domingo, 4 de outubro de 2009

Grupo dos Tops Degusta Generosos Vinhos Gregos, Um Porca de Murça e um Icewine


Imagem de uma parreira, com seus ramos todos enrolados, em torno de si mesma, uma maneira exótica encontrada pelos vinicultores gregos para proteger a planta dos fortes ventos reinantes nas ilhas. No caso, a Ilha de Santorini.















Maria de Lourdes e Osmar de Salles, prenunciando o prazer que iriam encontrar nos gregos deste Encontro.










O Confrade Sílvio, com Eliane Caldas, nos preparativos para os trabalhos de Degustação dos Caldos Gregos.










Desta vez, nosso Grupo se reuniu, em minoria, para degustar os raros vinhos trazidos, diretamente, da Grécia, pelos Confrades Sílvio e Eliane Caldas.

Tivemos um excelente tinto e um branco, gentilmente agraciados ao Grupo pelo casal, complementados por um tinto de Portugal e um Icewine canadense, ofertados pelo Confrade Marco Antônio Brasil (de camisa azul, na foto).

A reunião, como tem acontecido ultimamente, aconteceu no Restaurante Ora, Pois, Pois! e não teve uma maior preocupação em harmonizar comida e vinho. Mas o arranjo ficou satisfatório, com entrada de Bolinhos de Bacalhau com o Vinho Brando e diversos pratos de Bacalhau, que harmonizou razoavelmente bem com o vinho português.


Eis o Vinho Grego Apropeítikos Tonikós Oívos Metóxi 2005, 13,5 % Vol. - Lepo Metoxi Xp0MITEAE

O vinho é um corte das castas Agiorgitiko e uma percentagem menor de Cabernet-Sauvignon.




Com enebriantes aromas de frutas negras do bosque, baunilha, chocolate, tabaco, ameixa seca, pele de salame, contiture, trufas, especiarias e um agradável frescor de aniz estrelado (da Cabernet-Sauvignon).


O Branco Katsanó - TABAAA - um vinho exótico, bem seco e algo mineral, elaborado com varietais nativos da Ilha de Santorini.

O corte é de 85 % das castas Katsano e de 15 % de Gaidouria, que são pouco conhecidas fora da Ilha e representam apenas 1 % dos vinhedos.

Ele representa um esforço do Enólogo George Gavala para manter esses varietais vivos na Ilha.

A colheita começa no início de agosto, ou seja, as uvas são colhidas precocemente (antes do amadurecimento pleno).

Doces Aromas Florais, frutas cítricas (limão) e mel.

No Paladar, é um vinho equilibrado, com viva acidez e um final longo e agradável, deixando a boca fresca e pronta para o que vier depois.

Harmoniza bem com frutos do mar, pratos de carnes brancas, com molhos brancos leves.


O Porca de Murça, Douro, 2006, 13 % Vol., da Real Companhia Velha, Vila Nova de Gaia, Portugal, que escoltou os pratos de bacalhau e não fez feio na harmonização.











O saboroso Vinho de Sobremesa Inniskillin Icewine 2005 -VIDAL - VQA - Canadá - 10,5 % Vol.,
Também ofertado pelo Confrade Brasil, para
acompanhar os doces de Portugal.












A Garrafa do Vinho de Sobremesa.

A vitivinicultura na Grécia remonta a 6000 anos a.C.!!!

Na parte Continental, os solos são calcáreos e o clima é mediterrâneo, com influências continentais. Nas ilhas, é mediterrâneo, naturalmente. A média da temperatura, mês de julho é de cerca de 25 graus Celsius. Como vc. sabe, isso tudo vai ter enorme influência na produção dos vinhos e suas características.

Degustamos um Vinho Grego na ABS, recentemente, levado por mim:

Nótios Peloponeso 2005, 13 % Vol., do Produtor Gaia Wines S/A., Grécia, servido a 18 g. Celsius, um varietal da casta Agiorgitiko.

Ex. Olfativo - Franco, amplo, fragrante, frutado e floral.

Aromas de baunilha, cereja, frutas vermelhas do bosque, chocolate, caramelo, hortelã, pimenta branca e um certo amanteigado.

Na Boca, o vinho era seco, de sápido para fresco, equilibrado, macio, de bom corpo e com taninos equilibrados.

Avaliação dos Aromas de Boca - Equilíbrio, com 14 pontos, Qualidade, com 15, Intensidade, com 14 e persistência aromática, com 11.

Termina bem, deixando a boca enxuta e estava pronto para beber.

Minha Nota foi de 90,00, sendo que a Md. do Grupo ficou em 87,80.

Na Região do Peloponeso, há uma grande gama de vinhos, na maioria vinhos simples, sendo que alguns são muito bons. A maior produção é de brancos.

Não se deve deixar de degustar o vinho típico da Grécia, que é um branco, com aromas de resina. Ele é de mais de 1000 anos a. C. e é o vinho de preferência dos gregos. É do tempo em que as Ânforas eram seladas com resina de Pinheiro de Alepo, para conservar o vinho. O nome dele é Retsina. É um vinho branco, seco, geralmente elaborado em Ática, com a uva Savatiano. Acho que vc. não vai gostar, mas vale a experiência.

O Vin Santo é das Ilhas de Santorini e Páros. Mas existem outros, excelente, de Muscat (Peloponeso), que são o Muscat de Patras, o Muscat de Rio de Patras e o Mavrodaphne de Patras.

As melhores regiões produtoras são:

Trácia,
Macedônia,
Epicrus,
Thesalia,
Grécia Central e Ática,
Peloponeso, e as Ilhas (Ilhas Cyclades, Rhodes, Creta, Sámos - terra de Epicuro, etc.).

Enfim, uma profusão de vinhos excelentes, exóticos ou diferentes.


O Grupo ficou grato aos Confrades Sílvio, Eliane Caldas e Marco Antônio Brasil, por nos proporcionar uma experiência nova, diferente, que nos deixará lembranças de final longo e delicioso.