sábado, 9 de maio de 2009

A Confraria Des Amis du Mouton Degusta Vinhos da Borgonha.















Nosso Grupo de Degustação -A Confraria Des Amis du Mouton - voltou a se reunir, na última quarta-feira, na noite de seis do corrente, agora para degustar, às cegas, dois exelentes vinhos da Borgonha e um portentoso champagne.

Dessa feita, o Grupo operou com tres membros a menos. Por isso, não tivemos o vinho extra, que seria trazido e ofertado por um dos confrades ausentes.

Durante os trabalhos, Mestre Roberto Rodrigues discorreu um pouquinho sobre as diferenças da casta Pinot Noir da Borgonha e do Chile, por exemplo.

No Chile, as parreiras são todas do mesmo clone (todas da mesma idade), enquanto que, na Borgonha, além das diferenças do terroir, evidentemente, as plantas são de vários clones ou seja, as parreiras são de idades diferentes. Quando morre uma planta, o vinhateiro planta outra, de um clone diverso. Então, as plantas não têm a mesma idade... Este é um dos fatores que tornam o Pinot Noir da Borgonha um vinho diferente e único, tão propalado pelos quatro cantos do mundo.

A degustação transcorreu, como de praxe, de modo muito alegre e tranquilo, com tempo suficiente para se examinarem, cuidadosamente, os vinhos escalados para a ocasião.

Vamos aos Vinhos:

V1 - No Exame Visual, o Vinho número 1 (garrafa camuflada em lâmina de alumínio para culinária) se revelou com muito boa cor amarelo-palha escuro, com reflexos dourados, brilhante e muito transparente.

No Exame Olfativo, era franco, amplo, fragrante, frutado e floral, revelando aromas de lírio, flor de laranjeira, cítricos (lima, limão), fruta madura (pêssego), algo mineral e mel. Um discreto toque de baunilha (lembrando aromas de Pudim Flam Royal, uma denúncia à passagem por barrica de carvalho); especiaria, como pimenta branca e traços de malolática (amanteigado).

Vinho bastante fino, apontando para finíssimo, intenso e persistente, com seta virada para muito persistente.

No Exame Gustativo, o vinho se revelou como seco e salgado, fresco, equilibrado na alcoolicidade, macio, pouco encorpado, apontando para um bom corpo e carente de taninos, como todo vinho branco.

Nos Aromas de Boca, o vinho se mostrou bastante equilibrado, quase harmônico, bastante fino, com seta para finíssimo, intenso, com seta para muito intenso e persistente, apontando para muito persistente.

O vinho terminou bem, deixando a boca fresca e estava pronto para ser saboreado.

Realmente, tratava-se de um excelente vinho, que recebeu a nota Média do Grupo de 90,4 pontos.

V2 - No Exame Visual, o Vinho número 2 era de muito boa cor vermelho-rubi escuro, com reflexos granada, brilhante e transparente.

Exame Olfativo: Vinho franco, amplo, fragrante, mas já revelando aromas etéreos, frutado e floral.

Aromas de frutas vermelhas, como morango, framboesa e cereja; baunilha, tâmara seca, caramelo, uva-passa, pele de salame, além de um aroma que lembra "cheiro de bode". Agradáveis Aromas lembrando cinzeiro e especiarias, como cravo, canela, pimenta-do-reino e alcaçuz.

Na Avaliação Olfativa, revelou-se bastante fino, apontando para finíssimo, muito intenso e de persiste, para muito persistente.

No Gustativo, tivemos um vinho seco, sápido, equilibrado, macio, de bom corpo para muito encorpado e com tanicidade de equilibrada para muito tânica.

Aromas de Boca: Um vinho bastante equilibrado, quase harmônico, bastante fino, para finíssimo, de intenso, para muito intenso e muito persistente.

O vinho terminou bem, deixando a boca enxuta e estava pronto para beber.

Tratava-se de um portentoso vinho, que recebeu a nota Média do Grupo de 93 pontos. A minha nota foi de 95 pontos. Resta a pergunta: A do Mago Robert Parker seria de quanto?

Para o final, nos aguardava uma generosa surpresa, um Champagne, de bela cor amarelo-ouro, que passou por quase todos os itens do Exame, recebendo a avaliação de MB (muito bom).

Um Complexo Aromático explosivo, revelando avelãs, amêndoas torradas, leveduras, casca de laranja cristalizada,,, Frutas, como maçã em calda e um discreto aroma de café.

Este excelente Champagne recebeu a nota Média do Grupo de 96 pontos. Jancis Robinson daria essa nota?

Muita apreciação, conforme revelam as fotos da degustação, que falam por si mesmas... É chegada a hora da revelação dos caldos e a fina camada de alumínio foi retirada de cada garrafa, vagarosamente.

Eis os Vinhos:

V1 - Puligny-Montrachet Première Cru 2005, 13 % Vol. - Les Champs Gain - Produzido pelo Château de Citeaux, servido à temperatura de 6 Graus Celsius.

V2 - Echézeaux Grand Cru 2004, 13,5 % Vol., do produtor Louis Jadot (Domaine Gagey), servido a 14 Graus Celsius, sendo a temperatura ambiente de 22 g. Celsius.

V3 - Champagne Legras & Haas Cuvée Prestige Grand Cru (Vieilles Vignes).

Havia um quarto vinho, que também aparece numa das fotos da degustação, mas que não foi degustado, porque o Grupo estava em menor número e o vinho tem 40 % Vol de álcool. Trata-se do Marc de Champagne Réserve des Caves, Billecart Salmon (Mareuil-sur-Ay - Marne -France).

Ficou para ser degustado dentro de 30 dias, quando se espera que o Grupo compareça em peso. Confesso que não sou muito de destilados, mas fiquei curioso, como muitos dos Confrades e leitores, para saborear esse Marc.

3 comentários:

  1. Oi Neri.
    Obrigado por ter viditado NOSSO VINHO. Seu comentário é incentivador. Parabéns pelo Blog. Tenho conhecido muita gente de várias partes do mundo com o blog e é um prazer lhe conhecer, mesmo que por esta via virtual. Um abraços
    Paulo

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  2. Nei, acrecentei o seu blog na minha lista de favoritos, aqui:
    http://nossovinho.com/?page_id=5178

    Abraços

    Paulo

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