sábado, 27 de março de 2010

VIII ENCONTRO DA CONFRARIA DO CAMARÃO MAGRO, NA CAVE DO SOL


Mestre Edgar Kavasaki, Veterano do Clube do Espumante...



Isabel, aprendendo o Sabrage, sob a Supervisão do Confrade Gioia.



Kavasaki, ensinando a Grace Caxiano a arte do Sabrage.



As Rolhas dos Espumantes degustados, comportadamente
perfiladas, após o Sabrage.



A Grande Mesa, posta com esmero, à espera dos convivas
que ainda degustavam os últimos Espumantes.



Um detalhe do Motivo do Repas, com um delicado artesanato
maranhense (Bumba-meu-boi).


A deliciosa Entrada - Uma Casquinha de Caranguejo com farinha do
Nordeste, de leve sabor amanteigado, que já preparou a boca para...


Panorâmica de uma das mesas, com o Presidente da Confraria, à época,
Aguinaldo Aldighieri (de camisa branca).


Os Confrades ovacionando o Presidente, vendo-se, da Esq. para a Dir.,
Aguinaldo, Kavasaki, Bené Mendonça (Nosso Anfitrião), Daniel Acylino
(Atual Presidente) e José Flávio Gioia.


Os Chefs Ricardo Gullo e Denise Linhares, após explanação
sobre a exuberante Culinária Maranhense e ao receber os
merecidos cumprimentos do Grupo.

Mais uma vez se reuniu a nossa confraria, "au grand complet", agora na Pousada Cave do Sol, na Praia
do Boqueirão, em São Pedro D' Aldeia, onde as águas da Lagoa de Araruama se despejam no Canal de Cabo Frio. Pois foi ali que o nosso Confrade Bené, junto com sua mulher Denise, construíram esse ninho de afeto, que gentilmente compartilham com o "Grupo do Camarão Magro".

De fato, a Pousada foi construída com muita sensibilidade e respeito à Natureza, nela se inserindo de modo harmonioso e discreto, com sua estrutura arquitetônica em madeira, toda ela trazida em toras, das distantes terras do Maranhão. Foi preservada a vegetação natural e cercada de flores e outras plantas
ornamentais. Além das confortáveis suítes, conta com ótimas instalações para o lazer, com piscina, sauna e
área para churrasco. Na parte contígua ao restaurante, estende-se uma pérgula em madeira, com mesas e árvores nativas, onde se pode ficar desfrutando de uma boa conversa, degustando vinhos e admirando a bela vista da Lagoa, que se perde no horizonte, dando a impressão de uma imensa baía, se abrindo para o mar.

Destaque especial se deve à Adega, que se situa na parte inferior da construção, justamente onde havia
uma grande pedra, depois escavada para abrigá-la. Compõe-se de cava climatizada, propriamente dita, com cerca de 1200 garrafas de vinho e de uma sala aparelhada para degustações, com uma mesa central de
madeira rústica, criativamente decorada. Há um Relógio, que se movimenta no sentido antihorário, cuja finalidade é a de aquilatar a alcoolemia dos Convivas.




Enfim, nosso encontro se deu no período de 2 a 4 de setembro último, nesse cantinho do paraíso, lugar
que nos incita os instintos para os pecados da gula e da carne e, ao mesmo tempo, nos convida à mais
profunda reflexão e prazeroso convívio com os amigos...

Terei que entrar logo no tema principal, pois já me alongo demais: Na sexta-feira, não estive presente, mas foram degustados os seguintes vinhos:

Três garrafas de Cave Geisse Brut, três garrafas de Valduga "130 anos" Especial Brut, três garrafas de
Canepa Chardonnay e três garrafas de Tarapacá Lait Harvest. Os pratos foram: De Entrada, Creme de Ostras ou Torta de Camarão e o Prato Principal, Caldeirada de Camarão, acompanhado de pirão e arroz branco.

Já no Sábado, foi que os Chefes Denise Linhares (anfitriã , maranhense ) e Ricardo Gullo puderam expressar o seu real potencial. Antes, porém, na beira da piscina, entre mergulhos e sessões de sabrage,
brindamos com Marson Méthode Tradicionelle Espumante Brut ( Selo Challenge International du Vin France2003 - Medalhe d'or ), que estava de acordo com o que se fazia esperar do rótulo.

Almoço Típico das Terras do Maranhão, composto por:

1 - Entrada - Casquinha de Caranguejo com farinha do Nordeste, de leve sabor amanteigado.

Vinho Albamar - William Cole Vineyards - 2003, 13 % Vol.- Central Valley, Chile, Sauvignon Blanc 65% e Chardonnay, 35%. Muito boa cor amarelo-palha, com discretos reflexos verdeais, brilhante e muito transparente. Frutado, aromático, predominando os aromas de jasmim. Na boca, frutas frescas e mel, da
chardonnay. No fim-de-boca, maracujá em musse. Vinho fresco, vivo, quase nervoso, deixando a boca fresca. Feliz harmonização com essa entrada.

2 - Prato Principal: Filé de Peixe à Chico Noca, com Cuchá, Arroz Branco e farofa de Camarão.
Pescada Amarela do Maranhão, untada com manteiga e urucum e grelhada.

Pasta de Cuchá, para quem não conhece, é feita de uma planta que, no Rio de Janeiro, é conhecida por
Azedinha ou Vinagreira, misturada com camarão seco e gergelim.

Devemos comer o peixe e o arroz com a pasta de cuchá, para que tenhamos o tom regional do prato, em
sua plenitude.

Acompanhou o Viognier 2004, 13 % Vol. - Alto Valle Del Rio Negro, Patagônia, de Humberto Canale,
vinho amarelo-verdoso com reflexos prateados, de média intensidade, varietal, fino, intenso e complexo,
frutado e floral. Em repouso, na taça, aromas cítricos, de pele de laranja e chá de jasmim;
girando-se a taça, explodem os aromas de frutas, como abacaxi, pêssego e maçãs verdes.

Esse vinho, realmente, se revelou numa feliz harmonização, que só mesmo o nosso "Mago"Edgar
Kavasaki poderia obter. Como sempre, em nossos encontros, ele nos homenageia com uma verdadeira aula
de Eno-Gastronomia. E nos disse, divertindo-se: - Aromas exóticos, só no Maranhão e no Japão. São
aromas difíceis de combinar. Mas a Enogastronomia é empirismo puro, isto é, tentativa e erro". E, assim,
Kavasaki vai experimentando... Primeiro, ele tentou com o torrontês. Não deu certo!... Este permanecia
muito tempo na boca, encobrindo o sabor do prato. Daí, o Viognier, que arredondou na boca, equilibrando
tudo...

Com Arroz de Cuchá, é difícil de harmonizar, pois, no Maranhão, eles não tiram o excesso de sal do camarão seco ( o que desarmoniza ). Chefe Denise, então, tirou bem o sal e deixou no ponto.

3 - Sobremesa: Bacuri Brulée -

Bacuri é uma frutinha de polpa doce no início, azedinha no final, de textura parecida com o cupuaçu.
Denise nos apresentou uma forma inusitada desta fruta, muito conhecida em São Luís. Pois foi assim que veio um Bacuri com clara em neve ( maçaricado ), com uma singela fatia de morango, para enfeitar. "tudo trazido de lá...".

Aqui, o Grupo contou com a não menos hábil mão do nosso Presidente, Agnaldo Aldighieri, que escolheu o
Vinho Anselmann 2003 er - Gewürztraminer - Spätlese 12,5% Vol. - Pfalz, com Selo: "Sélections Mondiales des Vins Montreal, Medaille D'Argent 2004"- Qualitätswein mit Prädikat - Product of Germany (Gebrüder Anselmann GMBH ). Elegante vinho, muito aromático ( predominando aromas de lichia ) e
frutado, vivo e jovial. Apesar de a gewürztraminer haver perdido um pouco a fruta para o bacuri, que tem
um aroma levemente lácteo, o vinho foi uma boa escolha e se casou de modo agradável com o doce.

Realmente, havemos de convir que não é nada fácil harmonização com frutas do Norte, como jenipapo, açaí, buriti e cupuaçu.

Na noite de sábado, ainda com a alcoolemia a menos de um terço, o incansável Grupo se deparou com
um lauto Queijos & Vinhos.

Além do Principal, aqui tivemos deliciosos pães, com destaque para o Pão de Nozes, da Confeitaria Beira
Mar, de Niterói e maçãs verdes cortadas em finas fatias, para limpar a boca.

Queijo Tilset ( Witmarsun - Palmeira, Paraná ), com Vinho High Altitude - Escorihuela Gascón 2003, 13
% Vol., 70 % Malbec e 30 % Shiraz - Mendoza ( Vinhedos em Agrilo de La Consulta, 950 m de altit. ). Vinho muito estruturado, que passou em barrica de carvalho. É de um clima estilo mediterrâneo temperado, com verões longos.

Esse queijo, de ótima qualidade, explodiu em aromas! Persistiu o sabor do queijo. A iguaria saiu na frente e, só depois do terceiro gole do vinho, é que harmonizou. Como persistia o sabor do queijo, Kavasaki nos instou a limpar a boca com a maçã verde.

O vinho seguinte foi o mesmo, a meu ver melhor do que o primeiro, porém das uvas Malbec, 65 % e Cabernet Sauvignon, 35 %, com Queijo Reblochon.

Queijo com autênticos aromas de chulé. Lembra o Queijo da Serra da Estrela Curado, Portugal. Constitui-se num bom casamento, mas melhorou, quando o confrade José Flávio Gioia propôs que colocássemos uma porção menor de queijo na boca e, a seguir, uma maior quantidade do vinho. Lance de Mestre, detalhe pequeno, mas com grande resultado.

O Reblochon, segundo a minha experiência, não harmonizou bem com o primeiro vinho, High Altitude. O
queijo desapareceu!...

Queijo Frescal de Cabra ("O melhor do Brasil", segundo Kavasaki ), com limão siciliano ralado e azeite de oliva. Trata-se de um queijo minas, elaborado com leite de cabra. Estava muito perfumado e, por isso, Kavasaki resolveu usar a técnica de colocar um pouco de azeite, para dar uma equilibrada. Acompanhou o Vinho Crios ( de Susana Balbo ) - Torrontês de Cafayate - Argentina - safra 2005, 13,5 % Vol. É um ótimo torrontês, bastante aromático, frutado e floral, em que se destacam os aromas de rosas e, de modo sutil, também os de maracujá.

E, por último, o Queijo Camambleu, numa harmonização clássica com Porto Vintage Caracter (acima do Ruby, em qualidade ), vinho com um toque de ameixa doce. Dispensa comentários...

Porto Burmester Reserve - Sotto Voce (expressão italiana que significa murmúrio, segundo informação do
Aldighieri ), 20 % Vol.

Após essa verdadeira libação epicurista, ficamos, muitos de nós, reunidos em torno da enorme mesa, adentrados na cálida madrugada, inclusive agraciados pela companhia da nossa incansável anfitriã Denise,
ocupados com uma agradável conversa e empenhados na árdua tarefa de continuar degustando os vinhos que ainda resistiam.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Des Amis du Mouton Degustam um Pinot Noir do Novo Mundo Entre Outros Caldos


Nesta última quarta-feira, 24 de março de 2010, nosso grupo de degustação e confraria Des Amis du Mouton se reuniu, sob a Coordenação do Professor Roberto Rodrigues (foto acima, ao lado da Confreira Márcia Parente), para mais um memorável Evento. Foram degustados, às cegas, um Espumante Nacional, de Boas-Vindas, três vinhos tintos e um Champagne.


João Luiz Caputo, brindando o momento hedônico, já no terceiro tinto.


Cláudia Dacorso, que nos agraciou com o Pinot Noir, trazido diretamente da fonte.


Godofredo Duarte, que descobriu uma Banda Homônima e uma Empresa, "lá na Terrinha".


"Seu"Joaquim, num brinde duplo, explosão de alegria incontida e mostrando ser pouca a possibilidade de sobras para a costumeira "Assemblage" do final da noite.


A deliciosa Morcela (foto), Salame tipo italiano, Hans, também trazidos, junto com os queijos (de Cabra, queijo Camembert, Pont L'Évêque, da Serra das Antas - ou Teleggio, na Lombardia - e os pães (australiano, broa de milho, provolone, "baguette" de gergelin e integral) por Cláudia Dacorso. Acompanharam direitinho os vinhos no final dos trabalhos...


O Clos de L'Oratoire des Papes 2005, 14,5 % Vol., do Produtor L. Amouroux, AOC Châteauneuf-du-Pape, vinho com uma profusão de aromas fragrantes, como baunilha, cereja, frutas vermelhas maduras, geléia de ameixa, especiarias (cravo), tabaco e um aroma etéreo (confiture).

É das Castas Cinsaut, Grenache, Mouvèdre e Shiraz, vermelho-rubi escuro, com reflexos alaranjados, sendo um vinho de transparência regular e de bom corpo, com taninos equilibrados, puxando para o levemente tânico.

Como esclareceu Mestre Roberto Rodrigues, como todo Châteauneuf-du-Pape, esse vinho revelou certa rusticidade. De início, a gente pode não gostar, mas, depois, se vai acostumando e gosta do vinho.

E foi isso o que aconteceu. Obteve a nota média do grupo de 89,30 pontos.


Pinot Noir Private Selection 2007, 13,5 % Vol., de Robert Mondavi, que agradou em cheio e obteve a nota média de 90,80 no Grupo.

Abriu-se em aromas fragrantes de baunilha, amêndoas torradas, caramelo, groselha, pimenta...


Costamaran Ripasso Classico Superiore, 2004, 14 % Vol., do Produtor I Castei, DOC Valpolicella - Itália.

De início, revelou um estranho aroma de "merde de poule", mas depois se abriu com baunilha, marmelada, mel, feno cortado, dentre outros...

Vinho deveras generoso, ao qual atribuí a nota 91,00.


Champagne Pehu Simonet Brut Sélection, 12 % Vol., Não Safrado, que Roberto Rodrigues conseguiu na Confraria Carioca(agradecimentos ao Duda Zagari) e que arrancou suspiros do Grupo. Dei-lhe a nota 96,00, mas chegou a obter 98 pontos de um dos Convivas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

XXVIII Encontro da Confraria do Camarão Magro - Grand Cru de Ipanema

Como na Bíblia Sagrada (Livro do Genesis), "depois de sete anos de vacas magras", eis que a nossa Confraria se reúne, novamente, agora na Grand Cru de Ipanema, com a presença de trinta e três Confrades, entre membros e convidados. O nosso
Encontro aconteceu no sábado, dia 6 do mês em curso. Vamos aos Caldos degustados.

ESPUMANTE MARSON BRUT CHAMPENOISE


Produtor: Cave Marson Vinhos e Espumantes, Cotiporã, Serra Gaúcha. Teve início em 1887 com a chegada da Itália dos primeiros membros da família a Cotiporã, com o conceito de seu fundador: “Vinho é sinônimo de alegria, emoção, paciência e honestidade”.


Método de produção: Champenoise - Elaboração do vinho base, engarrafamento e refermentação do vinho em garrafas de espumante; temperatura controlada na cave, ocorrendo autólise de leveduras, remuage em pupitres, dégorgement, arrolhamento e rotulagem.

Uvas: Chardonnay (85%) e Pinot Noir (15%). As uvas foram colhidas de parreiras conduzidas pelo sistema espaldeira alta densidade.

Visual: Amarelo palha delicado, com perlage intensa, mínima e constante.

Paladar: É sóbrio na boca, bastante seco, com acidez aparente, bem casada com o estilo. Frescor e cremosidade na medida certa. Boa permanência.

Teor Alcoólico: 12%.

Harmonização: Apropriado para todos os momentos; é o único vinho que acompanha todos os pratos, desde a entrada até a sobremesa.

Temperatura de Serviço: 6°C.

SAINT CLAIR VICAR’S CHOICE 2009 -



Produtor: Saint Clair Family State Winery, Marlborough, Nova Zelândia. Considerado Winemaker of the Year 2008 no London International Wine Challenge e Best New Zealand Wine Producer of the Year of 2008.

Uvas: 100% Sauvignon Blanc, colhidas manualmente ao anoitecer para preservar o frescor e qualidade, prensadas levemente e fermentadas em cubas de inox.

Visual: Amarelo palha.

Paladar: Vinho leve, seco, fresco, com os sabores típicos de Marlborough, maracujá ("passion fruit"), groselha e grapefruit, que combinam com um agradável mineral e notas de ervas, com um final longo e persistente. Destaque para o intenso e agradável aroma de goiaba ainda não madura, no início, e de pera, no final.

Dados Gerais: Teor alcoólico: 13%; Açúcar residual: 3,4 gramas/litro; PH: 3,28.

Harmonização: Frutos do mar, aves, saladas e cozinha vegetariana.

Temperatura de Serviço: 6°C.


ENATE CRIANZA 2005



Produtor: ENATE – Viñedos y Crianza del Alto Aragon S.A., vinícola situada em Salas Bajas (Província de Huelca), Somontano (ao pé da montanha – Pirineus, no caso). DOC, Espanha. A ENATE se define como uma vinícola do Século XXI, uma ascética e funcional casa para o vinho, que nada tem a ver com o mofo e a umidade de antigamente.

Uvas: Tempranillo (70%) e Cabernet Sauvignon (30%).

Maturação: 9 meses em barricas de carvalho e 18 meses na garrafa.

Visual: Rubi intenso.

Notas de Degustação: Aromas intensos e complexos, com especiarias, frutas maduras e um toque defumado. Bom corpo e taninos equilibrados, com final longo e um quê de tostado.

Teor Alcoólico: 14%.

Harmonização: Carnes, comida defumada e queijos.

Temperatura de Serviço: 16 a 18°C.

Teria ficado melhor, se aberto um bom tempo antes do início dos trabalhos, para que os aromas se revelassem em plenitude. Nos "aromas de fundo da garrafa", nítidas notas de frutas vermelhas, baunilha e geléia de morango.

Segundo o Confrade Joil, o nome do vinho - ENATE - o remete a uma possível sigla, que poderia ser: "Encontro Nacional dos Amigos do Tur Enológico"... Brinca.


SANTA RITA LATE HARVEST 2008



Produtor: Viña Santa Rita, fundada em 1880, com grande expansão a partir de 1980, tornando-se a 2ª vinícola chilena em tamanho de propriedades, com vinhedos nos principais vales, inclusive noValle de Limarí, onde são plantadas as uvas deste vinho.

Uvas: Moscatel. As uvas são prensadas de maneira direta, sem separação do prensado. Decantação por duas semanas e fermentação natural para melhor equilíbrio açúcar/acidez. Maturação por dois meses em cubas.

Visual: Amarelo esverdeado intenso e brilhante.

Notas de Degustação: Aromas com mistura deliciosa de frutas cítricas e flores, envolvidos por notas de damasco, mel e fragrâncias florais.

Teor Alcoólico: 12%.

Harmonização: Queijos maduros, sobremesas elaboradas e tartelete de frutas.

Temperatura de Serviço: 10°C.





Para guarnecer o Espumante e a Confraternização, essas delícias de pastas de salmão e azeitonas, além dos fartos pães.

Entrada: Trio de Crepes (Trio de Massa Delicada, Recheada com Lula, Camarão e Lagostim)




Prato Principal: Pernil de Javali (
Ao Molho de Frutas Silvestres, com Purê de Feijão Fradinho)


Sobremesa: Rabanada de Stollen (Pão Recheado com Frutas Secas e Amêndoas - com Gelado)



Acima, em primeiro plano da Esquerda para a Direita, O Presidente da Confraria, Daniel Acylino, Marcos Arouche e Luiz Carlos Mattos.

Da Esq. para a Direita, José Paulo Gils, Ligia Peçanha, Marcos Arouche, Sandra e Marcos Coelho.
Marcos Coelho e Aguinaldo Aldighieri (de camisa amarela), "O Imperador Aguinaldo I", carinhosamente alcunhado pelos Confrades, quando desempenhava o mandato de Presidente da Confraria.
Anna Norberta ("Primeira Dama", de Azul) e o casal Heloísa e José Flávio Gioia.
Joil, Terezinha e Anna Norberta.
O simpático casal Ângela e Aguinaldo Aldighieri.
Gils, Aguinaldo, Marcos Coelho e Joil.
Joil e o Sommelier Michel, que sugeriu a harmonização do Vinho da Entrada com a Comida.
Fátima Carvalho e Ligia Peçanha, que fez oportunos comentários sobre a harmonização.
Ângela, que comemorou o seu aniversário com o carinho de todos e uma torta, ao receber um presente (uma garrafa do vinho da sobremesa).
Uma tomada panorâmica de uma das animadas mesas que acomodaram os convivas.
Da Esquerda para a Dir., os competentes e atenciosos Garçons Paulo Victor, Itamar e Carlos André, cuja imprescindível colaboração aumentou o brilho do Encontro do Grupo.
Esta é a vista da "Sucursal da Confraria", isto é, da Residência do casal Daniel Acylino e Anna Norberta, cujo amável convite para degustar um Lemoncino à base de grappa - Bottega, Limoni di Sicilia - muito nos honrou. Foi no cair de uma tarde que se revelaria chuvosa, um verdadeiro dilúvio sobre a Cidade Maravilhosa, vendo-se as plácidas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, lado de Ipanema, em plano privilegiado, com a Montanha do Corcovado e o Cristo Redentor ao fundo.

Notas Sobre a Harmonização dos Vinhos com a Comida:

Joil comentou a harmonização com o Prato de Entrada e considerou o casamento mais feliz do vinho com o Lagostim... "Bom vinho da Nova Zelândia, com aromas de pera, goiaba, etc., além de um vegetal (Arruda?). Foi uma boa sugestão do Sommelier Michel.

Quanto à Harmonização com a Sobremesa, Joil confidenciou com Luiz Carlos Mattos e concluiram que, nas palavras do primeiro: "Rabanada com frutas secas, no ponto, gostosa. Vinho com grande frescor, frutado... A Sobremesa é uma Balzaqueana, que espera o garotão, o vinho frutado, com o vigor da juventude. Teve um excelente encontro. A Sobremesa era mais centrada, curtida, experiente... E o vinho, jovem, vital, 'garotão'... Não poderia ter sido melhor"! Nesse momento, sua mulher, Terezinha, sinalizou que achava que essa balzaqueana Sobremesa daria certo com o "Vinho garotão"... De pronto o marido, olhando de soslaio sob a aba do indefectível chapéu,
respondeu: "Não te trago mais!".

Ligia Peçanha, por sua vez, comentou o casamento do Vinho Tinto com o Prato Principal, assim: "Foi uma harmonização feliz... O purê bem temperado ficou interessante o javali e o vinho chegou no prato. O adocicado da geléia de amora valorizou o prato e combinou com os aromas frutados do vinho. Palmas para o Michel. Havia dúvidas a respeito de se o vinho chegaria no prato, mas ele chegou!"

Tal como o "garotão"do Joil, esse também era dos bons, Rs., Rs., Rs....

Os Créditos da maioria das fotos pertencem à Confreira Miriam Astuto, a quem agradeço pelo envio e permissão para publicar.


Novidades em Armagnac

O Confrade Eduardo Torres repassou uma msg. no Fórum Enológico, Grupo de Discussão da Academia do Vinho, que achei muito oportuna e resolvi disponibilizar para os Leitores do Mesa de Baco:





Nao e' tao novo (a decisao do BNIA e' de 2006, para efetivacao em 2007), mas creio que foi pouco divulgado fora de circulos restritos:


O BNIA (Bureau National Interprofessionnel de l'Armagnac) anunciou uma nova regulamentação para a denominação Armagnac, ja' validada pelo Governo francês.

A nova AOC chama-se Blanche d'Armagnac e é, segundo o BNIA, a primeira AOC de uma eau-de-vie a regulamentar o processo produtivo desde a videira até o produto acabado. Essencialmente, o Blanche d'Armagnac e' o Armagnac recemdestilado, nao envelhecido (e' portanto uma aguardente vínica nova, nao um brandy).

O decreto do BNIA, além da criacao da nova AOC Blanche d'Armagnac, detalha ainda as áreas de vinhas específicas que são destinadas exclusivamente para a produção de Armagnac.

Outra novidade: O prazo final de uso da Bacco 22 para o vinho base de Armagnac (única variedade de uva nao vinifera - e' híbrida - autorizada para producao de vinho na França), que deveria ser 2010, foi cancelado. A Bacco 22, apesar de varios protestos da comunidade vitivinícola da União Europeia contra essa último bastião das uvas americanas na Europa, continuará firme e forte em Armagnac.

Ainda sobre o Blanche: Foi determinado que todas as garrafas de Blanche serão representativamente amostradas e analisadas por 'paineis de provas' específico, através de um Acordo entre os produtores de Armagnacs envelhecidos.

As leis relativas ao Acordo de Armagnac para a denominação Blanche serão definidas e fiscalizadas pelo novo Agréé Organisme Armagnac (organismo oficial criado especificamente para esta finalidade).

Esse novo órgão atuará de modo independente do BNIA e será responsável pelo controle prático e adesão às condições de produção reguladas para o Blanche d'Armagnac.

Haverá identificação dos operadores e das ferramentas de produção do Blanche (lotes de terra, vinhas, adegas, alambiques, etc.).

Para o Blanche, um certificado do Agréé Organisme Armagnac será emitido após os resultados positivos obtidos em análises individuais detalhadas e degustação de todos os lotes antes da distribuição comercial.

A comercializacao do Blanche d'Armagnac começou em 2007.

Nunca provei, mas está sendo divulgado por um produtor (Château de Laubade) como:

(adaptação e tradução minha do francês - com ajuda do Google).

'Também proveniente do terroir de Armagnac, o Blanche d'Armagnac é uma eau-de-vie translúcida produzida pela destilação de vinhos brancos.

O Blanche Château de Laubade provém exclusivamente de uvas Folle Blanche, a variedade mais adequada para a produção dessa eau-de-vie aromática, marcada por grande fineza, e com um final longo e adocicado.

Ao contrário de outros Armagnacs, o Blanche Chateau de Laubade não é envelhecido em barris de carvalho. O vinho é destilado o mais rapidamente possível, no início de novembro, logo após o término da fermentação maloláctica, mantendo assim os seus melhores aromas frutados e florais.

O Blanche Chateau de Laubade é uma eau-de-vie muito aromática, equilibrada e macia. O assemblage final é decidido por uma comissão de degustação pouco antes do engarrafamento.

O Blanche d'Armagnac pode ser apreciado como um aperitivo, durante uma refeição, para acompanhar peixe defumado e caviar, ou como base para coqueteis.'