Tomé, tentar esclarecer a eficácia de tais instrumentos de aeração, na comparação com o método tradicional do Decânter.

Confreiras e Confrade de um mesmo Grupo RR, com Maria e Elisa à Direita.
A técnica utilizada foi às cegas, com um mesmo vinho, o Miolo Lote 43 2005, em garrafa Matusalém (conteúdo de 6 l ou 8 garrafas), para termos vinho de um única garrafa. Como se sabe, um mesmo vinho, de uma mesma safra, pode mostrar diferenças de uma garrafa para outra, mesmo quando abertas em condições análogas.

Fábio Marinho (generoso bigode), Fátima Gama e Alzira Noli.

As taças foram marcadas com etiquetas de diversas cores e colocadas
sobre uma toalha de papel, numerada de 1 a 6. Um vinho foi servido
Direto na Taça; outro foi aerado com o Wine Finer; outro com Vinturi e,
por fim, outro, decantado por 30 min. O tão aguardado "Chaveirinho",
que se constituiu num dos "ganchos"para o Encontro, não foi encontrado
pelo professor, que ficou devendo essa experiência. Sugiro cobrarmos
do mesmo a sua realização nos Encontros regulares dos Grupos.

Antonio Dias, Fernanda Chammi, Mário Gonçalves e Dr. Hugo.
Descrevendo: Número 1 (Cor Verde) - Começou bem aberto, com uma explosão de aromas, mas, quando chegou a segunda taça, já havia diminuído de intensidade aromática; Número 2 (Laranja) - Demorou muito mais a abrir os aromas que o primeiro; O primeiro e o terceiro tiveram comportamentos parecidos; o de No. 4 - Revela mais aromas de chocolate e canela que os anteriores e se mostra bem diferente! Ou seja,o Segundo perdeu feio, enquanto que o quarto ficou excelente.

José Paulo Schiffini e Maria Cecília.
Vamos ao Resultado: O No. 1 - Etiqueta Verde - Abriu-se a garrafa e serviu-se direto; O No. 2 - Laranja - Aerado pelo Wine Finer; o de No. 3 - Azul - Vinturi; e o No.4 - Preto - Decantado por 30 min.

Salette, "Mestre Schiffini"e Cecília: Convidados.
Conclui-se: Os aeradores funcionam, mas perdem para o modo tradicional de decantar o vinho (o primeiro e o quarto vinhos - melhores!).

Tania, Schiffini e Maria Cecilia.

Arlindo, Susan, Carlos Prado, Natanael e Iracema.

Antônio Dias e a Confreira Fernanda Chammi.
Para o final do Encontro, Roberto apresentou mais oito garrafas do Vinho Lovara, doadas pela Miolo Wine Group, todas da safra 2009, menos uma, que era da safra 2010.

Paulo Augusto Lantelme e Myriam Avzaradel: Ensaios para um novo Desafio Hannover.

Márcia Parente: Descobriu tudo e meu deu pistas...

Cláudia Couto: Diverstiu-se bastante com a prova.

Natanael Pereira entre as duas Matusaléns.

Iracema Senna também se rende aos encantos da grandeza.

Leonardo Carvalho e Márcia Parente afagam as Gigantes.

Outro momento de alegria no Grupo.

Os vinhos identificados e emparelhados para a prova.

Resultado da escolha por votos dos Convivas: O Wine Finer ficou na traseira.


A deliciosa Empanada Argentina feita por uma chilena: Sempre um desastre, pois se mostra de duvidoso casamento com vinho tinto. Com um Merlot, quase se salva... Com espumante ou cerveja pode dar certo!

Godofredo Duarte e "as duas pequenas".


Espumante Miolo Mille'sime 2005.

De bela cor amerelopalha clara, revela poucos aromas frutados, mas bastante fermento. Ainda proporciona delirantes prazeres...


Lote 43 2005, 14 % Vol., C.S. e Merlot, Miolo, RS, Brasil, Vale dos Vinhedos.


Lovara Merlot 2009, 12,5 % Vol., Brasil, Serra Ga'ucha.
Bom vinho, de corpo mediano, frutado, com aromas varietais e taninos bem macios. Sem estagiar pelos barris de carvalho. Foi fundamental para coroar a alegria dos Convivas.