quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Tentando Estabelecer o Diálogo Entre:

Baco era o filho do deus olímpico Júpiter e da mortal Sêmele. Deus do vinho e da folia, representava seu poder embriagador, suas influências benéficas e sociais. Promotor da civilização, legislador e amante da paz. Líber é seu nome latino e Dioniso é seu equivalente grego.

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Sémele quando estava grávida exigiu a Júpiter que se apresentasse na sua presença em toda a glória, para que ela pudesse ver o verdadeiro aspecto do pai do seu filho. O deus ainda tentou dissuadi-la, mas em vão. Quando finalmente apareceu em todo o seu esplendor, Sémele, como mortal que era, não pôde suportar tal visão e caiu fulminada. Júpiter tomou então das cinzas o feto ainda no sexto mês e meteu-o dentro da barriga da sua própria perna, onde terminou a gestação.

Já, sobre o Filósofo Epicuro, vamos revelá-lo através da sua Filosofia:

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"Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguído depois por outros filósofos, chamados epicuristas.

Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinônimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento, etc.

A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista.

No antigo mundo da zona Mediterrânea, a filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma escola de pensamento muito proeminente por um período de sete séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou-se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego.

A idéia que Epicuro tinha, era que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar. Essa filosofia é o que rege muitas empresas de marketing e propaganda, em vez de vender o produto ela vende uma destas três opções associadas ao produto. Na Grécia antiga existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado, tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como elas acreditavam."

Fonte: Wikipedia, a Enciclopédia Livre da WEB.

Uma vida feliz, doce e sempre digna de ser vivida é o desejo de todo ser humano razoavelmente são. Mas como conseguir tal vida se a todo instante somos acometidos por variados desejos nunca satisfeitos e aspirações frustradas pelas contingências ? Epicuro nos ensina como conseguir tal coisa.

Curiosamente, ao contrário do que muitos pensam, Epicuro não pregava o prazer pelo prazer, nem a satisfação de prazeres imediatos. Associam o Epicurismo ao Hedonismo de forma totalmente equivocada. Epicuro faz clara distinção entre prazeres inferiores e superiores, colocando-os como sensíveis e espirituais, respectivamente.

Infelizmente, como na maioria dos filósofos gregos (excetuando-se Platão e Aristóteles - convenientemente preservados pela Patrística e pela Escolástica), restaram-nos poucos escritos de Epicuro, onde temos :

  • Sobre Física: Três Cartas, Quarenta Máximas, o Testamento e a Carta a Heródoto;
  • Sobre os Fenômenos Celestes : Carta a Pitocles
  • Sobre Ética : Carta a Meneceu.

Sua ética é poderosa e a Carta a Meneceu merece um destaque especial quando buscamos entender seus ensinamentos em relação à felicidade. Para Epicuro o prazer e a felicidade são os critérios condutores dos seres humanos e a problemática enfrentada em sua filosofia está em definir qual é o verdadeiro prazer e como maximizar o bem-estar pessoal.

Ele lembra que um prazer imediato e fortuito pode estar ligado muitas vezes a uma dor futura. Por isso ele submete à razão a busca pela felicidade. Para ele, somente entendendo suas necessidades reais, é que o homem poderá buscar racionalmente sua felicidade, vivendo no verdadeiro prazer que o conhecimento lhe confere.

Vejamos como ele entende as necessidades humanas, que para ele se dividem basicamente em 3 :

Maslow1. Necessidades Naturais e Essenciais : aqui nos remete à hierarquia das necessidades de Maslow. São nossas necessidades básicas, fisiológicas, biológicas e sociais. (fome, sono, sexo, segurança, amor, realização pessoal, estima, etc).

Pecado2. Necessidades Naturais e não Essenciais : essas precisam, segundo Epicuro, serem buscadas com moderação e está intimamente ligadas à motivação que as desenvolvem. Se formos moderados e racionais, saberemos por exemplo, que nossa necessidade natural e essencial de realização pessoal, não pode estar ligada a um desejo de poder pelo simples poder, levado à cabo por orgulhos, vaidades, luxúria e etc. Ele elenca aqui também os exageros em relação à gula, bebedeiras e etc. Essas necessidades seriam uma variação supérflua das anteriores.


Sucess3. Necessidades Não Naturais e Não Essenciais : essas, segundo Epicuro, nunca devem ser buscadas. Possuem natureza artificial e se constituem como uma espécie de subprotudo (que pode até ser aceitável) da busca da felicidade real, pela razão, a ser empreendida em nossa vida. Aqui encontram-se a glória, sucesso, riqueza, saúde e beleza, por exemplo. Esses prazeres se constituem uma consequência de uma vida regrada e não em necessidades reais que podem determinar sua felicidade enquanto ser humano.

Alguns sábios conselhos desse filósofo para viver feliz e com prazer :

  1. Os deuses existem e não se ocupam com os homens;
  2. A morte não deve ser motivo de temor. Quando ela está presente, nós não estamos; quando estamos presentes, ela não está;
  3. O sábio, assim como não procura os alimentos mais abundantes e sim os melhores ao seu corpo, também do tempo aprecia não o mais longo, mas o mais doce;
  4. Devemos nos lembrar, ainda, que o futuro não é nosso nem inteiramente não nosso: não devemos aguardá-lo como se seguramente devesse chegar, e não devemos nos desesperar como se seguramente não pudesse acontecer;
  5. Consideramos um grande bem a independência diante dos desejos, não porque é necessário ter somente pouco, mas porque, se não temos muito, sabemos nos contentar com pouco; profundamente convencidos de que goza da abundância com maior doçura quem menos dela necessita, e de que tudo que a natureza requer é facilmente econtrável.

Epicuro, com esses dizeres, nos exorta a administrar nossas necessidades. A partir desse ponto, quanto menos necessitarmos de algo, maior o prazer em obtê-lo, pois não o procuramos, não o desejamos. Esse pensamento, de desapego ao que não é necessário, desapego a desejos, fazem ecos no Budismo.

Sempre precisamos nos perguntar : é preciso ? Se racionalmente, honestamente e sinceramente a resposta for "Não", teremos algo de que não dependa nossa felicidade, ou pelo menos não deveria depender. Parece simples não é ? Mas não é... Existem necessidades criadas em nós, pelo meio, pelo sistema, pela mídia, e pelos grupos em que participamos em nossa vida em sociedade. A contemporaneidade transformou a nossa vida numa corrida incessante para satisfação de necessidades que em muitas vezes não são nossas, legítimas.

É revisitando velhos sábios filósofos que podemos ver o quanto estamos na contra-mão do bom-senso, muitas vezes pautando nossas vidas em necessidades ultrapassadas, em convenções e modismos, e deixando nossa felicidade nas mãos dessas necessidades. Pensem.... será que é possível tomar nossa felicidade por nós mesmos e encontrarmos um jeito de sermos felizes ? Pergunte a Epicuro.

Artigo copiado do Portal Philosofia, editado e disponibilizado por Gilberto Miranda Jr., a quem agradeço.

2 comentários:

  1. E o Deus ficou todo congado!

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  2. O termo não é congado, mas Gongado, pois vem de Gongo, tocar o Gongo, numa luta de Box, quando o adversário cai.

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