domingo, 13 de maio de 2012

Des Amis du Mouton Revisitam o Velho Mundo.

O Proferror Roberto Rodrigues: Inquestionável hectrolitragem e, agora, milhagem; e Márcia Parente.

Havia muito, muito mesmo, cerca de trinta dias, que a Confraria Des Amis du Mouton estava sem nenhum Encontro e os seus membros, sedentos,  na última quarta-feira, compareceram em peso. 


Uma Panorâmica da Mesa, com a presença integral dos Membros do Grupo.

Pois, mesmo depois da Expovinis (SP) e da viagem aos Pampas, Mestre RR dispunha de muita energia armazenada, catalisada por chalconas, taninos, resveratrol e toda a gama de flavonóides. 


Os três "Escoteiros do Vinho": Parece que combinaram previamente a indumentária!

O Encontro se deu, como de costume, sob um clima de muita animação e foi coroado com excelentes vinhos e algumas belas surpresas. "Cesse tudo o que a Musa antiga canta, que outro valor mais alto se alevanta", conforme ensinou Camões.


Godofredo Duarte e nosso convidado, Paulo Cézar Martins Ribeiro.

No final, para encerrar os trabalhos da noite, Cláudia Dacorso, desta vez a Anfitriã, desfilou os pães, frios e queijos, dentre eles o delicioso espanhol Manchego e outras delícias, além de dois vinho extras, para acompanhar.


Espumante Almaúnica Brut, 100 % Chardonnay.

Espumante Nacional "de Boca": Sobrou a metade da garrafa, um fato inusitado no Grupo!


Rosé Syrah / Carmenère 2010, de Casa Silva, Chile, Colchagua.

Notas: RR = 87,0 e média do grupo = 86,6. Um rosé que parece do velho mundo, com bela cor cereja clara. Aromas de rosas e groselha. Excelente equilibrio no gustativo. Segundo alguns, o vinho desta safra está melhor que o de outras safras anteriores.


                Xarel-lo Old Vines DO Penedes, de Marques de Gelida, Espanha, Penedès, 

Vinho extra, comprado em NYC por Cláudia Dacorso. Notas: RR = 75,0 e média do grupo = 76,1. Um exemplar raro de varietal da casta Xarel-lo, nomralmente utilizada nos Cavas. Apresentou leve aroma de rolha (TCA) ao ser aberto, o qual logo desapareceu. Brancopapel, com aromas de pera e maçã, quase chegando a nítido. Na boca,  é leve e um pouco carente de maciez. Decepcionou a todos, embora não estivesse defeituoso. Valeu a experiência,  por conhecer a casta em um varietal sem safra.


Pinot Nero 2010 DOC Isonzo del Friuli, de I Feudi di Romans, Itália, Friuli. 

Notas: RR = 87,0 e média = 88,1. Um belo exemplar de Pinot Noir  de fora da Borgonha, que apresentou aromas animais no início (suor, caça), abrindo depois os toques frutados (amora e ameixa) e florais (violeta, rosa). Na boca, mostrou-se bastante equilibrado, tendo ainda algum tempo para guarda.



Sabor Real Viñas Centenárias 2007 DO Toro, de Bodegas Campiña, Espanha, Toro, 

Mais um vinho extra, comprado pela Cláudia Dacorso, para acompanhar os fiambres do final e aberto por engano antes. Notas: RR = 92,0 e média do grupo = 91,8, Excelente relação qualidade/preço, pois custa no mercado menos de setenta reais.Vermelho rubi com poucos toques granada. No nariz, apresentou um coco queimado nítido que se abriu em frutas (cassis), ameixa em calda, pimenta e canela. Toques de rosa seca e, no final, um agradável chocolate. Na boca, aparentou o álcool que possui (14%) e mostrou-se muito agradável para ser bebido agora ou nos próximos dois anos.


Pintia 2007 DO Toro, de Bodegas Y Viñedos Pintia, Espanha , Toro.

Notas: RR = 93,0 e média do grupo = 93,1, com RP=93 Um belo exemplar do vinho produzido por Vega Sicilia na região de Toro. Na opinião da maioria, foi aberto antes do tempo; deve melhorar muito nos próximos dois anos e durar vários anos mais.Vermelho rubi ainda escuro, opaco. Aromas oriundos da madeira (coco queimado e tabaco), frutas (cassis e amora), confiture de ameixa, especiarias (pimenta e toques de canela, além de funcho e louro) com um final achocolatado. Na boca, mostrou-se encorpado, com taninos presentes, mas de alta qualidade e com um equilíbrio muito grande.


Gran Reserva 904 1997 DOCa Rioja, de La Rioja Alta, Espanha, Rioja,

 Notas: RR = 95,0 e média = 93,6 Vermelho granada com reflexos alaranjados. Olfato totalmente etéreo, com notas de pelica e couro,  animais (pele de salame), alcatrão, café e tabaco, adocicados 
(alcaçuz e figo seco), especiaria (canela) e floral (violeta). Muito equilibrado e, embora esteja bastante evoluido, deve ter alguma longevidade ainda. Excelente exemplar de um clássico Rioja.



Gran Reserva 890 1995 DOCa Rioja, de La Rioja Alta, Espanha, Rioja,

Notas: RR = 97,0 e média = 95,2. Vermelho granada, ainda sem maiores evoluções. Aromas etéreos (similares ao anterior, mas menos evoluidos). Um curioso e agradável aroma de tomate seco foi percebido ao longo da degustação. Excelente corpo e perfeito equilíbrio. Embora dois anos mais velho que o anterior, foi percebido por todos como mais jovem, o que denota sua estrutura superior. Todos consideram que tem ainda uma grande vida pela frente. Vinho Excelente; pena custar tão caro.


Os Fiambres para o Final dos Trabalhos, criteriosamente escolhidos por Cláudia Dacorso.

Queijo Manchego (espanhol, de leite de ovelha), pães da novel Padaria Guérin, Parma com mussarela e tomilho, Queijo Brie, Queijo Maasdam (Holanda), Salame Hamburguês, Lombinho com ervas (Ceratti), Babaganuche, da Casa Pedro e Viande des Grisons.


Viande des Grisons (carne seca ao vento).


Lombinho Tipo Canadense, temperado com pimenta e ervas finas.

Nota: Os créditos pela descrição dos vinhos pertencem ao Professor Roberto Rodrigues, a quem sou grato.

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