sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Confraria do Camarão Magro se Reúne em Preparativos para a II Viagem Internacional

Da
esquerda para a Direita,
Aguinaldo Aldighieri, Gioia
Luiz Matos.







Gioia, Anna Norberta e
Da. Ângela.








Uma visão Panorâmica do
Espaço Cozinhando com Gioia,
com o Confrade William concen-
trado nos trabalhos.









Os Amáveis e Animados
Anfitriões, Heloísa e José
Flávio Gioia.









Desta vez, a Confraria reuniu um grupo menor, composto pelos membros que viajarão à Espanha, nesse início de maio. Fomos amavelmente recebidos no confortável e aconchegante "Espaço Cozinhando com Gioia", lugar já consagrado pela enogastronomia carioca, na residência dos Gioia (o casal José Flávio e Heloísa), na Barra da Tijuca, aqui no Rio de Janeiro. A finalidada da Reunião foi no sentido de examinar os detalhes do roteiro escolhido para essa magnífica viagem às Terras de Dom Quixote de La Mancha, "el caballero de la triste figura", como diria o saudoso Miguel de Cervantes.

Para acompanhar os vinhos, foram servidas umas "tapas". Mas, afinal, o que são "tapas"?

“Tapas” é a denominação dada a uma enorme variedade de “aperitivos” e entradas, na culinária espanhola, que podem ser frias (como uma mistura de azeite extra-virgem com queijos, legumes cozidos e conservas, salames, “jamón”, pães, nacos de queijos, etc.) ou quentes, cruas ou cozidas. São perfeitas para animar uma conversa, acompanhado uma taça de vinho ou Jerez, muito apreciadas pelos espanhóis, na volta do trabalho para casa, ou quando saem para comer fora de casa ou recebem visitas.

Trata-se de costume que remonta a tempos imemoráveis, havendo controvérsias sobre a sua origem. Uma das mais aceitas traz à baila o Rei Alfonso X, O Sábio, de Castela e Leão, o mesmo cuja vasta e fértil biografia remete às famosas Cantigas de Santa Maria, um conjunto de obras musicais que deixou um legado, em galego-português, de 427 partituras (Séc. XIII) e cuja autoria lhe é atribuída, na maior parte. Pois esse Rei, segundo conta a história, depois de passar por problemas de saúde, em que fazia acompanhar o vinho de diversos tipos de “comidinhas” e tendo ficado curado, começou a se preocupar com o povo, resolvendo decretar que todas as tavernas fizessem acompanhar o vinho e o jerez dessas mesmas iguarias.

Realmente, essa é uma prática consagrada de saúde, pois o alimento protege o fígado de uma possível esteatose (acumulação de gordura nos hepatócitos) e posterior cirrose hepática, doença grave que está associada ao consumo de álcool, principalmente de destilados, sem critérios.

Essa é a explicação histórica, mas devemos assinalar que a palavra “tapa” vem de tapar. Assim, o costume poderá ter surgido pela necessidade de cobrir (tapar) a taça da bebida com um naco de “jamón”ou uma fatia de queijo ou pão, para evitar que caíssem impurezas ou insetos no precioso líquido.

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