Na Ponta Esquerda, José Flávio Gioia, seguido por Marcos Arouche, Edgar Kawasaki, a Sommelière Deise Novakoski e Luiz Carlos de Mattos.
Andava me faltando inspiração... Mas, desta vez, o encontro, em "petit comité", estava agendado para a tarde de uma amena quinta feira, no magnificamente estrelado Restaurante Eça, no coração do Rio de Janeiro.
Goia, Arouche e Kawasaki.
Pois este Restaurante foi batizado em homenagem ao Escritor Português Eça de Queirós. Andando para lá, vinha à minha lembrança a sedução do Primo Basílio, em verdadeiro delírio amoroso pela prima Luísa, cujo marido viajara para o Alentejo. Lembrei-me, também, de "As Cidades e as Serras", de esmerada arquitetura literária e da influência que esse verdadeiro gênio das Letras Portuguesas teve na obra do nosso Machado de Assis.
Luiz Carlos de Mattos.
A homenagem não veio por mera simpatia ou acaso, pois o Escritor era aficionado da boa comida e do bom vinho. Haja vista, que, ao longo da sua Obra, faz mais de duas mil referências sobre o assunto.
Criativa Idéia: O Cardápio do Eça.
Cheguei às 12 h e 40 min, portanto 20 min antes da hora combinada. Ali, fui recebido por Deise Novakoski, com aquele inconfundível, largo e acolhedor sorriso, que me apontou uma mesa, reservada para o pequeno Grupo.
O Laureado Chef Belga Frédéric De Maeyer preparou a Entrada: Ovo Caipira Cocotte com Cogumelos Paris, Aspargo Verde, Mix de Folhas e Grissinis.
Outra Entrada Para Escolher.
Filé de Peixe em Crosta de Pistache com Broto de Alho Poró, Gengibre e Azeite de Ervas.
Contrafilé Premium - Fungi, Palmito Pupunha, Abobrinha e Batatinhas.
Magret de Pato Mulard, com Maçã e Hibiscus, Dauphine de Baroa.
Sobremesa: "Trio do Dia" - Pot au Chocolat, Sorvete de Chá Verde e Torta de Iogurte com Coco Ralado e Frutas Secas.
Champagne Tsarine Brut Cuvée Premium, do Produtor Chanoine.
Início, com aromas frutados e minerais (calcáreo) e final com pão torrado. Muito bom! Este socorreu o Confrade Kawasaki, que o recolheu na Carta da Casa, pois havia esquecido o Champagne que havia separado para a ocasião, em casa.
Riesling Grand Cru Schlossberg, Domaine Weinbach – 1996.
Ofertado pelo Confrade Luiz C. de Mattos. Estava Oxidado e foi substituído por outro (citado a seguir), da Carta da Casa.
Riesling Trocken Zeltinger Schlossberg Selbach-Oster 2007, 12 % Vol. - Mosel.
Aromas varietais típicos, com fruta e mineral, como petróleo, pedra-de-isqueiro e querosene. Combinou bem com o Primeiro Prato.
Old Vine Zinfandel Bogle Vineyards 2007.
Aromas de frutas vermelhas maduras do bosque, como amoras. Baunilha, especiarias (pimenta) e chocolate meio-amargo. De bom corpo e estrutura, equilibrado, com taninos macios e final longo. Casou bem com o Contrafilé.
Foi adquirido em Buellton, Califórnia, perto do Restaurante Hitching Post II, "circuito do Filme Sideways". Recomendado pelo Chef do Restaurante, Frank Ostini, que, na verdade, é apaixonado pelo "Bien Nacido" e pelo HP, da delicada e irreverente Pinot Noir.
Côte-Rôtie La Cuvée Classique (Syrah) 2005, do Produtor Rene Rostaing.
Ofertado pelo Confrade Arouche.
Vinho de uma elegância senhoril! Aromas de frutas negras maduras,
por vezes passificadas e notas de baunilha bem equilibradas.
Logo se nota a qualidade do vinho. Taninos presentes, porém muito aveludados.
Pode ser guardado ainda por muitos anos. Harmonizou bem com o Pato.
Entusiasmado, Kawasaki revelou: "Nada como um vinho do Velho Mundo!"
Casal dei Ronchi - Recioto della Valpolicella DOC Classico (Gargagnago) 2005 Cantina Serego Alighieri (collaborazione com MASI) S.Ambrogio di Valpolicella - Italia - 14% (500ml) - "... vino amabile italiano, profumato, fruttato e rotondo. Si acompagna perfettamente con formaggi morbidi. Ottimo vino da dessert e da conversazione. Va servito a 15 gradi...." Foi o Vinho ofertado por Gioia. Outro feliz encontro com a Sobremesa, principalmente no tocante ao chocolate.
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