sábado, 8 de outubro de 2011

Encontro Anual dos Grupos de Degustação do Professor Roberto Roberto Rodrigues, da ABS: Decanter Versus Aeradores...

Roberto Rodrigues abre os "Trabalhos" de Confraternização.
Quem se embrenha no Mundo do Vinho logo percebe o grau de dedicação e de criatividade, presente desde antes do vinhedo, até sua chegada à taça do sedento enófilo.

E faz menção de encarar a pesada Matusalém, sem o auxílio do Sommelier.
Com efeito, o que mais ensina é a prática, que vai deixar, de modo indelével, nos recônditos da memória, o registro das experiências sensorias. Mas afirmo isso sem nenhum desdém à boa leitura sobre esse fascinante tema.

Roberto e o Experiente Sommelier Jorge Sérgio Sobreira Corrêa.

Daí, a importância dos Grupos de Degustação, onde se aprende a técnica e o reconhecimento de castas, seus descritores, detalhes de produção e vinificação, as diversas regiões produtoras... Enfim, é nos Grupos que aprendemos e nos encontramos com os nossos pares, onde nos socializamos e fazemos sólidas amizades com as Confreiras e os Confrades.


A Confreira Carla Costa e o Sommelier Sobreia: Parte da missão cumprida.

Como não seria de se estranhar, surgem inúmeras dúvidas durante as degustações, como aquela antológica de uma confreira (loura), que interrompeu o Monitor para perguntar em que fase da vinificação se acrescentavam as flores, as frutas cítricas, a maçã cozida, a amêdoa tostada, o mel... Rs., Rs., Rs....

Sobreira serve a taça do Confrade Paulo Augusto Lantelme.
Dúvidas muito frequentes são: A tampa de rosca serve para vinhos de guarda? A rolha sintética é melhor ou pior que a de cortiça? Qual é a finalidade daquele buraco enorme no fundo de certas garrafas? Decantar ou não um determinado vinho? Quando? Abrir a garrafa de espumante com ou sem a emissão de um som estrondoso? Como ler um rótulo? O nome do vinho... A complicada classificação dos vinhos de determinada região, como os da França, por exemplo. Como conservar um vinho, quando beber? Como adquir um vinho de bom custo x prazer, como escapar de um zurrapa?

Leonardo Carvalho (imagem devidamente reparada) e Márcia Parente.
Vinho faz bem? Em que quantidade? Hipertensos e quem sofre de Diabetes podem beber vinho? Vinho melhora o perfil das gorduras circulantes no sangue, melhora a arteriosclerose; melhora a Esclerose Calcificante da Média de Monckeberg ... Pode evitar a arteriosclerose coronariana? Combate os radicais livres que contribuem para os tumores cancerosos... Pode evitar a Doença de Burneville? Pode melhorar o desempenho e o desejo sexuais em homens e mulheres? Os italianos afirmam que sim!

Uma Panorâmica do Grande Grupo que se formou.
Isso deixando de lado as dúvidas que assombram os enófilos, em se tratando do vasto capítulo da harmonização do vinho com a comida.
Pois, confrade amigo, para complicar ainda mais esta vasta planilha, surgiram os Aeradores de Vinho, vindos, não direi para desbancar, mas ao menos para competir com o elegante e vetusto Decânter. Assim, surgiu uma plêiade desses maravilhos "gadgets", que parecem ter vindo para ficar.


Susan, Carlos Prado, Natanael e Iracema.
São eles o Wine Finer, o Vinturi e um aparelho, conhecido como "chaveirinho", que envelhece o vinho de modo extremamente rápido, pela polimerização dos compostos químcos do mesmo, por meio da Nanotecnologia (nanocristais de prata).

Outro ângulo do Encontro, com Carla Costa em primeiro plano.
O processo é semelhante ao que ocorre, quando deixamos a garrafa do vinho aberta, só que de modo espantoso: 1 minuto de contato do mágico aparlhinho com o líquido equivale a um ano inteiro de envelhecimento.

Marcos (ABS Barra), Godofredo Duarte e "Seu Bira" (Ubiraci Sant'anna).
Dessa forma, Mestre Roberto Rodrigues pensou o Encontro dos Grupos RR (ABS) desse ano. Como de hábito, reuniu todos ele em um Encontro Magnum, incluindo convidados e Confrades que já tinham participado de Grupos, para, como São Tomé, tentar esclarecer a eficácia de tais instrumentos de aeração, na comparação com o método tradicional do Decânter.

Confreiras e Confrade de um mesmo Grupo RR, com Maria e Elisa à Direita.
A técnica utilizada foi às cegas, com um mesmo vinho, o Miolo Lote 43 2005, em garrafa Matusalém (conteúdo de 6 l ou 8 garrafas), para termos vinho de um única garrafa. Como se sabe, um mesmo vinho, de uma mesma safra, pode mostrar diferenças de uma garrafa para outra, mesmo quando abertas em condições análogas.

Fábio Marinho (generoso bigode), Fátima Gama e Alzira Noli.

As taças foram marcadas com etiquetas de diversas cores e colocadas
sobre uma toalha de papel, numerada de 1 a 6. Um vinho foi servido
Direto na Taça; outro foi aerado com o Wine Finer; outro com Vinturi e,
por fim, outro, decantado por 30 min. O tão aguardado "Chaveirinho",
que se constituiu num dos "ganchos"para o Encontro, não foi encontrado
pelo professor, que ficou devendo essa experiência. Sugiro cobrarmos
do mesmo a sua realização nos Encontros regulares dos Grupos.

Antonio Dias, Fernanda Chammi, Mário Gonçalves e Dr. Hugo.
Descrevendo: Número 1 (Cor Verde) - Começou bem aberto, com uma explosão de aromas, mas, quando chegou a segunda taça, já havia diminuído de intensidade aromática; Número 2 (Laranja) - Demorou muito mais a abrir os aromas que o primeiro; O primeiro e o terceiro tiveram comportamentos parecidos; o de No. 4 - Revela mais aromas de chocolate e canela que os anteriores e se mostra bem diferente! Ou seja,o Segundo perdeu feio, enquanto que o quarto ficou excelente.

José Paulo Schiffini e Maria Cecília.
Vamos ao Resultado: O No. 1 - Etiqueta Verde - Abriu-se a garrafa e serviu-se direto; O No. 2 - Laranja - Aerado pelo Wine Finer; o de No. 3 - Azul - Vinturi; e o No.4 - Preto - Decantado por 30 min.

Salette, "Mestre Schiffini"e Cecília: Convidados.
Conclui-se: Os aeradores funcionam, mas perdem para o modo tradicional de decantar o vinho (o primeiro e o quarto vinhos - melhores!).

Tania, Schiffini e Maria Cecilia.

Arlindo, Susan, Carlos Prado, Natanael e Iracema.

Antônio Dias e a Confreira Fernanda Chammi.
Para o final do Encontro, Roberto apresentou mais oito garrafas do Vinho Lovara, doadas pela Miolo Wine Group, todas da safra 2009, menos uma, que era da safra 2010.

Paulo Augusto Lantelme e Myriam Avzaradel: Ensaios para um novo Desafio Hannover.

Márcia Parente: Descobriu tudo e meu deu pistas...

Cláudia Couto: Diverstiu-se bastante com a prova.

Natanael Pereira entre as duas Matusaléns.

Iracema Senna também se rende aos encantos da grandeza.

Leonardo Carvalho e Márcia Parente afagam as Gigantes.

Outro momento de alegria no Grupo.

Os vinhos identificados e emparelhados para a prova.

Resultado da escolha por votos dos Convivas: O Wine Finer ficou na traseira.


A deliciosa Empanada Argentina feita por uma chilena: Sempre um desastre, pois se mostra de duvidoso casamento com vinho tinto. Com um Merlot, quase se salva... Com espumante ou cerveja pode dar certo!

Godofredo Duarte e "as duas pequenas".


Espumante Miolo Mille'sime 2005.

De bela cor amerelopalha clara, revela poucos aromas frutados, mas bastante fermento. Ainda proporciona delirantes prazeres...


Lote 43 2005, 14 % Vol., C.S. e Merlot, Miolo, RS, Brasil, Vale dos Vinhedos.


Lovara Merlot 2009, 12,5 % Vol., Brasil, Serra Ga'ucha.
Bom vinho, de corpo mediano, frutado, com aromas varietais e taninos bem macios. Sem estagiar pelos barris de carvalho. Foi fundamental para coroar a alegria dos Convivas.

Um comentário:

  1. Não entendi: Roberto Roberto?! Ou vc. quis dizer "Alberto Roberto"?, como dizia Chico Anísio...

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