domingo, 22 de fevereiro de 2009

Coisas

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

< href="'http://enoblogs.com.br'">
< alt="'Enoblogs" scr="'http://www.enoblogs.com.br/shere/bna2.jpg/">


src="http://wineblogger.info/badges/wineblogger120.jpg"
alt="Wine Blogger" / />

Wine Blogger

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Confraria Des Amis du Mouton Degusta um Barca Velha.1999 e Outras Preciosidades de Portugal


Carlos Alberto Marinho Flor, Ubiraci Santana e Alvaro Afranio.



O Professor Roberto Rodrigues, concentrado no Serv. do Vinho!




Luciana e Marcia Parente.




As Confreiras Leticia Penna e Luciana Penna.






Godofredo Duarte, fazendo um poema ao Vinho.


A Confraria Des Amis du Mouton nasceu de um dos inúmeros Grupos de Degustação da ABS-Rio. O nosso se reúne quinzenalmente, às quartas-feiras, monitorado pelo Profo. Roberto Rodrigues. No Encontro de 03/12/08, fomos agraciados com grandes vinhos e um Champagne. Depois do costumeiro espumante de boas-vindas (Cave de Pedra), passamos a um chardonnay de Herciliópolis, Sta. Catarina, o "Chardonnay Villaggio Grando, 12,8 % Vol., safra 2006. O Grupo se surpreendeu com o vinho e a média das notas atribuídas foi de 85,60.

A seguir, nos foi apresentado um tinto, o Mouchão (Vinho Regional Alentejano), produzido por Vinhos da Cavaca Dourada S/A. - Herdade do Mouchão, - 14,5 % Vol., safra 2002. O vinho é elaborado com mais de 80 % de Alicante Bouchet e o restante, de Trincadeira. A gradou a todos e a média das notas foi de 92,20.

O segundo tinto era um prazer já anunciado e esperando com grande espectativa: Nosso Confrade Carlos Alberto Marinho Flor, atendendo às súplicas do Grupo, o trouxera de recente viagem a Portugal. Os custos seriam divididos entre nós. Trata-se do tão almejado Barca Velha, DOC Douro, produzido pela Casa Ferreirinha. Este era o da safra 1999, com 13,5 % de álcool. O vinho foi ovacionado, ganhando a média de 95, 10.

Segundo discorreu Roberto Rodrigues, na elaboração desse vinho, como é a tradição dos vinhos do Douro, as uvas são pisoteadas. O Vinho resultante fica em barricas de carvalho por cerca de quatro anos. O Enólogo antigo da Vinícola tirava amostras do vinho e as analisava com a esposa. Chegavam à conclusão se seria um Barca Velha ou engarrafado como Ferreirinha Reserva Especial. O Grupo imaginou que isso poderia depender um tanto do humor implicado nas relações do casal (risos)...

A recomendação, até 1995, era de "nunca se beber um Barca Velha com menos de dez anos"! Aumentou o teor alcoólico, na safra de 99, de 12,5, para 13,5 %.

O Douro é mais conhecido pelo Vinho do Porto. É a primeira região demarcada do mundo (pelo Marquês do Pombal). A primeira safra do Barca Velha foi a de 1952. O rótulo do Barca Velha é simples, porém bonito e revela uma tapeçaria, por trás, em preto.

Tivemos, ainda, um tinto australiano, Oxford C. S. -Shiraz, de boa qualidade e um Esporão Late Harvest, que acompanhou uma Terrine de Carneiro, com frios diversos, graciosamente ofertados pelas "meninas".

Para o final, nos aguardava nova surpresa: Um vinho elaborado em homenagem a Charles de Gaulle. Trata-se do Champagne Cuvée Charles de Gaule Brut, produzido por Drappier, safra 2002, com cinco anos em autólise. Realmente, um grande champagne, cuja média das notas do Grupo atingiu 97,70!

Em suma, foi uma grade noite do Grupo e não posso deixar de agradecer ao Marinho por nos ter trazido esse caldo fantástico e ao Mestre Roberto, pela aula sobre o Douro.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tentando Estabelecer o Diálogo Entre:

Baco era o filho do deus olímpico Júpiter e da mortal Sêmele. Deus do vinho e da folia, representava seu poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização, legislador e amante da paz. Líber é seu nome latino e Dioniso é seu equivalente grego.

http://mestres.folha.com.br/pintores/12/images/picture-1.jpg

Sémele quando estava grávida exigiu a Júpiter que se apresentasse na sua presença em toda a glória, para que ela pudesse ver o verdadeiro aspecto do pai do seu filho. O deus ainda tentou dissuadi-la, mas em vão. Quando finalmente apareceu em todo o seu esplendor, Sémele, como mortal que era, não pôde suportar tal visão e caiu fulminada. Júpiter tomou então das cinzas o feto ainda no sexto mês e meteu-o dentro da barriga da sua própria perna, onde terminou a gestação.

Já, sobre o Filósofo Epicuro, vamos revelá-lo através da sua Filosofia:

[epicuro.jpg]

"Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguído depois por outros filósofos, chamados epicuristas.

Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinônimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc.

A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista.

No antigo mundo da zona Mediterrânea, a filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma escola de pensamento muito proeminente por um período de sete séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou-se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego.

A idéia que Epicuro tinha, era que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar. Essa filosofia é o que rege muitas empresas de marketing e propaganda, em vez de vender o produto ela vende uma destas três opções associadas ao produto. Na Grécia antiga existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado, tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como elas acreditavam."

Fonte: Wikipedia, a Enciclopédia Livre da WEB.

Uma vida feliz, doce e sempre digna de ser vivida é o desejo de todo ser humano razoavelmente são. Mas como conseguir tal vida se a todo instante somos acometidos por variados desejos nunca satisfeitos e aspirações frustradas pelas contingências ? Epicuro nos ensina como conseguir tal coisa.

Curiosamente, ao contrário do que muitos pensam, Epicuro não pregava o prazer pelo prazer, nem a satisfação de prazeres imediatos. Associam o Epicurismo ao Hedonismo de forma totalmente equivocada. Epicuro faz clara distinção entre prazeres inferiores e superiores, colocando-os como sensíveis e espirituais, respectivamente.

Infelizmente, como na maioria dos filósofos gregos (excetuando-se Platão e Aristóteles - convenientemente preservados pela Patrística e pela Escolástica), restaram-nos poucos escritos de Epicuro, onde temos :

  • Sobre Física: Três Cartas, Quarenta Máximas, o Testamento e a Carta a Heródoto;
  • Sobre os Fenômenos Celestes : Carta a Pitocles
  • Sobre Ética : Carta a Meneceu.

Sua ética é poderosa e a Carta a Meneceu merece um destaque especial quando buscamos entender seus ensinamentos em relação à felicidade. Para Epicuro o prazer e a felicidade são os critérios condutores dos seres humanos e a problemática enfrentada em sua filosofia está em definir qual é o verdadeiro prazer e como maximizar o bem-estar pessoal.

Ele lembra que um prazer imediato e fortuito pode estar ligado muitas vezes a uma dor futura. Por isso ele submete à razão a busca pela felicidade. Para ele, somente entendendo suas necessidades reais, é que o homem poderá buscar racionalmente sua felicidade, vivendo no verdadeiro prazer que o conhecimento lhe confere.

Vejamos como ele entende as necessidades humanas, que para ele se dividem basicamente em 3 :

Maslow1. Necessidades Naturais e Essenciais : aqui nos remete à hierarquia das necessidades de Maslow. São nossas necessidades básicas, fisiológicas, biológicas e sociais. (fome, sono, sexo, segurança, amor, realização pessoal, estima, etc).

Pecado2. Necessidades Naturais e não Essenciais : essas precisam, segundo Epicuro, serem buscadas com moderação e está intimamente ligadas à motivação que as desenvolvem. Se formos moderados e racionais, saberemos por exemplo, que nossa necessidade natural e essencial de realização pessoal, não pode estar ligada a um desejo de poder pelo simples poder, levado à cabo por orgulhos, vaidades, luxúria e etc. Ele elenca aqui também os exageros em relação à gula, bebedeiras e etc. Essas necessidades seriam uma variação supérflua das anteriores.


Sucess3. Necessidades Não Naturais e Não Essenciais : essas, segundo Epicuro, nunca devem ser buscadas. Possuem natureza artificial e se constituem como uma espécie de subprotudo (que pode até ser aceitável) da busca da felicidade real, pela razão, a ser empreendida em nossa vida. Aqui encontram-se a glória, sucesso, riqueza, saúde e beleza, por exemplo. Esses prazeres se constituem uma consequência de uma vida regrada e não em necessidades reais que podem determinar sua felicidade enquanto ser humano.

Alguns sábios conselhos desse filósofo para viver feliz e com prazer :

  1. Os deuses existem e não se ocupam com os homens;
  2. A morte não deve ser motivo de temor. Quando ela está presente, nós não estamos; quando estamos presentes, ela não está;
  3. O sábio, assim como não procura os alimentos mais abundantes e sim os melhores ao seu corpo, também do tempo aprecia não o mais longo, mas o mais doce;
  4. Devemos nos lembrar, ainda, que o futuro não é nosso nem inteiramente não nosso: não devemos aguardá-lo como se seguramente devesse chegar, e não devemos nos desesperar como se seguramente não pudesse acontecer;
  5. Consideramos um grande bem a independência diante dos desejos, não porque é necessário ter somente pouco, mas porque, se não temos muito, sabemos nos contentar com pouco; profundamente convencidos de que goza da abundância com maior doçura quem menos dela necessita, e de que tudo que a natureza requer é facilmente econtrável.

Epicuro, com esses dizeres, nos exorta a administrar nossas necessidades. A partir desse ponto, quanto menos necessitarmos de algo, maior o prazer em obtê-lo, pois não o procuramos, não o desejamos. Esse pensamento, de desapego ao que não é necessário, desapego a desejos, fazem ecos no Budismo.

Sempre precisamos nos perguntar : é preciso ? Se racionalmente, honestamente e sinceramente a resposta for "Não", teremos algo de que não dependa nossa felicidade, ou pelo menos não deveria depender. Parece simples não é ? Mas não é... Existem necessidades criadas em nós, pelo meio, pelo sistema, pela mídia, e pelos grupos em que participamos em nossa vida em sociedade. A contemporaneidade transformou a nossa vida numa corrida incessante para satisfação de necessidades que em muitas vezes não são nossas, legítimas.

É revisitando velhos sábios filósofos que podemos ver o quanto estamos na contra-mão do bom-senso, muitas vezes pautando nossas vidas em necessidades ultrapassadas, em convenções e modismos, e deixando nossa felicidade nas mãos dessas necessidades. Pensem.... será que é possível tomar nossa felicidade por nós mesmos e encontrarmos um jeito de sermos felizes ? Pergunte a Epicuro.

Artigo copiado do Portal Philosofia, editado e disponibilizado por Gilberto Miranda Jr., a quem agradeço.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

XXII Encontro da Confraria do Camarão Magro: Inauguração do Novo Picolino

Depois de algum tempo, sedento e esfaimado, eis-me a oportunidade de mais este Encontro da nossa Confraria, que se reuniu em 19 e 20 de Setembro últimos. desta vez em Cabo Frio, ancorada no tradicional Restaurante Picolino. Pois este Restaurante foi adquirido pelo casal Bené (membro da ABS-Rio) e sua mulher, a competente Chef maranhense Denise Linhares, valendo-se da experiência adquirida na Pousada Cave do Sol (São Pedro da Aldeia), se animou e investiu recursos e criatividade numa ampla reforma, tanto da planta física, como das instalações e completa reestruturação da cozinha.

Somente me foi possível participar do Jantar de Sábado, pois não me pude desvencilhar dos compromissos de trabalho de sexta-feira. Afinal, "nem só de vinho vive o homem", diz o velho adágio, não sei atribuível a quem. De modo que farei os comentários detalhados referentes ao Almoço de sábado, no mesmo restaurante (fora do Programa Oficial) e do Jantar. A respeito do jantar de sexta-feira, darei o cardápio e a descrição dos vinhos degustados.

O Almoço foi espontâneo e informal, "para quem quisesse ir chegando". Apareci por volta de 13 h e o Cheviche do Bené, já descrito em outra mensagem, havia sido triturado completamente. Mas aproveitamos os seguintes vinhos:

1) Crémant de Limoux(Grande Cuvée 1531) Méthode Traditionelle, Appellation Crémant de Limoux Contrôleé - 12,5 % Vol.- France;

2) Corazón Latino - 13 % Vol. - Branco - D. O. Montilla Moriles - Spain. Trazido pelo Confrade Marcos Coelho.

Enquanto muitos degustavam uma feijoada "light", pedi um Badejo à Belle Menière.

3) Gran Tarapacá - Viña Tarapacá - Sauvignon Blanc Reserva 2006, 13 % Vol. - Valle del Maipo - Chile;

4) Crios Chardonnay 2006 - Susana Balbo - Mendoza - Argentina;

Estava oxidado, mas ainda agradável, com um amargor no final;

5) Reserva Chardonnay 2005, 13,5 % Vol. - Casablanca Valley - Viña Mar - Chile. Com aromas mineral e vegetal, de início, e, depois, aromas de frutas maduras, como manga e damasco;

6) Pinot Grigio Delle Venezie (Lenotti)- IGT - 2006, 12 % Vol. - Itália. Elaborado com uvas Pinot Grigio do Norte do Lago de Carda;

7) Esporão Private Selection Reserva 2006 - DOC Alentejo - Portugal - trazido pelo Confrade (importador) João Luiz Manso. Acompanhado de ostras gratinadas.

CARDÁPIOS

Jantar da 6ª f – 20:30 h (clássicos do Picolino):

Amuse bouche – Ostras frescas ao limão;

Entrada – Frutos do Mar (lula, camarão, polvo) c/ manteiga de ervas e
torradas, servido morno;

Principal – Tranche de Cherne com molho de uvas ou de lichias, e batatas
torneadas;

Sobremesa – Mix do Picolino (quindim, pudim de leite, profiteroles com
sorvete, e brownie em coulis de frutas vermelhas.

Jantar do sábado – 20:30 h -

Entrada fria – Salada de Vieiras;

Entrada quente – Sopinha Marola (consomé de lulas, camarões, polvo,
e mexilhões);

Principal – Festival do Mar (camarões VG, lombo de bacalhau grelhado, polvo, mexilhões e vieiras em suas conchas, ao molho de azeite c/ ervas); acompanham batatas e aspargos frescos;

Sobremesa – Abacaxí grelhado, com avelãs, creme fresco e canela.

VINHOS:

Jantar da 6ª feira:

Para as Boas-vindas e para acompanhar as ostras:

Espumante Angheben Brut – 12,5 % G.L.

Método: Champenoise;
Produtor: Angheben Adega de Vinhos Finos;
Origem: Brasil – Rio Grande do Sul;
Cepas: 50 % Chardonnay/50 % Pinot Noir, de vinhedos próprios, em
Encruzilhada do Sul – Serra do Sudeste;
Elaboração: controle de produção por planta, colheita manual;
permaneceu em contato com as leveduras por 12 meses;
produzidas apenas 4.000 garrafas, todas numeradas.

Notas de Degustação -

Visual: límpido, levemente salmão; perlage rico, fino e persistente;
Olfativa: aromas intensos, com grande complexidade de frutas maduras e
de especiarias;
Gustativa: paladar cremoso, acidez equilibrada, persistente;
Temperatura de serviço: 6º C.

Para a Entrada:

Mâcon-Charney “Les Clos Saint-Pierre” – 2005 – 13 % G.L.

Produtor: Domaine Verget;
Origem: França – Bourgogne – Mâconnais – AOC Mâcon-Charney;
Cepa: 100 % Chardonnay;
Elaboração: uvas altamente selecionadas; fermentação de 80 % em inox
e 20 % em barrícas novas, seguida de malolática;
amadurecimento por 3 meses em barricas e mais 9 meses nas garrafas.

Notas de degustação -

Visual: amarelo-palha, com reflexos dourados;
Olfativa: aroma intenso de frutas brancas, leve toque mineral, e nota sutil de madeira tostada;
Gustativa: repete-se o caráter frutado, mas com mineralidade mais marcante, além do toque tostado no final de boca;
Temperatura de serviço: 9º C.

Para o Principal:

Colterenzio Gewurztraminer – 2007 – 14 %.

Produtor: Schreckbichl Colterenzio;
Origem: Itália – Alto Adige (Sud Tirol);
Cepa: 100 % Gewurztraminer.

Notas de Degustação -

Visual: amarelo-palha;
Olfativo: aromático, complexo e elegante; toques de especiarias, lichia e
rosas;
Gustativo: grande complexidade, com um toque de doçura e longo retro-
gosto;
Temperatura de serviço: 9º C.


Para a Sobremesa:

Vin de l’Empereur -- 2005 – 13,5 % G.L.

Produtor: Signal Hill;
Origem: África do Sul – Cape Town;
Cepa: 100% Muscat d’Alexandrie, de vinhedos em Paarl;
Elaboração: vinhas de 40/80 anos, sem irrigação; colheita e seleção manual dos melhores bagos; fermentação c/ leveduras naturais em pequenos tanques de inox; permanece em contato com as borras finas por 12 meses, com bâtonnage.

Notas de Degustação -

Visual: dourado intenso;
Olfativo: expressivo, intenso e envolvente; aromas de frutas exóticas,S
como lichia e carambola combinadas a flores brancas e mel;
Gustativa: concentrado, potente, com presença de frutas bem maduras;
grande harmonia entre a doçura e a acidez; final persistente;
Temperatura de serviço: 10º C.

Jantar do sábado

Para as Boas-vindas e para acompanhar as vieiras:

Espumante Brut Blanc de Blancs – 11% G.L.

Método Tradicional;
Produtor: Simonnet-Fèbvre;
Origem: França – Bourgogne – Chablis;
Cepas: 60% Ugni Blanc/20% Carignan Blanc/20% Terret Bourret Blanc.;
Elaboração: envelhecimento nas adegas subterrâneas de Chablis por no
mínimo 1 ano antes do “dégorgement”, ainda praticado “à la volée”, isto é, manualmente.

Notas de Degustação -

Visual: amarelo-palha, com reflexos esverdeados; perlage numerosa;
Olfativa: aromas florais delicados e de frutas maduras; notas de
torrefação/brioche;
Gustativa: equilibrado e persistente; seco, com notas de tangerina e final
de amêndoas;
Temperatura de serviço: 6º C.

Para acompanhar a Sopinha:

Dom Pedro de Soutomaior Neve – 2007 – 13,5 % G.L.

Produtor: Adegas Galegas;
Origem: Espanha – Galicia – DO Rias Baixas;
Cepa: 100 % Albariño;
Elaboração: colheita manual com rigorosa seleção no vinhedo e na
bodega; para extrair mais aromas durante as 12 horas de maceração, adiciona-se gelo seco a – 40º C (maceração em neve carbônica); com isso, queima-se pelo frio a pele das uvas, potencializando os aromas; não passa por barrica.

Notas de Degustação -

Visual: amarelo-palha, com reflexos esverdeados; límpido e brilhante;
Olfativo: aromas intensos com notas frutadas de abacaxí, maçã verde,
pêssego e pera; percebem-se também ervas aromáticas, eucalipto e lácteos;
Gustativo: saboroso e equilibrado, com acidez que traz frescor; grande persistência de frutas cítricas; retrogosto c/ lembranças florais;
Temperatura de serviço: 10º C.


Para o Principal:

Greco di Tufo Vigna Cicogna – 2004 – 13,5 % G.L.

Produtor: Benito Ferrara;
Origem: Itália – Campania – Avellino – DOCG Greco di Tufo;
Cepa: 100 % Greco di Tufo;
Elaboração: colheita manual; fermenta por 25/35 dias em aço inox;

Notas de Degustação -

Visual: amarelo-palha, límpido;
Olfativo: aromas frutados característicos;
Gustativo: seco, muito harmônico, com inconfundível toque de amêndoas;
Temperatura de serviço: 9º C.

Para a Sobremesa -

Morandé Late Harvest – 2005 – 12 % G.L. (375 ml).

Produtor: Viña Morandé;
Origem: Chile – Valle de Casablanca;
Cepa: 100 % Sauvignon Blanc;
Elaboração: produzido apenas em anos nos quais as características
climáticas provocam o desenvolvimento de botrytis ou "podridão nobre",
juntamente com uma colheita tardia; colheita manual e seleção na adega.

Notas de Degustação -

Visual: amarelo-ouro, c/ reflexos esverdeados; muito brilhante;
Olfativo: aromas exuberantes de frutas em compota, baunilha, papaia,
magnólia e mel;
Gustativo: doce, sedoso e complexo;
Temperatura de serviço: 9º C.

Seria redundante assinalar a impecável organização, a qualidade e o esmero revelados pela Chef na elaboração dos pratos saboreados, na escolha dos vinhos degustados, criteriosamente selecionados pelo nosso Presidente, Aguinaldo Aldighieri e do excelente Serviço do Picolino. Chef Denise chegou ao detalhe de garimpar pratos de louça chinesa, para servir a salada de vieiras.

O Anfitrião Bené gostou muito do vinho Greco di Tufo: "Realmente, esse prato pedia um vinho mediterrâneo, de solo vulcânico, que harmonizou muito bem". Denise traçou comentários sobre a confecção dos pratos e deu detalhes sobre a escolha da sobremesa, "que precisava ser light, mais o sorvete com canela"; sobre o restaurante e os equipamentos da cozinha nova.

O Confrade Marcos Coelho se serviu novamente da Sopinha Marola e, para compensar, apresentou um delicioso vinho extra, Montilla Moriles D. O. - Los Palcos - 15 % Vol. - Cream - Spain - Produtor Peréz Borquero S/A. É um amontilado, importado pelo Confrade Jesús Ruiz Santamaría.

Desta vez nosso Patrono e Mestre, Edgar Kawasaki, talvez sem fôlego durante o "repas", não nos brindou com seus sempre ilustrados comentários. Então, resolvi recorrer ao mesmo, após o final dos trabalhos, tomando um ar na varanda do restaurante, para colher suas impressões e poder viabilizar esse relatório. Assim, Kawasaki discorreu, com a amabilidade costumaz: Comenta as particularidades da harmonização com ostras e camarões, com a salada de vieiras ... o aroma do alface com vieiras... havia cenoura, etc., que fizeram boa combinação com o Espumante. Depois, houve uma predominância dos frutos do mar, apesar da aromaticidade do Espumante. A sopa morna estava adequada para o Albarinho. Era um prato muito bom, muito aromático, fazendo um bom casamento com a aromaticidade do vinho. Mas apareceu uma certa persistência dos frutos do mar, no final. O Prato Principal, com bacalhau e alho tostado... O vinho Greco di Tufo, elaborado com uvas de
solo vulcânico, se casou perfeitamente. Quanto à Sobremesa, foi fundamental o papel do abacaxi com o servete de creme, amparados pelo Late Harvest Morandé... Aromas de abacaxi maduro combinando cos os aromas botritizados, fazendo par com os aromas de canela do sorvete. Combinando tudo de forma única... Mas a grande harmonização da noite ficou por conta da Sobremesa e do Prato Principal.

Para finalizar, quero agradecer a todos os Confrades, especialmente aos organizadores incansáveis, Aguinaldo Aldighieri, sua mulher, Da. Ângela, ao Bené e à Denise e ao trabalho fotográfico das Confreiras.

Aos Membros das Listas, pela disposição para tão extensa msg. Mas como poderia ser mais breve, diante de um Evento tão prolongado, sem deixar de ser fiel aos acontecimentos? Espero que tal msg. sirva para alguma coisa, seja para refetir sobre as questões da harmonização comida-vinho, seja para o conhecimento de vinhos menos corriqueiros, ou mesmo para tomar conhecimento de como pode funcionar uma confraria enogastronômica.