quinta-feira, 24 de junho de 2010

XXX ENCONTRO DA CONFRARIA DO CAMARÃO MAGRO - RESTAURANTE GUY


O Presidente da Confraria, Daniel Acylino e Anna Norberta, recebem os Convivas.


Partindo-se da Esquerda, Marcos Arouche, Luiz Carlos Mattos, Marcos Coelho, William e Kawasaki.


Denise Linhares - a Chef Oficial da Confraria - e Eliane Mattos.


Lígia Peçanha e Sílvia Feiner, símbolos da alegria dos nossos Encontros.


A simpática Chef Elba Ximenes e o Confrade Joil, com o seu alto astral.


Contornando-se no sentido horário, Edgar Kawasaki, Bené, Deninse Linhares,
João Luiz Manso, Sílvia, Lígia e Fátima Carvalho.



Mestre Edgar Kawasaki, no momento dos seus tão almejados comentários
sobre a harmonizacão do vinho com os diversos pratos do "repas".
Com alta gastronomia, padaria e pâtisserie de encher os olhos estão reunidos em uma charmosa casa de dois andares na Fonte da Saudade. Essa descrição é apenas o começo do que oferece o restaurante Guy. O restaurante, comandado pela Chef Elba Ximenes, é uma grande surpresa para quem passa pelo bairro e descobre o aconchegante bistrô, que o médico francês Guy Aziza, um apaixonado pelo Brasil, e a Chef mineira Elba Ximenes fizeram na medida certa.
O cardápio, cuidadosamente idealizado pela Chef, oferece desde café-da-manhã, até terrines artesanais, frios, sanduíches, bolos, tarteletes, tortas e inacreditáveis receitas de pães caseiros com mais de 50 tipos. No almoço, opções que atendem a todos os apetites: massas, risotos, saladas, pratos executivos servidos na varanda, localizada no primeiro andar. O segundo andar, o espaço mais nobre, merece destaque: Tem uma fornida adega de vinhos e, a partir das 19h, entram em cartaz receitas ambiciosas, que misturam ingredientes brasileiros com técnicas francesas. Para nosso encontro a Chef Elba Ximenes propôs o seguinte menu:

Boas Vindas - Couvert
-

Boursin de cabra orgânico com zestes de laranja, azeitonas marinadas,
geléia de pimentão vermelho e caldinho de batata doce com grana padano.
Acompanha cesta de pães da casa. Acompanha o seu espumante.

Entrada

Gyosa de pato caramelado com champignons selvagens,
Acompanha o seu vinho branco (sugestão do sommelier: riesling).

Prato principal

Petit tournedor de filet com redução de Porto, aspargos,
mini alho poró, pupunha e gratin de couve flor.
Acompanha o seu vinho tinto (sugestão do sommelier: pinot noir)

Sobremesa

Fiorentine de glace de iogurte com frutas vermelhas e molho de Lavanda.
Acompanha o seu vinho de sobremesa (sugestão do sommelier: late harvest).

O almoço foi servido no Bistrô, no 2º andar, em ambiente privativo para a
Confraria, com 35 lugares.

ESPUMANTE GRAN LEGADO CHAMPENOISE BRUT



Produtor: Vinícola Gran Legado, Garibaldi, Serra Gaúcha, com vinhedos localizados na propriedade (Wine Park – antiga Maison Forestier).

Método: Vinho base elaborado pelo processo clássico, com prensagem direta das uvas. Após etapas de assemblage e estabilização, tomada de espuma em processo champenoise (fermentação na própria garrafa). Maturação em caves por doze meses. Degorge e colocação da vedação definitiva,
Uvas: Chardonnay e Pinot Noir, em “blend” das safras de 2007/2008.
Visual: Coloração amarelo palha com reflexos dourados. Intensas e finas borbulhas.
Paladar: Apresenta-se muito harmônico, com volume e frescor intensos. Final de boca prolongado e refrescante.
Nariz: Apresenta alta intensidade, com notas típicas de pão e torrefação, além de citrus e jasmim.
Teor alcoólico: 11,6%.
Temperatura de Serviço: 5°a 8°C.
Premiação: Medalha de Recomendação – Menção Honrosa – Londres – International Wine Challenge 2009.
Medalha de Prata na Vinalies Internacionales de 2009, Paris.
Top Ten e Melhor Espumante Nacional na EXPOVINIS 2010, São Paulo.


BALTHASAR RESS RIESLING KABINETT Trocken 2006



Produtor: Balthasar Ress.
Fundada em 1870, a empresa familiar Balthasar Ress está na quinta geração e é um dos produtores de maior ascensão no Rheingau – uma das menores e mais sofisticadas regiões vitivinicultoras alemãs.
Seu destaque é a uva Riesling, proveniente do vinhedo Schloss Reichartshausen, cultivada de acordo com os princípios dos antigos monges.
Origem: Rheingau – Alemanha.
Tipo: Branco.
Uva: Riesling.
Graduação Alcoólica: 11 % Vol.
Cor: Amarelopalha com reflexos esverdeados.
Aroma: Intenso e fresco, com aromas de maçã verde; notas cítricas de limão siciliano e leve nota mineral.
Sabor: De corpo leve, confirma as sensações olfativas com acidez equilibrada. Seu final é fresco e muito elegante.
Elaboração: Após a colheita e seleção manual das uvas, a fermentação ocorre em tanques de aço inox com temperatura controlada e auxílio de leveduras selecionadas.
Harmonização: Ideal para acompanhar saladas verdes com molhos intensos, tartare de Surubim, e peixes, como Pescada e Robalo.
Serviço: 10ºC - 12ºC.

BILA-HAUT OCCULTUM LAPIDEM 2007



Produtor: M. Chapoutier, Languedoc-Roussillon, Côtes du Roussillon Villages, França.
Os vinhedos de Roussillon foram implantados no século VII antes de nossa era por marinheiros gregos. Situados no sudoeste da França, são limitados por quatro fronteiras naturais: Corbières ao Norte, Albères ao Sul, o Mediterrâneo a Leste e Canigou a Oeste. A região se beneficia com uma bela diversidade de terroirs: argilocalcários, xisto e gnaisse.
Os rios que atravessam o Roussillon, L’Agly, Le Tet e Le Tech modelaram o relevo do terreno, propício aos vinhos de alta qualidade.
O clima é particularmente adequado aos vinhedos: ameno no inverno e bem quente no verão, com importante insolação e pouca chuva. O vento, freqüente e violento, La Tramontane, acentua os efeitos do período seco, favorecendo a maturação das uvas.
Uvas: Syrah, Grenache e Carignan, com colheita manual.
Teor Alcoólico: 14,5% Vol.
Amadurecimento: 50% em barricas e 50% em cubas.
Cor: Vermelhogranada profundo.
Nariz: Aromas de frutas vermelhas bem maduras, notas de especiarias e violeta.
Boca: Dominam os aromas de café e alcaçuz. O vinho é bastante concentrado e quente, com um final rico em taninos.
Guarda: 5 a 6 anos.
Avaliação pelo Robert Parker: 93 pontos.

CHÂTEAU RAMON MONBAZILLAC 2006


Classificação: Branco Doce.
Produtor: Château Ramon, França.
Região: Sudoeste – Monbazillac.
Classificação Legal: Monbazillac A.O.C.
Safra: 2006.
Corpo: Robusto.
Acidez: Moderadamente fresco.
Madeira: Sem Madeira.
Taninos: Ausentes.
Composição de Castas: 80% Sémillon, 10% Muscadelle e 10% Sauvignon Blanc.
Amadurecimento: Em tanques inertes de cimento-epóxi.
Estimativa de Guarda: 5 anos.
Temperatura de Serviço: 8°C.
Características Climáticas: O clima da região é do tipo oceânico, com tendências meridionais. A localização junto ao importante rio Dordogne, além de seu afluente Gardonette, cria um mesoclima que favorece o aparecimento de névoas matinais no outono, dissipadas com o aquecimento do sol na parte da tarde. Essas condições permitem o desenvolvimento da botrytis cinerea em sua forma nobre, ''pourriture noble''. A Altitude dos vinhedos é de 50 a 180 metros acima do nível do mar.
Características do Solo: Os terrenos são argilocalcários, com predominância de calcário em algumas parcelas.
Elaboração: Densidade do vinhedo de 3.300 plantas por hectare. Idade média das videiras de 25 anos. Rendimento de 27 hectolitros por hectare. Colheita manual em diversas passagens ou ''tries''. Prensagem pneumática, decantação das borras grossas (débourbage) por 24 horas, a frio. Fermentação em tanques de inox com controle de temperatura. Armazenagem do vinho em tanques inertes de cimento-epóxi, leve filtração e engarrafamento.
Características Organolépticas: Amarelodourado. Nariz apaixonante com frutas maduras (damascos, manga), licor de laranja, mel e especiarias doces. Doce e untuoso, com frescor equilibrado e perfumado final de boca.

Restaurante GUY Bistrot: Comentários do Confrade Joil Operti.

Qual a definição de Bistrot? Seria um restaurante, de ambiente aconchegante, com uma Boulangerie e uma varanda pequena perfeita para um café? Se for, não é uma definição. É uma descrição. É assim o Bistrot Guy, onde fomos ao encontro do Camarão e o Bispo Acylino nos brindou com mais uma excelente escolha. O couvert de pães de fabricação própria maravilhosos e pastas elaboradas, azeitonas marinadas e geléia de pimentão vermelho (ótima) caíram muito bem com o Gran Legado da “nova” Maison Forestier. Começamos bem! Na Entrada, o doce discreto do pato caramelado se saiu melhor com o Riesling Balthasar (coisa de Rei Mago! . . . e acho que ganhamos na troca) do que com o molho de champignon puro. Mestre Kawa não permitiu meio termo: Sobrou vinho! No Principal, veio primeiro o medo da redução de Porto atropelar o vinho. Ledo engano! O Bila-Haut se saiu muito bem. Intenso, um bosque de frutas vermelhas, alguns aromas já doces, um belo encontro: Filet Mignon X Côtes du Rossillon Bila-Haut (Por favor pronuncie Bilô, Nada de bilau, hein?) da Pedra Oculta. Com aplausos de Mestre Kawa que, depois de algum tempo, voltou a comentar. Belo retorno, Mestre. Na sobremesa, o sorvete de iogurte era muito light para um amarelo já chegando ao âmbar. Mestre Luiz Carlos foi taxativo: Vinho amarelo (ainda mais este, com esta presença) com frutas vermelhas não se encontram. Melhor seria com doce de gemas, conventuais (Ah, as origens lusas falando alto!). Antes do final, uma torta com velas interrogativas (até meio caídas, é verdade) registraram os aniversariantes do período: Uma menina e quatro meninos e todos tiveram direito a soprar suas interrogações. Marcos Coelho 12/6, Terezinha 18/6, Marcos Arouche 22/6, Kawasaki 24/6 e Bené 05/07. Vida longa aos aniversariantes e ao Camarão Magro, sempre!

Os Créditos das Fotos se devem às Fotógrafas Oficiais do Grupo, as Confreiras Miriam Astuto e Anna Norberta. A "Crônica" desse Encontro foi de responsabilidade de Joil Operti, que se vem revelando um escriba de peso! Meus agradecimentos a esses colaboradores.

Agradeço, também, ao Daniel Acylino por me haver enviado as Fichas Técnicas dos vinhos e todos os detalhes do Evento, sem os quais não seria possível a confecção do presente "post".


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